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sexta-feira, 11 de março de 2011

Minha Briga com Lampião

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Minha Briga com Lampião!



Vou dormir na estrada,

Tá um calor danado

No Sertão, não chove nada

O povo está todo acabado!



Não tenho aonde ir

Nem o que comer

Cabra macho que sou

O jeito é da seca fugir.

- Aqui não vou morrer!



Tou dormindo na estrada

Com uma fome danada,

Sendo acordado com um barulho

Da tropa de Lampião desembestada.



Não tenho tempo de correr

Nem tempo de rezar,

Lampião cabra arretado me pegou

Estou lascado!

O jeito era peitar...



Me empurrou com um solavanco

Para ver se eu me arranco,

Falando que ia me pendurar numa corda

Por um pedaço meu em cada canto.



Mandou eu pedir para não morrer

para começar a correr,

Cabra macho da gota que sou

Disse que não fujo e fico onde estou.



Ele mandou um pelego dele

me cortar a língua e pendurar num pé-de-pau

Eu disse que cabra macho morre inteiro

Que derroto um por um

Até não sobrar nenhum!



O Lampião do Sertão

Me testou e jogou três "cabras" em minha mão

Três, quatro, cortei então.



Veio então o "cabra" Lampião

Com uma raiva espumante,

Brigamos com faca e facão

Horas debaixo de uma lua minguante.



Eu não tenho mais forças

Ele começou a me sangrar todo arrogante

Sentindo toda dor do mundo ...

Ele de repente falou que ia me poupar.



"Cabra" macho que nem este

Não deve morrer e nem sangrar

Mas do meu bando formar.





Marcelo de Oliveira Souza

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