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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Informativo AFPF - apenas duas páginas


Edição especial para os novos prefeitos do ERJ.

Finalistas do 25º Concurso de Poesias Augusto dos Anjos

Informamos que a lista de poesias finalistas do XXV Concurso Nacional de Poesias Augusto dos Anjos está disponível em nosso blog.

http://www.academialeopoldinense.net/2016/10/finalistas-do-xxv-concurso-nacional-de.html

Contamos com sua presença no próximo dia 11 de novembro, às 19:30 horas, no Museu Espaço dos Anjos, quando as vinte poesias serão interpretadas e logo em seguida a Comissão Julgadora definirá as vencedoras, bem como os melhores declamadores.

Atenciosas Saudações,
Nilza Cantoni - Segunda Secretária

Se não quiser continuar recebendo nossas informações, responda esta mensagem com a palavra 'excluir'.








sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Medo



Medo

 

 

A violência nas grandes cidades está aumentando cada vez mais, as pessoas já têm medo de sair de casa, ficar no domicílio, já nem sabem mais como proceder.

O medo do outro virou uma rotina, andamos já olhando para trás, quando uma pessoa demora caminhando atrás da gente, já bate uma súbita   preocupação.

As crianças já estão preocupadas com tudo isso, o bicho papão virou o bandido, a bruxa, virou o maníaco; ou até o palhaço que virou símbolo de brincadeiras mortais, onde pessoas fantasiadas desse "inocente" personagem saem com facas, machados, motosserras, para assustar todos no caminho.

Agora apareceu aqui em Salvador, um grupo de pessoas com seringa na mão furando outras, simplesmente por malvadeza, alguns deles se regozijam com o fato mostrando o objeto esvaziado.

Esse "modus operandi", já está ultrapassando as fronteiras da "Boa Terra" já acontecendo incidentes até em Feira de Santana.

O nosso país já é caracterizado pela violência, onde o número de homicídios já supera a guerra da Síria, mas nem por isso temos leis que trabalham firmemente encima dessa grande problemática, até no futebol que é nosso grande "circo" vemos cenas deprimentes de violência, onde "marginais" vestidos de torcedores espancam policiais; matam  torcedores de outros times, onde o medo se arrasta em todos os sentidos, pois os brasileiros perderam tudo, os seus direitos a cada dia são vilipendiados, na "mão" grande, até em aposentar-se o medo se instala, não mais por causa da defasagem salarial, mas pelo simples motivo que o "nosso" novo governo governa com o cajado da tirania, apoiado pelos parlamentares, tirando o direito de aposentar-se no seu tempo, dito certo.

Assim o medo se alastra em todos os aspectos, não vemos alguma saída, senão por meio do voto, mas como se até para votar somos obrigados e somos sutilmente dirigidos a votar em quem vai no meter medo no futuro?

 

 


 




Marcelo de Oliveira Souza,IWA -  Salvador - BA - Brasil
Escritor e  Organizador do Conc Lit Poesias sem Fronteiras

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Cadê Ione?

Cadê Ione? 

Hoje em dia é muito difícil educar uma criança, visto que a nossa sociedade se transformou e a fronteira entre o tradicional e o démodé virou a mesma face da moeda, cujo lado contrário virou a permissividade. 
Outro detalhe muito importante é quando o casal se separa, a criança entra em parafuso, muitas vezes não é por causa da separação, mas porque os pais que entraram em paranoia primeiro. 
Foi assim mesmo, o caso de Rosângela, uma morena que mora lá no são Caetano, ela tinha acabado de se casar com Rodrigão, um homem grosseiro que veio do sertão. 
Não demorou muito, ele arranjou logo um jeito de engravidar a moça, para ver se coloca as rédeas, segundo o infeliz. 
Depois de nove meses já se viu o resultado, um grito estrondoso, com o pulmão a toda força, estreou Ione, uma moreninha sapeca. 
O tempo foi passando e o nosso amigo aprontando, para cima da sofredora esposa, deu para tomar umas cervejas depois do trabalho de vigia na Ceasa, que só voltava lá pra a madrugada. 
A mulher que trabalhava à noite num supermercado, não tinha tempo nem de se coçar, você sabe como é caixa de um lugar desses... 
O melhor jeito que ela arranjou foi tratar logo de batizar essa garota, entregando esse "presente" para a sua irmã Rita e seu esposo Osvaldo. 
Assim a moça foi mais despreocupada para o trabalho, cumprir a sua sentença no caixa de supermercado, e o esposo que não trabalhava mais por causa do alcoolismo ficava o dia inteiro no bar e à noite se jogava na cama para dormir. 
Lá pelas onze horas quando a sofredora chegava, ainda o homem procurava confusão, com ciúmes, dizendo que a moça estava se vendendo na rua, futucava a bolsa da coitada perguntando sobre o dinheiro. 
Sei que o casamento ruiu diante de tanto desencontro e humilhação, nesse quadro, Ione já estava" maiorzinha", com onze anos de idade. 
A salvação dela era que a menina estava em ótimas mãos, mas o que é bom dura pouco, a menina conseguiu passar no "ventibulinho" do colégio da Polícia Militar, público e conceituado, mas é longe de casa. 
Poe isso, ia de van para a instituição e quando voltava ficava na casa da avó que morava na mesma rua e nos finais de semana ela ia para a residência dos padrinhos, de lá, passeavam para tudo quanto é lugar, era uma festa. 
Lá no colégio a garota vez muitas amizades, só que as coleguinhas eram bem avançadinhas, já se pintavam, se achando mocinhas, ia para o shopping aos sábados, formado uma daquelas tradicionais tribos que a gente vê tanto nesses lugares de Salvador. 
A transformação era a olhos vistos, quem percebia mais era a madrinha, até o cabelo a garota queria modificar, não aceitava mais trancinhas, queria se vestir como adolescente ou até adulta. 
A insatisfação era total, a mãe preocupada com a transformação da guria, enchia-a de presentes, se "embolava" no cartão de crédito e comprava tudo, deu até o famigerado computador+internet que nessa soma resulta no Facebronca! 
A menina fez um perfil com outro nome e ficava paquerando todo mundo que achava bonitinho, eram longas horas sentada na "segurança" do seu minúsculo quartinho. 
A mãe satisfeita que a menina parou em casa, a madrinha mais descansada, porque a criança diminuiu as suas idas na sua residência, mas a avó ficava desconfiada com tanta risadinha advinda do quartinho do barraco. 
No aniversário de doze anos da garota, ela ganhou um celular, um grande aliado da perdição juvenil, claro que a menina adorou. 
A nossa amiga "caixa" toda satisfeita ainda vociferou para a mãe: 
- Agora parece que as coisas estão indo para o lugar! Eu já estou namorando a minha filha se comportando e tudo se endireitando...
O namorado chamava-se Hélio, mora ali mesmo na viela dela, viu os atributos da mulher e resolveu conferir o "caixa". 
Não é que algum tempo depois ele já estava indo dormir lá no "moquifo" da nossa amiga? 
O pior que o beberrão do ex-marido, o ex-vigia não gostou e foi lá tirar satisfação, o caldo engrossou, o pau comeu no barraco, se engalfinharam, saíram rolando a ribanceira, foram parar lá embaixo perto da pista, só não terminaram na rua porque tinha uma cerca de arame farpado que segurou os dois num grande abraço de urso. 
Depois do incidente, Rosângela conversou com o seu ex-marido e ameaçou levá-lo à delegacia. 
O homem sumiu, agora quem "mandava" era Hélio, que não dormiu no ponto, tratou logo de engravidar a sofredora. 
A bagaceira estava perfeita, uma adolescente problemática, a mãe com a corda no pescoço, cheia de dívidas e de preocupações, o tal do homem com nome de gás nobre, não tinha nenhuma nobreza, pelo contrário, fazia bico como motorista lá na Cesta do Povo. 
Ione não estava mais se concentrando na escola, só queria saber de encontrar os amigos do Facebronca e para piorar a madrinha engravidou e não tinha mais tempo de ficar saindo com a menina, que se queixava à mãe de não poder sair mais, não passeava, não ia para canto nenhum, era só no celular e na internet. 
A avó dizia aquela célere frase: 
- O que tanto essa menina faz no computador? 
Mas não havia nenhuma resposta. 
As notas delas ruíram, a menina saiu do Colégio Militar, foi para uma escolinha particular de bairro, ia estudar, mas não entrava na instituição, ela saía para namorar os amigos da net. 
A mãe chegava tarde, a avó se queixava do comportamento da neta, o "namorado" queria atenção, a filha se trancava no quarto batendo a porta com a maior força, não abria a porta nem por um decreto e amanhecia... 
A triste rotina seguia, Ione deu até para sair escondido, no meio da noite, ninguém sabe pra onde. 
Certo dia, quando a nossa sofredora personagem chegou, ela viu o quarto da menina aberto e achando estranho perguntou: 
- Cadê Ione? 
O namorado dela não sabia responder, dizia que podia estar na casa da avó. 
Imediatamente a coitada arrastou seu corpo até a casa da mãe e foi lá perguntar pela filha. 
Só que a casa esta trancada e a idosa que não ouvia muito bem já estava no terceiro sonho. 
A mulher começou a gritar pela filha, acordou a rua todinha, depois de muito escândalo a vovó Zilda acordou. 
E a filha em prantos perguntou: 
- Cadê Ione, mãe? 
A avó da menina responde: 
- Ué, está dormindo na sua casa! 
Foi aí que a confusão aumentou, todo mundo assustado pela ausência da menina resolveu sair em meio à madrugada, naquele lugar perigoso. 
Hélio pegou seu Chevette e saiu para os lugares mais distantes, Rosângela mesmo grávida, juntou-se com uns vizinhos e foi procurar a menina em cada beco da favela. 
A irmã grávida foi para a delegacia dar uma queixa, o padrinho foi ao hospital. 
Ninguém conseguiu localizar Ione, apesar da polícia também procurar, a menina parece que sumiu no ar, e a pergunta fica sempre no juízo da sua genitora, que foi promovida de caixa a coordenadora: 
- Cadê Ione? 









Marcelo de Oliveira Souza,IWA -  Salvador - BA - Brasil
Escritor e  Organizador do Conc Lit Poesias sem Fronteiras

sábado, 15 de outubro de 2016

Convulsão



Convulsão

 

Num mundo sem orientação

Filhos sendo pais

Sem nenhuma emoção

Tiros nas ruas

Sem compaixão...

O medo reinante

Nos guetos da ingratidão

O mal respira

Sem oxigenação,

O sol nasce

Na cidade sem pretensão...

O tumulto agora é ordem

Todo lugar é   medo e coação.

 

Gente comendo gente

Tapa, murro,  arranhão

O respeito inexiste

Só percebemos a convulsão

Revoluções por minuto

Sem ideal de comoção

O caos completo

Impera na multidão,

Isso tudo é pouco

A gente lamenta, de  paixão

Mas essa convulsão

É a mínima amostra

Se não tivesse educação

E um professor segurando

A nossa mão!

 

Feliz dia dos professores!

 

 

Marcelo de Oliveira Souza,iwa

 

 

 

 

 





Marcelo de Oliveira Souza,IWA -  Salvador - BA - Brasil
Escritor e  Organizador do Conc Lit Poesias sem Fronteiras

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sexta-feira, 14 de outubro de 2016

A Musa e o Mar


Musa e o Mar

Adoro o seu andar
É lindo o seu olhar,
Para sempre vou me encantar
Foi como o sonho
A primeira vez a te beijar
Quando viajei
Sonhava em voltar
Minha musa do sertão
Mudou de cenário foi pro mar
Uma filha veio me dar

Quando ela sai 
A casa se esvazia
O tempo vira agonia
No retorno, vira alegria,
Dois em três, virou família,
A minha musa amada 
É essa mesma
À qual vim me casar...


Marcelo de Oliveira Souza,iwa







Marcelo de Oliveira Souza,IWA -  Salvador - BA - Brasil
Escritor e  Organizador do Conc Lit Poesias sem Fronteiras

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sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Outubro Rosa



Outubro Rosa

 

 

As rosas vão sendo apertadas

Elas vão desfalecendo...

As pétalas caindo,

Umas dão o retorno

Com uma espetada,

Não podem ser maltratadas!

Outras rosas são apertadas

Apalpadas e cuidadas

São tão singelas quanto...

Ainda mais amadas

E cuidadas, mesmo na pressão !

Com as mãos espalmadas

Elas procuram atenção

De um lado e do outro

As rosas são atendidas

Muitas saudáveis outras feridas...

Mas nunca são atingidas

Pela foice maldita

Quando   para o autoexame

Forem dirigidas.

 

 

 






Marcelo de Oliveira Souza,IWA -  Salvador - BA - Brasil
Escritor e  Organizador do Conc Lit Poesias sem Fronteiras

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