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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Carnaval




Carnaval

A alegria chegou
O trio elétrico passou
A multidão também,
Alguém ficou
Caído no chão!
Uma arma de encontrão
Furou o pulmão
Todos gritando
Indo atrás da atração.
Gente de montão
Felicidade de milhão!
Em todo lugar uma transmissão!
Em outros lugares empurrão...
Ali no cantinho um chupão
Mais à frente cervejão!
O malhado valentão
Terminou na prisão,
Levou um cachação!...
Todo mundo vira multidão
Camarotes do barão
Folia bem diferente, não?
Mas também tem o folião
Dos blocos e do arrastão...
Nas cinzas ainda não basta, não!
A tristeza do cordão
Que virou cordeiro,
Trabalhou e dançou
Mas acabou sem dinheiro na mão!
Mais triste ainda quem gastou...
E nem  chegou a brilhar
Mas terminou a quarta feira
Beirando o caixão!
Esperando a reencarnação
Para voltar à folia
Com toda energia
Ver tudo recomeçar!


Marcelo de Oliveira Souza,iwa
Feliz Carnaval!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

O Fantasma Beberrão!



                                          O Fantasma Beberrão 





Sempre quando passava na barraca da esquina tinha um homem chamado João, ele era aposentado de uma estatal na Bahia e ficava ali curtindo as suas “férias permanentes”, não tinha quem o tirasse do seu clube, assim que ele chamava o seu aprazível lugar. 

Com as suas economias, nosso amigo comprou dois apartamentos num conjunto residencial no centro de Salvador, um ele alugava e o outro ele morava. 

Para preencher o seu tempo intercalando com o seu “clube” ele também assumiu a frente do condomínio, sendo síndico. 

Só que nosso amigo não dava muita importância ao ato de gerir a morada, ele queria tirar um proveito nas contas que administrava em nome dos moradores. 

Parece que naquela cabecinha careca a esperteza fomentava, sempre tinha uma novidade. 

O local é vizinho de uma favela, cujo pessoal da invasão tinha uma criação de galos de briga, só que para as aves esticarem as pernas”, eles deixavam os bichos ciscarem no nosso terreno. 

Foi a oportunidade de João comer “galo ao tucupi”, ele armou-se com um anzol e espetou um milho, ficando a esperar lá de cima da janela, quando o bicho bicou ele puxou e pescou a ave. 

O favelado depois de um tempo deu por falta, foi a maior confusão no conjunto, mas o homem não sabia quem tinha sido o culpado e saiu esbravejando e ameaçando todos, mesmo estando errado em criar galo no terreno do prédio. 

Certa vez começou a faltar água e a gente ligou para a empresa e disseram que há anos não tinha feito o pagamento, até a conta tivera sido extinta. 

A gente nunca ia saber ser não ligasse para a empresa de saneamento, pois o tal do beberrão descobriu um lençol freático no lugar e canalizava-o para o nosso tanque. 

Foi um verdadeiro pandemônio quando descobrimos o ocorrido, fizemos o homem pagar na raça, mesmo assim ele nunca se emendava. 

Depois de tantas aventuras e estripulias, o coração do nosso amigo não aguentou e teve uma síncope vindo a falecer, deixando dona Joana aliviada, pois ela não aguentava mais as confusões do marido, foi aí que ela veio dizer que eles moravam juntos, mas não eram casados há muito tempo. 

A “marvada” da bebida era um grande empecilho para o relacionamento deles, mas mesmo assim quando passamos no bar da esquina percebemos o lugar dele vazio com um jornal esticado, da mesma forma que ele fazia e de vez em quando viúva passa por ali e nós ouvimos um fiu-fiu... , ela jura que é João o nosso Fantasma Beberrão. 





Marcelo de Oliveira Souza,IWA

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Sofrimento sem Água







Sofrimento sem Água

Seca, secura
do mal, uma amargura
Corpos Esquálidos
Caídos, Fedidos.

O sertão perdido
Parecendo punido
Da dor, um prurido...
Desejado, belo,
Vira bicho fedido.

Na gosma, vem o alarido
Com o corpo repartido
Vem o alimento da ave carniceira
Onde de repente
O céu se fecha...
Cuja água aplaca o sofrimento
Por um momento...
Para depois tudo recomeçar.


Marcelo de Oliveira Souza,iwa

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Visitando a Itália







Visitando a Itália

Chegando em  Roma, percebemos logo o frio nos abraçando, o nosso grande cicerone, que acompanha os monumentos renascentistas, mostrando a pujança do império romano.
Notamos muita coisa parecida com Lisboa, cada esquina uma paisagem que encanta, o centro histórico é a grande vedete, ele não é localizado no mesmo lugar, mas tem uma certa aproximação entre os principais monumentos, onde a Via Ápis é uma espécie de ligação.
Os monumentos que mais nos chamou atenção foi o Coliseu, onde nos fez relembras de megaeventos da época, parecendo estar num filme; A Fontana de Trevi, onde as pessoas fazem seus pedidos, jogando uma moeda, é bastante interessante escondido no meio dos casarões, mas cheio de turistas, que não acabava mais, bastante impressionante.
Conhecemos o Vaticano, muito lindo e impressionante, eles falam muito da capela Cistina, com uma das principais obras de Leonardo Vincci, mas o que mais chamou a nossa atenção foram as diversas estátuas em mármore, muito expressivas e lindas, inigualáveis,
Ficamos  em um hotel bem localizado, juntinho a um grande terminal, de ônibus, trem e metrô, com  a porta do mundo aberta para a Europa.
Num desses passeios pelo metrô, saímos da cidade e fomos para Tivoli, um sonho na terra, que precisamos ver pelo menos uma vez na vida ,onde  tem uma vila chamada Vila D’este que foi uma espécie de papado, criado por um cardeal que não conseguiu realizar o sonho de ser Papa, contrariado ele criou esse lugar maravilhoso que ficou para a história, um verdadeiro encanto, são mais de cem fontes, em meio a um deslumbrante lugar.
Ali mesmo tem outra vila chamada Vila Adriana, que detém linda ruínas, em meio a uma espécie de fazenda medieval, um verdadeiro encanto, parecemos  estar em um filme.
Conhecemos também Nápoli e Pompeia, cidades próximas, a primeira lembra muito Viña del Mar, a sua orla marítima é o mesmo encanto que a linda cidade chilena, a seguir partimos para Pompéia  que se eternizou com o desastre  do vulcão Vesúvio,  que   estava ali quietinho, como o maior do inocentes, onde conhecemos o drama dos moradores e como eles viviam, uma verdadeira aula de História em meio a lindas paisagens.
Demos uma passadinha em Pádua, uma cidade próxima de Veneza, é também um encanto, foi uma passagem fugaz mas  deu para perceber que não é muito visitada pelo menos no inverno, entretanto  é muito bem cuidada e organizada.
Findando a nossa jornada na Itália, passamos uns dias em Veneza, que é tudo que a gente imagina e muito mais, os canais são de água salgada e não doce, também não tem somente uma ilha, que para essa cidade não é pouco, mas tem outras como Burano, Murano, Torcello,etc.
No entanto as que visitamos foram essas, todas encantadoras e produzem arte em vidro que torna o lugar mais visitado, mesmo no inverno em meio ao frio  produzindo  um arrepio de admiração e encantamento.
A Itália é um país lindo, não dá para ser visitado em um mês, muito menos em semana, mas vale a pena se planejar e conhecer esse lindo lugar que vai deixar muita saudade,”arriverderte!”.

Marcelo de Oliveira Souza,iwa