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sexta-feira, 15 de março de 2024

Mosquitão



Mosquitão


 


Num desses subúrbios de Salvador, existe uma família muito especial, lá na Rua dos Prazeres, numa casinha verde e amarela,   D. Silvia  vivia com duas  filhas - Brenda e Carla -    em plena  adolescência ela precisava  muito trabalhar,  pois o seu esposo . Cláudio, teve um grave problema de saúde por causa do grande vilão de hoje em dia,  o Aedes Aegypti,  estando internado  com dengue hemorrágica.


Justamente ela,  que trabalha como agente de saúde,  teve gente de dentro do seio  da sua família infectado com essa doença.


Mas o grande malfeitor dessa história não foi nem esse inseto asqueroso, foi  o seu vizinho Mário, que teima em deixar água empoçada nos vasos de planta, ele e sua família costumam dizer que isso é propaganda do governo para vender remédio, mesmo com sua irmã Dulce acamada com a tal da Zica dos infernos!


Aquela rua dos Prazeres já estava se transformando  na  rua  do Aedes, enquanto uns tratavam o seu terreno adequadamente, tinham outros que seguiam a cartilha de Mário, inventavam um monte de desculpa para jogar lixo pela janela, a gente só via garrafinhas pet, tampinhas, copinhos de sorvete, tudo que não podia, sair pelas suas respectivas janelas, ganhando o mundo.


Maria  e Chupeta eram as duas  filhas  de Mário, elas  engrossavam a fila da falta de educação, como filho de peixe, peixinho é...


Só que na  escola que eles estudavam, já estava fazendo campanha há muito tempo sobre essa problemática, a professora de ciências deles, Márcia  fez um projeto muito legal e trouxe um monte de depoimento de pessoas que pegaram  Zica, Chickngunya, Dengue e até trouxe uma criancinha com microcefalia, juntando  a comunidade local para assistir tudo.


A nossa amiga agente de saúde deu um depoimento emocionante, falando da dificuldade de trabalhar com esses vizinhos que veem na Tv, que não pode jogar lixo pela janela,  que deve-se cuidar do seu terreno, tirar água dos vasos, mas nem por isso eles fazem, disse que tem gente que pegou dengue  três vezes, mas continua a deixar água empoçada, ainda por cima não deixa nenhum agente de saúde entrar em sua residência, fazendo pois,  tudo errado.


Sua  filha Brenda,  que também estuda nessa escola, disse que seus colegas pensam da mesma forma e é muito difícil fazer a conscientização, porque no Brasil quem faz o certo é taxado como abestalhado, ou até de maluco.


A professora  Márcia  intercedeu e dizendo que não podemos deixar esse tipo de desânimo aplacar o desejo de reagir diante dessa epidemia.


Mário estava lá e foi logo levado à berlinda, sendo perguntado por que ele fazia tudo errado, pondo em perigo toda a saúde da comunidade, ele desconversou, dizendo que eram as meninas que faziam isso, Maria e Chupeta logo reagiram e ainda  disseram que ele deveria ter vergonha que esse ato deplorável era exemplo dele e aí a confusão se instalou, precisou a diretora da escola interferir,


Diante de tantas imagens tristes: hospitais superlotados, criancinhas com microcefalia, frascos de insetos gigantes   zunindo, até as pernas começaram a coçar.


As acusações mútuas se sucederam até que Carla, que não era de falar muito deu um grito:


- Cala a Boca mosquitão!


A baderna voltou, Mário saiu de mansinho, mas o apelido pegou e quando ele ia jogar algo pela janela tinha um zunindo, zunindo..


Ele já dormia pensando   nesses mosquitos, era cada mosquitão maior do que o outro, chegava até sonhar que estava deitado, abraçado  com um desses monstros...


 Até que ele se tocou e terminou se consertando, até mesmo ajudando os vizinhos a cuidar de seus próprios terrenos, criando até um pomar num lugar onde só havia lixo e chorume, sendo um grande exemplo para todos os moradores daqui dessa cidade e de outras também, porque não basta união e esclarecimento, basta ter força de vontade e acreditar que juntos podemos melhorar.


Marcelo de Oliveira Souza,IWA

sexta-feira, 8 de março de 2024

Um brinde à Mulher





Brinde à Mulher 

Na confusão do dia a dia 
Muita coisa se perde 
Muita coisa se cria, 
A mulher aparece... 

Toma o seu lugar 
E muito se esquece... 
Num corpo ela faz tudo, 
Pondo-se a amar. 

Sonha, trabalha, procria 
Uma perfeita sinfonia, 
Diante dessa postura 
O homem esquece... 

A mulher é mulher! 
Tem que ser amada e cuidada, 
Quando ela sofre, 
Enfrenta o seu drama isolada. 

Apanha, chora e ninguém faz nada! 
Pois os covardes à espreita 
Estrangulam a independência da mulher 
De uma forma desvairada. 

Brindemos ao sexo dito frágil 
Que nos abençoa e nos ama 
Desde o nascimento até o final 
A mulher é o tom rosa sensacional 
É a alegria e continuidade... 

Mãe, esposa, filha ou amante 
Nada nos separa... 
Só nos une de uma forma visceral 
Brindemos a mulher, 
Brindemos à vida universal. 

 

 

 

Nome: Marcelo de Oliveira Souza,IwA

2x. Dr. Honoris Causa em Literatura

Blog: http://marceloescritor2.blogspot.com

Instagram: marceloescritor2


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sexta-feira, 1 de março de 2024

A Gula




A Gula

 

 

 

Na nossa vida precisamos de alimentação

São nutrientes devidos

Para nossa sustentação,

Nesse mundo carnal

O alimento também é bem legal

Não tem como mastigar ...

Virar tortura para se alimentar.

 

Mas a gula é exagero,

Que beira o desespero

Quanto mais come, mais feliz está!

Fruta, carne, doce sei lá...

É tudo para o mesmo saco

No ventre que virou casaco.

 

Nesse mundo de provações

Tem gente que engole mais ações

Num desespero visceral

De quem nasceu antes da comida

Esperando o vendaval.



Marcelo de Oliveira Souza,IwA

Instagram: marceleoscritor2


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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

O Portal do Inferno






O PORTAL DO INFERNO


As pessoas quando moram em coletividade, apesar da tão difundida violência, nunca imaginam que onde residem poderá acontecer casos similares e muito menos uma grande e fatídica história de terror.
Um casal recém casado, empolgado com a morada na capital Salvador, resolveu procurar um apartamento em um dos bairros mais conceituados da terceira maior capital do país.
A garota chama-se Marleide e o rapaz Marlon, ambos funcionários públicos, também recém aprovados pelo último concurso do governo do estado da Bahia, e a esposa foi prestar serviços no instituto médico legal, auxiliando o médico legista.Ele começou prestar serviços na secretaria de Educação, no Centro Administrativo do Estado.
Depois de muita negociação eles conseguiram equipar o apartamento, contudo algo parecia incomum às suas vivências, os vizinhos mal humorados e não aceitavam um cumprimento facilmente; e o pior, eram os vizinhos do andar de cima, tinham a mania de arrastar dia e noite objetos pesados, não pagavam o condomínio e deixavam a residência parecida com um sarcófago. Apesar de morar diante da nascente, parece que os raios solares se recusavam adentrar naquele recinto, para compactuar com tudo de tenebroso e misterioso.
Tinha dias que dava para ouvir umas batucadas, gritos de horror; contudo, justamente nessa hora o mundo parecia parar, pois ninguém ouvia, somente o nosso casal, que tinham verdadeiras noites de horror, começaram a ter visões ruins e maus presságios.
O programa diário sobre a criminalidade, os crimes de assassinato, eram verdadeiras repetições dos sonhos que o casal dividia, o que os assustavam cada dia mais e mais.
No dia do folclore, o vizinho saia sempre com uma túnica negra e sua irmã o acompanhava com uma vela do seu tamanho, ela era mãe solteira e ninguém no conjunto sabia da procedência daquela criancinha, tinha ainda a mãe deles que sempre soltava gargalhadas infernais que assustava os mais valentes dos moradores, o tal de Raimundo, onde todos chamavam de Raimundocoió, porque ele tinha um cão parecido com um coiote.
Nesse mundo muito louco que era aquele conjunto, todos se escondiam de qualquer aproximação, qualquer ato de fraternidade, de humanidade.
Dentro desse contexto, os dias foram se passando, e no estacionamento tinha um carro funerário que servia para o transporte dos defuntos de uma casa do ramo.
Nos dias seguidos às noites de lua cheia sempre as pessoas davam por falta de algum morador, a comunidade tinha cerca de cinco mil pessoas, mas os desaparecidos já alcançavam cinquenta, o preocupante era que as pessoas sumiam, e todos aceitavam o sumiço, não sei se é porque os que sumiam sempre eram aqueles que não possuíam grandes contatos com a família, ou se os seus parentes também eram enfeitiçados, a polícia não aparecia por lá por nenhum motivo, as pessoas estavam entregues a um segurança de quinta categoria, que perseguiam os moradores se estes não pagassem pedágio, ou suborno por qualquer motivo.
O tempo se passava no tenebroso conjunto, certo dia um agente da secretaria de saúde, foi ao citado apartamento, que era de número 304, só que ele entrou e não saiu mais; como no conjunto a maioria dos moradores eram centrados em seus problemas, e a fofoqueira de plantão D. Luna não estava a postos, ou ficou com medo de dizer.
Sei que um grupo de investigadores desavisados foi bater no bloco vizinho ao incidente, chamou até um morador que adora animais, e perdeu os dois, que apareceu seco igual a rato quando ingere veneno.
Marleide certo dia foi reclamar do vazamento com o vizinho de cima, quando foi recebida apareceu um homem corcunda com um capacete na mão e disse que ele era um visitante e a dona do imóvel estava recolhida, e assim os dias se passaram e a goteira ia aumentando e molhando todo apartamento do casal, foi o que tornou o sonho dourado de uma residência própria um verdadeiro pesadelo.
Marlon então decidiu investigar tudo de estranho que insistia campear pelo conjunto, e começou pelo vazamento, que aliás os seus produtores eram a raiz de todo o problema.
Numa noite escabrosa de lua cheia, nosso investigador montou uma campana e seguiu os vizinhos durante a madrugada até uma casinhola abandonada em um barranco, lá no anexo da morada comunitária e percebeu que um grupo de pessoas fazia adoração à satanás, com oferendas e documentos de pessoas desaparecidas, dentro de um pentagrama ficava a dita Vizinha, chamada Elza, onde os adoradores do mal ficavam ao seu redor segurando um caldeirão fervente, colocando a documentação dos desaparecidos, com seguidos urros abafados, para que as pessoas não percebessem o que acontecia.
Diante daquele quadro desesperador, nosso amigo saiu sorrateiramente e chamou a guarnição policial, que chegou toda paramentada arrombando a porta da casa e não achou nada, absolutamente nada, somente como vestígio o caldeirão, que continha a documentação do sindico do conjunto, toda esfacelada e aí que foram dar conta que o síndico não tinha fugido com o dinheiro do pagamento dos funcionários, e sim ele foi dessa para pior, através do pentagrama, que continha marcas de sangue, e logicamente foi periciado e constatado que tinha o DNA de muitos desaparecidos.
A diligência rumou para o Bloco dos adoradores do inimigo, no apartamento em questão, só que ao entrarem eles tocaram a sirene, e esse dispositivo sempre transporta as pessoas justamente para a casinhola maldita onde eram sacrificadas as pessoas, durante a lua cheia.
Quando os policiais se transportaram, encontraram os malfeitores novamente escondidos, pois pensavam que a turma da lei, ia invadir o apartamento e por conseguinte não encontrariam ninguém, pois ninguém se esconde na cena do crime, obviamente.
Mas o tiro saiu pela culatra, contudo a dona Elza, suicidou-se encima do pentagrama, e transportou-se para o quinto dos infernos.
Nesse local foi criado um parque, que nos dias de lua cheia, sempre some um desavisado, pois o pentagrama resistiu e está encima do pula-pula, que se as crianças pularem dezoito vezes, vão direto ao submundo de lúcifer, pois dezoito é seis vezes três o numero da besta.
Contudo a paz voltou a reinar no Conjunto do Portal do Inferno, e apelidaram o parque em questão de parque do desespero, em que à noite sempre aparece o espírito da dona Elza convidando os adolescentes e crianças a pularem dezoito vezes, você arriscaria?


* Do livro do autor Conto & Reconto

Marcelo de Oliveira Souza,IwA
Instagram: marceloescritor2

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

XX Concurso Literário Poesias sem Fronteiras






XX  CONCURSO LITERÁRIO POESIAS SEM FRONTEIRAS              

(inscrições de 01 de março de  2024 até quando fechar a quota do livro  )

Realização dos  site: marceloescritor ; faceboook.com/psfronteiras; instagram e tiktok: @marceloescritor e blog:  marceloescritor2.blogspot.com

Apoio: Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências /RJ; Academia de Letras de Teófilo Otoni /MG;  FEBACLA;  Academia Caxambuense de Letras/MG

 

Com o objetivo de estimular poetas de todo o Brasil e de outros países, o concurso premia os melhores trabalhos, comprovando o sucesso com sua 20a edição. Em parceria com a editora IlIuminare, para a publicação da Antologia "POESIAS SEM FRONTEIRAS", onde TODAS as poesias classificadas, deverão pagar a taxa de inscrição , recebendo um exemplar de Antologia em sua morada, sem mais nenhum ônus financeiro. Via correios, registrado).

*Autores estrangeiros, poderão  ter um prêmio extra. # Portugal #lusofonia

 

Os poetas tem que ter idade a partir dos 16 anos e devem  enviar uma poesia (máximo 35 linhas ou 1200 caracteres com espaço); Biografia (300 caracteres com espaço) ; tema LIVRE, através do e-mail : marceloosouzasom@hotmail.com , com cópia  marceloescritor2@outlook.com

 

 Como se  inscrever :

 

No assunto: nome do evento  e nome do autor; Já no  Corpo da mensagem:  o texto, minibiografia  cinco linhas com foto, identidade, CPF, e-mail e endereço , como ficou sabendo do concurso  .Os textos serão formatados e enviados para o autor, para correção do mesmo.

 

·         Somente os classificados receberão a chave pix para depósito.

 A Taxa será  de: R$ 90,00 - que corresponde a 01 exemplar da Antologia. (A ser paga através de depósito bancário ou pix,  que será enviado ao participante do evento, para a caixa de e-mail inscrita.) Passando disso o valor será dobrado.

É permitido participar com mais poesias, observando: Uma poesia para cada inscrição. Exemplificando: 02 poesias = 02 exemplares = R$ 180,00

Escritores residentes, fora do país: 35 dólares/ euros por inscrição/um exemplar.

A Antologia "POESIAS SEM FRONTEIRAS" será publicada três meses depois do encerramento do evento.

Sobre a Antologia: Serão enviados três meses após o final do evento,    uma folha para biografia com  foto e outra com o poema de até 35 linhas.

Obs: Inscrições de outros países serão aceitas desde que estejam  na língua oficial do concurso que  é Língua Portuguesa.

Os autores residentes fora do Brasil, devem enviar o valor da taxa de inscrição 35 euros/dólares , via Western Union,  os  classificados; se tiverem dificuldade entrar em contato com: Marcelo de Oliveira Souza - através do e-mail marceloescritor2@outlook.com  . ou do whatsapp +55 71 992510196

RESULTADO : no site oficial do concurso: www.poesiassemfronteiras.no.comunidades.net;   faceboook.com/psfronteiras, no blog : marceloescritor2.blogspot.com , nos  seus respectivos e-mail e principalmente no livro de Antologia.

 

Premiação:

1°lugar: Troféu personalizado com o nome do autor e colocação + Livro Artesanal  Mundo Poético + certificado + poesia publicada em destaque na Antologia e no site oficial do concurso  + Imã Literário + chaveiro Lembrança de Salvador.

2° lugar: Certificado   +   poesia publicada em destaque na Antologia e no site oficial do concurso  + imã Literário: Dai-vos Luz + Livro Antologia Vozes Portuguesas

3° lugar: Certificado + poesia publicada em destaque na Antologia e no site oficial do concurso + Crônicas do Sul do Mundo   + Imã Literário: Dai-vos Luz

 Menção Honrosa Internacional* : Daremos uma Menção Honrosa Internacional  para o melhor autor estrangeiro  *se não estiver entre os três primeiros lugares e/ou tiver  menos de três inscrições de fora do país, o prêmio será extinto nesse caso.

A  premiação será: Poesia publicada em destaque na Antologia + certificado + Livro Artesanal Mundo Poético + Camisa Tam G  lembrança de Salvador  + imã Literário:   Dai-vos Luz

 

🤔Inscreva-se agora !

Email:  marceloescritor2@outlook.com;

 

🤔Marcelo de Oliveira Souza, IWA  instagram: marceloescritor2 ; Tiktok :marceloescritor; blog :: marceloescritor2.blogspot.com

2x Dr. Honoris Causa em Literatura

Organizador do Concurso Literário Poesias sem Fronteiras

#poesias #lusofonia #portugal

 

 

 

 

 

 

 






segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Carnaval!


🥳Carnaval

A alegria chegou
O trio elétrico passou
A multidão também,
Alguém ficou
Caído no chão!

Uma arma de encontrão
Furou o pulmão
Todos gritando,
Indo atrás da atração.

Gente de montão
Felicidade de milhão!
Em todo lugar uma transmissão!
Em outros lugares empurrão...

Ali no cantinho um chupão
Mais à frente cervejão!
O malhado valentão
Terminou na prisão,
Levou um cachação!...

Todo mundo vira multidão
Camarotes do barão
Folia bem diferente, não?

Mas também tem o folião
Dos blocos e do arrastão...
Nas cinzas ainda não basta, não!

A tristeza do cordão
Que virou cordeiro,
Trabalhou e dançou
Mas acabou sem dinheiro na mão!

Mais triste ainda quem gastou...
E nem  chegou a brilhar
Mas terminou a quarta feira
Beirando o caixão!

Esperando a reencarnação
Para voltar à folia
Com toda energia
Ver tudo recomeçar!

Marcelo de Oliveira Souza ,IwA

Do Blog: http://marceloescritror2.blogspot.com
Instagram: marceloescritor2
🥳Boa noite ☝️☝️☝️🌚🌹


quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Visitando Berlim






Visitando Berlim

 

 

Desde pequeno, quando estudamos  sobre o “muro de Berlim” ficamos  curiosos  quanto àquele fato Histórico, que dividia a humanidade, depois da segunda-guerra  mundial,  onde pessoas do lado oriental da cidade dividida, morriam tentando passar para o outro lado ocidental.

Saímos daqui de Salvador, voando oito horas  para a entrada da Europa, no aeroporto de Lisboa, depois de mais  três horas, já estávamos na cidade, pegando um daqueles táxis enormes, que parece uma lancha!

A temperatura estava fria, para nós brasileiros, entretanto como sempre dizemos, “não existe  frio” sim pessoas mal agasalhadas.

Chegando ao hotel, já era noite, mesmo assim deixamos nossas bagagens lá e fomos explorar a cidade, começando pelo primeiro desafio, que é o metrô, eu sempre digo: “quem ”dominou” o metrô, dominou a cidade”, porque se a cidade tem uma malha ferroviária  boa que vai para todo lugar, fica  muito mais fácil, evitando, pois, o contato com outra língua desconhecida. Que é o grande entrave  de quem não sabe outro idioma.

Já  tivemos  essa insegurança, entretanto com a experiência de conhecer 11 países na  Europa, percebemos  uma normativa:  tudo é muito bem sinalizado e planejado para os  turistas não terem dificuldade.

Fazendo parte ainda do metrô, em Berlin, tudo é mecanizado, não vimos atendente em lugar nenhum, você que tem que comprar e registrar a passagem, pois se você encontrar um deles vai ser somente para cobrar...

Muita gente pensa que no inverno não tem opção em meio à neve ou frio, lei do engano, além de ter contato com essa maravilha branca, que enfeita nossa passagem, tem lugares cobertos e protegidos do inverno.

Um deles é  o parlamento alemão que  possui uma cúpula transparente, cujo lugar dá para vislumbrar a cidade inteira, mas precisa  reservar com antecedência.

O Jardim Zoológico é uma atração à parte, tens que reservar um dia inteiro para essa atração, que também abriga  muitos lugares protegidos, afinal muitos animais precisam do seu clima tropical, sendo ambientes estrategicamente planejados para tal.

O portão de Brandemburgo, é a Torre Eifel deles, como o nosso Cristo Redentor ou Elevador Lacerda, seu ponto turístico mais famoso, lá eles comemoram tudo e também fazem protesto, que aliás presenciamos uma manifestação  dos agricultores que tomou o  imenso local todinho, mas sempre tudo bem organizado.

O memorial aos judeus mortos é muito bem visitado, mas a Ilha dos Museus é um show à parte, até mesmo de fora dá para tirar lindas fotos e também conhecer muita coisa.

O famoso muro é passagem obrigatória, principalmente onde tem o grafite de Erich Honecker e Leonid Brejnev, dizendo: “- Meu Deus, ajuda-me a sobreviver a esse amor mortal”. Imagine!...

Existe  um lugar que a gente visitou, chamado “Chek Point do Charlie” , a gente viaja na História, tantos e tantos filmes que vimos sobre esse lugar, onde soldados fiscalizavam a fronteiras das duas Alemanhas, sendo umas das poucas passagens onde era permitido atravessar, mas somente quem tinha autorização, que não era fácil de conseguir, tinham pessoas que se escondiam até dentro do banco dos carros, para tentar passar, mas se “Charlie” pegasse era prisão na certa!

Foram muitos e muitos lugares curiosos, bonitos e maravilhosos, que em quatro ou cinco dias, vai ficar faltando conhecer, principalmente o Brands Tropical Island, um clube com águas quentes, coberto por uma imensa redoma, dentro desse “oásis”,  além da organização, o que mais me chamou atenção foram a cachoeira artificial, maior que muita cachoeira natural e principalmente uma piscina de correnteza, que fica no interior do bioma, mas quando a gente desce, vamos diretamente para fora do ambiente, que por sua vez estava cercado de neve, entretanto a água era quente, misturando o frio com a temperatura oposta. Foi uma experiência inesquecível, até na volta de trem teve aventura - como em cada canto da cidade - quando dois trens-bala passaram pela estação, levantando neve para tudo quanto era lado, infelizmente não deu para gravar, tampouco fotografar, você certamente sabe o porquê.

O  povo é bastante educado, metódico e  fala bem baixinho, assim como o rádio do taxista, não sei como consegue ouvir, mas eles sempre sabem que o direito de um termina quando começa o direito dos outros.

 

 

Marcelo de Oliveira Souza,IwA

instagram: marceloescritor2