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sexta-feira, 30 de junho de 2017

Minha amiga Jandira!





Minha Amiga Jandira


Toda criança sempre sonha em ter uma bicicleta, pois é um tipo de veículo que as fascina pela sensação de liberdade que ele proporciona.
Assim quando o meu irmão mais velho recebeu de presente uma, foi a maior alegria, como eu ainda era muito pequeno, só cabia a mim sentar na “ponga” e aproveitar a viagem, o que não era tão legal para ele, pois tinha que pedalar em dobro, e para acompanhar os colegas ficava muito difícil, mas eu não o largava,só queria ir junto para apreciar as aventuras pueris.
Quando passávamos o verão em Itaparica então, era uma "coqueluche", grupos e mais grupos na “magrela” onde formavam-se turmas, paqueras e muita diversão à solta.
Numa dessas  noites, meu irmão saiu escondido para encontrar a turma ficando eu, desesperado por não ter ido, um tempo depois chega ele carregado, porque tinha subido o meio fio,  indo terminar no chão, numa dessas peripécias de criança.
Logo chegou a minha vez de ganhar uma, o que foi muito legal, contudo para aprender deu uma mão de obra, meu pai segurava atrás para tentar me equilibrar, mas nada, o tempo foi passando e aos poucos eu fui aprendendo, até que  num determinado  dia consegui sair pedalando pelas ruas desta cidade-verão, mas não era fácil, porque sempre havia algo para levar uma queda, os primeiros dias chegava a levar cinquenta quedas.
Teve uma vez que uma gorda me atropelou, isso mesmo! Porque quando estava passando,  me bati com ela, a dona  ficando em pé e eu caí, sendo socorrido por esta senhora que se chamava Jandira, que sempre lembra do fato, fazendo assim uma boa amizade, sendo assim comecei a chamar minha bicicleta de Jandira, o que tornou um fato até engraçado, pois foi uma homenagem que fiz à sua pessoa.
Assim eu já participava das turmas de bicicleta junto com meu irmão, andávamos a cidade toda, sempre procurando novas aventuras.
Quando voltava para Salvador, Jandira vinha no porta-malas toda dobradinha, e sempre que mencionava o nome da minha amiga, gerava uma confusão, ou pelo menos uma curiosidade.
Jandira envelheceu e terminou enferrujada no canto, pois os outros modelos eram bem melhores, mas depois de grande só ficou na lembrança as duas Jandiras, pois a nativa de Itaparica morreu e a minha, nem sei onde está hoje.


Marcelo de Oliveira Souza,iwa



sexta-feira, 23 de junho de 2017

Eventos dias 30 de junho e 1 de julho




No dia 14 de junho de 2016 foi realizado o primeiro encontro organizado pela acadêmica Begma Tavares Barbosa, reunindo pessoas interessadas na leitura literária, na formação de leitores literários na escola e na troca de experiências sobre práticas de leitura.

Para comemorar um ano dos nossos Círculos de Leitura, e no clima da exposição Oxente, vamos nos reunir para conversar sobre autores nordestinos.

A Academia Leopoldinense de Letras e Artes convida para uma confraternização literária. Os participantes habituais já escolheram seus autores prediletos,
​ 
conforme convite acima. Escolha também um autor do nordeste que lhe agrade e venha participar do encontro especial que será realizado no próximo dia 1 de julho, das 10 às 12 horas, na Casa de Leitura Lya Maria Müller Botelho.

P
​or oportuno, encaminhamos em anexo o convite para o lançamento do livro Conto de um amor intermitente, de Daniella Guimarães de Araújo.

Agradecemos pela divulgação que puder fazer.

Atenciosas Saudações,
Nilza Cantoni - Segunda Secretária
Leopoldina, MG

Se não quiser continuar recebendo nossas informações, responda esta mensagem com a palavra 'excluir'.










quinta-feira, 22 de junho de 2017

Viva São João!



Amor & Amar



Deitado no final do dia
Dá aquela nostalgia!
Muito tempo se passou
Quanta gente nos ama
Quanta gente nos amou!


Alegria, tristeza, decepções
Tudo vem a seu momento
Ocupando nossos corações
Mas amanhã será diferente.

Gritos, palmas e  emoções
Vem tudo juntinho
Na surpresa que não é  surpresa
Invadindo de multidão!.

Nessa existência
Isso é que importa
Amor & amar...
Não tem remédio nem ciência
Nesse seu aniversário...
Ele é único, só seu ...
Onde nós cantamos sempre
Feliz Aniversário
Parabéns para você!




Marcelo de Oliveira Souza,iwa

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Corpus Christi




Corpus Christi

 Um dia para refletirmos 
Para onde caminha a humanidade 
Se existe humanidade...

Ela existe? 
Um passando a perna no outro 
Pernada para tudo quanto é lado, 
Outro vai para a igreja rezar.

Depois de tanta maldade 
Até que merece ...
Mas o dia de farra continua 
Bebidas para todos os poros 
Trânsito em todas as estradas...

O corpo está li estagnado 
Ninguém lembra que o corpo existiu 
A consciência ruiu 
O povo ruim domina 
A humanidade caiu...

Corpos nas estradas 
A curiosidade reina 
O acidente causado, 
Coitado! 
Não resistiu, 
Mas o parceiro de viagem 
Gravou e divulgou na “cidade”.

O corpo fez sucesso 
Mas dois minutos depois, 
Tem outro mau sucedido 
Que foi agredido e vencido 
pelas drogas e pelo crime.

Mais um corpo esquecido 
Que será comido pelos bichos 
Diferente do corpo de Cristo 
Iluminado e bendito, 
Virou tema de feriado 
Onde tudo vai recomeçar.
Em prol do seu nome iluminado 
Onde muitos irão novamente 
v i a j a r... 
E não voltam mais!



 Marcelo de Oliveira Souza,IWA

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Lição de Vida

Foto: Ribeirão do Meio, Lençóis BA Brasil


LIÇÃO DE VIDA 


Durante minha feliz jornada ao paraíso de Lençóis, encontrei um casal muito simpático, com uma senhora de cerca de setenta e dois anos, fazendo a trilha para alcançar mais uma das maravilhas da cidade. 
Encantados com o meio ambiente como eu, aos poucos fomos nos entrosando, indo desembocar num lago circundado de pedras chamado Ribeirão do Meio,que tinha uma espécie de tobogã natural, onde as pessoas escorregavam lá de cima indo terminar neste formoso lago, com águas frias e ferruginosas. 
Conheci esta senhora, que me passou uma verdadeira lição de História, e mais que tudo, uma lição de vida, para todos nós, inclusive as pessoas que são incrédulas na capacidade de amar do ser humano. 
Clara, chamemos assim, foi uma verdadeira batalhadora, quis participar da segunda guerra mundial, mas como a família era de grande influência em São Paulo, foi impedida de exercer seu valoroso patriotismo. 
Presenciou a revolução de 1964, contando suas aflições, onde tentava proteger o seu pimpolho, em meio uma guerra entre pessoas do mesmo País. 
Porém o mais bonito e marcante foi quando ela conheceu o seu o seu marido, hoje falecido infelizmente, deixando-a sozinha com seu filho, que agora já está casado. 
Como uma médica, ela fazia triagem sempre em pacientes, para empregos e também seguros, sendo uma pessoa bastante reservada, quanto a namorado. Passando assim um bom tempo sozinha, sua família bem como a sociedade pressionava quanto ao seu estado de solteira, o que não é muito diferente de hoje, porém como era da alta sociedade, a pressão era irremediavelmente maior, com filhos de senadores, ministros, todos de muito poder à sua espreita. 
Contudo Clara não sucumbiu, ao seu romântico desejo de realmente entregar-se a um homem por amor. 
Em meio a uma dessas entrevistas a pacientes, havia um rapaz bastante humilde, que respondendo ao questionário, informou a sua profissão de garçom que não sabia escrever, não fumava, não bebia, não jogava e não tinha nenhum vício, o que ela prontamente se afeiçoou, achando o seu príncipe encantado. 
Conheceu-o melhor em um local de refeições rápidas, se apaixonando, o que foi um escândalo para aquela época, uma pessoa da sociedade casar com um homem humilde e analfabeto? 
Ela saiu de sua casa em um bairro nobre de São Paulo, indo morar com ele em um barraco bastante humilde. 
Passou a alfabetiza-lo, e prepara-lo para a vida, e quando ele começou a escrever, a primeira coisa que ele fez foi uma carta de amor, agradecendo tudo que ela tem feito por ele. 
Em seguida foi matriculado para cursar o primeiro grau, depois o segundo, indo culminar na faculdade de direito de São Paulo, sendo um dos primeiros colocados. 
Formando-se com louvor, sendo bastante útil e criador das leis atuais do direito do trabalho, alcançando muito sucesso em sua profissão. 
Após vinte anos de luta em suas profissões, juntaram um dinheiro e foram morar na região da Chapada Diamantina, fugindo da violência da Capital Paulista, em que não quer nem pensar em voltar, ainda mais agora que o seu amor faleceu, cerca de um mês, lamentando. 
Viajaram bastante em suas aposentadorias, e onde eles já passaram ela recusa-se terminantemente voltar. 
Parece um conto de fadas, porém Clara é um nome fictício, mas a pessoa existe, onde extasiado, e muito atento às suas atitudes, vigor, sobriedade e simplicidade, Clara me conquistou e certamente vai conquistar você. 

Marcelo de Oliveira Souza,iwa 
Do Livro do autor Conto & Reconto 
Editora Celeiro de Ecritores

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Direitos Humanos









Direitos Humanos



Lá na calçada
Estava a passear
Vi um vulto
Chegando a me assustar,
Um homem todo sujo
Estava a espreitar
Um tonel cheio de lixo
Ele estava sem almoçar.

O homem parecia bicho
Não conseguia nem conversar
Uma tristeza muito grande
Com a cena a presenciar.

Sem direito a nada
Nem se alimentar
O prospecto de homem
Ficava por ali a vagar.

Nosso pais tão rico
Fala de tudo a se gabar
Mas um simples homem
Não consegue o que jantar.
Sem casa e sem comida
Num país que exporta tudo
Até estrangeiro flagelado
Encontra o seu lugar.

Contudo nossos irmãos
Não têm direito
Nem a se alimentar,
Quando vejo isso:
- Direitos Humanos
Dói no peito
Pois é papel
Só de enfeitar.


Marcelo de Oliveira Souza,iwa