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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Mosquitão!


Mosquitão

Num desses subúrbios de Salvador, existe uma família muito especial, lá na Rua dos Prazeres, numa casinha verde e amarela,   D. Silvia  vivia com duas  filhas - Brenda e Carla -    em plena  adolescência ela precisava  muito trabalhar,  pois o seu esposo . Cláudio, teve um grave problema de saúde por causa do grande vilão de hoje em dia,  o Aedes Aegypti,  estando internado  com dengue hemorrágica.
Justamente ela,  que trabalha como agente de saúde,  teve gente de dentro do seio  da sua família infectado com essa doença.
Mas o grande malfeitor dessa história não foi nem esse inseto asqueroso, foi  o seu vizinho Mário, que teima em deixar água empoçada nos vasos de planta, ele e sua família costumam dizer que isso é propaganda do governo para vender remédio, mesmo com sua irmã Dulce acamada com a tal da Zica dos infernos!
Aquela rua dos Prazeres já estava se transformando  na  rua  do Aedes, enquanto uns tratavam o seu terreno adequadamente, tinham outros que seguiam a cartilha de Mário, inventavam um monte de desculpa para jogar lixo pela janela, a gente só via garrafinhas pet, tampinhas, copinhos de sorvete, tudo que não podia, sair pelas suas respectivas janelas, ganhando o mundo.
Maria  e Chupeta eram as duas  filhas  de Mário, elas  engrossavam a fila da falta de educação, como filho de peixe, peixinho é...
Só que na  escola que eles estudavam, já estava fazendo campanha há muito tempo sobre essa problemática, a professora de ciências deles, Márcia  fez um projeto muito legal e trouxe um monte de depoimento de pessoas que pegaram  Zica, Chickngunya, Dengue e até trouxe uma criancinha com microcefalia, juntando  a comunidade local para assistir tudo.
A nossa amiga agente de saúde deu um depoimento emocionante, falando da dificuldade de trabalhar com esses vizinhos que veem na Tv, que não pode jogar lixo pela janela,  que deve-se cuidar do seu terreno, tirar água dos vasos, mas nem por isso eles fazem, disse que tem gente que pegou dengue  três vezes, mas continua a deixar água empoçada, ainda por cima não deixa nenhum agente de saúde entrar em sua residência, fazendo pois,  tudo errado.
Sua  filha Brenda,  que também estuda nessa escola, disse que seus colegas pensam da mesma forma e é muito difícil fazer a conscientização, porque no Brasil quem faz o certo é taxado como abestalhado, ou até de maluco.
A professora  Márcia  intercedeu e dizendo que não podemos deixar esse tipo de desânimo aplacar o desejo de reagir diante dessa epidemia.
Mário estava lá e foi logo levado à berlinda, sendo perguntado por que ele fazia tudo errado, pondo em perigo toda a saúde da comunidade, ele desconversou, dizendo que eram as meninas que faziam isso, Maria e Chupeta logo reagiram e ainda  disseram que ele deveria ter vergonha que esse ato deplorável era exemplo dele e aí a confusão se instalou, precisou a diretora da escola interferir,
Diante de tantas imagens tristes: hospitais superlotados, criancinhas com microcefalia, frascos de insetos gigantes   zunindo, até as pernas começaram a coçar.
As acusações mútuas se sucederam até que Carla, que não era de falar muito deu um grito:
- Cala a Boca mosquitão!
A baderna voltou, Mário saiu de mansinho, mas o apelido pegou e quando ele ia jogar algo pela janela tinha um zunindo, zunindo..
Ele já dormia pensando   nesses mosquitos, era cada mosquitão maior do que o outro, chegava até sonhar que estava deitado, abraçado  com um desses monstros...
 Até que ele se tocou e terminou se consertando, até mesmo ajudando os vizinhos a cuidar de seus próprios terrenos, criando até um pomar num lugar onde só havia lixo e chorume, sendo um grande exemplo para todos os moradores daqui dessa cidade e de outras também, porque não basta união e esclarecimento, basta ter força de vontade e acreditar que juntos podemos melhorar.


Som
Marcelo de Oliveira Souza,IWA
Escritor e  Organizador do Conc Lit Poesias sem Fronteiras

sábado, 20 de fevereiro de 2016

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Mediunidade



Mediunidade 

Um cochilo esperado 
Voltando ao passado 
Vendo um revoltado 
Ou outro desesperado. 

Acolho e pergunto indignado 
Sobre seu sofrimento represado 
O perdão não lhe foi dado, 
Alguns mortos também sofrem um bocado! 
Vemos também o descanso do crédulo amado 
Minutos são horas, dias inacabados. 

Acordo feliz e regozijado 
Pois poucos estão preparados 
Para essa viagem de ajuda ao rejeitados 
Nesse mundo maravilhoso em todos os lados... 






Marcelo de Oliveira Souza,IWA
Escritor e  Organizador do Conc Lit Poesias sem Fronteiras


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domingo, 14 de fevereiro de 2016

Convite para Revista Viva Cultura ( Varginha-MG)

A Associação Artística Janet Finatti, responsável pelos eventos culturais de Varginha-MG estará lançando a 2ª edição da "Revista Viva Cultura" com os grandes poetas do Brasil. 


A revista será lançada no dia 31 de março.

 

Estamos convidando todos os poetas para publicarem suas OBRAS.

 

Tiragem: 4.000 exemplares

Será publicado a Obra + FOTO, breve currículo do poeta e seu email de contato.


Investimento: 1 poema: R$ 80,00  = 5 revistas 

2 ou 3 poemas: R$ 75,00 por poema: 10 revistas


30 Participantes (Cada poeta poderá publicar até três textos).


Publicação: P&B – Papel Couchê – ( Modelo da página em anexo)

 

Os interessados deverão enviar as OBRAS+FOTO + breve currículo, e efetuar o valor correspondente aos poemas inscritos. (Favor enviar o recibo de depósito).

 

Para confirmar participação e solicitar o nº de conta para depósito envie email para: vivaculturavga@gmail.com

 

Atenciosamente,

 

Lindon Lopes & Marcos Misael

(35) 3067-1506 – Horário Comercial

 

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

O Caminho das Pedras



O Caminho das Pedras

 

Durante a época de  carnaval o estado da Bahia recebe milhares de turistas no circuito da festa, mas muita gente esquece dos turistas internos que não frequentam o evento, resolvendo  viajar pelo próprio Estado.

Como estamos encaixados no segundo -  e não menos importante -  tipo de turistas, dessa vez resolvemos desvendar os encantos da Chapada Diamantina, nos hospedando na cidade de Andaraí, que fica na proximidades de Mucugê e Igatu, para assim facilitar o passeio.

Foram inúmeras cachoeiras de diferentes tipos, a trilha é  principalmente encima de pedras de todas as formas, escaladas com  ambientes bem exóticos, o que é prazeroso mas para alguns pode se tornar cansativo, equilibrar-se bastante em pedras e pedregulhos.

Tem um lugar bem pertinho de Andaraí, que é chamado "Toca do Morcego" é um dos poucos lugares que tem certo preparo para acolher o turista, pois a cidade ainda não tem uma mentalidade voltada para quem vem visita-la e está  disposto a gastar um pouquinho para ter uma lembrança, é tudo muito básico.

A culinária é excelente, parecendo que todos na chapada aprenderam com o mesmo chef, tudo simples, porém gostoso.

Já em Mucugê  o que chama bastante atenção é o parque municipal, onde contém a espécie de flor Sempre-Viva, que tem o seu nome porque mesmo depois  de "morta" ainda abre e fecha os seus botões; a trilha é maravilhosa, possuindo inúmeras e imensas cachoeiras.

Agora vale ressaltar que nesses lugares temos que ter guias,  se não a gente não vai conhecer absolutamente nada, principalmente se formos visitar várias cidades da região.

Um lugar bastante interessante que foi incluído no nosso roteiro foi a cidade de Igatu, ela fica encravada na montanha e tem a famosa Cidade de Pedra, criada na época do garimpo, é bastante exótica, mas o acesso é muito difícil, sendo um grande teste para o seu carro e para quem está conduzindo, é muita pedra que o seu veículo tem que transpassar, na internet não é comentado muito sobre esse grande empecilho, cabendo a gente decidir se vale a pena ou não, pior é quem fez reserva para uma pousada na cidade e tem que descer e subir essa montanha de carro para conhecer as outras regiões.

Nesses  lugares todos tivemos várias surpresas agradáveis, contudo o que mais nos chamou  atenção foi o Pantanal de Marimbús, o lugar é verdadeiramente encantador, situado bem pretinho de Andaraí, não demora muito a chegar, mas tem que reservar a entrada, pois  o lugar também não está muito preparado para o turista.

Em todas essas cidades o comércio fecha ao meio-dia   e  à noite não é tão  badalada como em Lençóis, a Secretaria de Turismo dessas cidades  praticamente inexiste   e  para obter informações  é mais  difícil  que   seguir  o Caminho das Pedras para o nosso passeio diário.

 

 





Marcelo de Oliveira Souza,IWA
Escritor e  Organizador do Conc Lit Poesias sem Fronteiras