Na Carona
Desde que o mundo
é mundo existem dois tipos de pessoas, os que tem o seu veículo e os que andam
“na carona”.
Hoje como as coisas estão mais difíceis, essa modalidade
de viagem compartilhada ganha mais adeptos.
Vamos citar alguns que diante de nossa vista chama mais
atenção, onde primeiramente podemos ressaltar as pessoas que pegam “ponga” às
custas de quem está trabalhando no trânsito, onde alguns pedem carona até para
o motorista do gás!
- Olhe o gás!
O pior que ajudam até a gritar, vociferam mais alto do
que quem está no ramo, a empolgação é muito grande, os “caronistas” se esforçam
muito para agradar o seu amigo motorista; uns até brigam por eles, gritam, xingam os transeuntes
que estão no meio da rua, tudo para ficar bem com que proporciona a viagem.
Os motoristas de ônibus, são os mais requisitados, no
final de linha são verdadeiras peças cobiçadas, tem até briga entre as
“Marias-carona” para ficarem com os mais
bonitos, mas quem disse que os feinhos perdem a vez?
Os taxistas já têm um nível mais elevado, são muito
paquerados e paqueram muito no seu itinerário, afinal de repente a “corrida”
pode sair de graça, tendo até chance de ter uma corridinha para um motel da
vida.
Já os que têm seus próprios veículos, são os mais
disputados, um carrinho de luxo, é o sonho da mulherada, existe até um quadro
na televisão, que mostra um homem do interior como se fosse fazendeiro, perdido
na cidade grande, onde o número de mulheres interessadas em dar um passeio para
mostrar o perímetro urbano aumenta de acordo com o tamanho do seu carro, é
deveras interessante.
Todos esses casos que resumimos são muito curiosos, mas
esse último é o que mais nos deixa indignado, é o caso dos motoqueiros, daqui da cidade, eles
fazem a “festa” em infrações de leis de trânsito, sobem em
calçada, invadem semáforo, entram em contramão, tudo que eles imaginam eles
fazem, mas quem está “na carona” não
está nem ligando, tem uns que nem usam capacete, ficam de short e não querem
saber o que o condutor está fazendo, querem aproveitar o ventinho e seguir
agarradinho ou agarradinha.
Já vimos vários acidentes com esse tipo de gente, que preferem morrer ou acidentar-se gravemente do
que perder essa carona.
A simbiose de motorista e carona é algo intrigante, muitas vezes gera amor, outras vezes separa
família, mas como ninguém é uma ilha, se quiser uma carona estamos aí, pronto
para mais uma história bem contada com hora marcada.
Marcelo de Oliveira Souza,iwa
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