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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Carnaval das Multidões

Carnaval das Multidões

 

 

O tempo passa, mas aquela idéia do Trio Elétrico e do eco da guitarra rendeu milhões de reais, exportando a folia para todos os cantos do nosso país e até do mundo.

Todos passaram a conhecer o carnaval da Bahia, infelizmente não dá para continuar com esse tão propalado rótulo de   "maior carnaval popular  do planeta" porque o planeta curioso vem conhecer o que os meios de comunicação tanto mostram como a sexta maravilha do planeta terra, mas a desigualdade dessa festa é uma verdadeira mácula para esse carnaval dito democrático.

A cidade de Salvador passou a ganhar muito dinheiro, o turismo cresceu; no verão é gente entrando por tudo quanto é lado, mesmo assim para a prefeitura ainda  não é o suficiente, ela  está indo a passos largos à banca rota, a cidade usufrui de um enorme diamante bruto, mas os investimentos não aparecem, o povo não quer saber de joginhos políticos de quem apóia ou não apóia ninguém, o povo quer saber de investimento no turismo,  saúde, educação e segurança.

Quanto à segurança, as pessoas da cidade andam com medo até da sombra, o índice de violência está tão grande que os seguimentos da imprensa nacional, estão preocupados, ainda  há algumas pessoas com viseiras ou síndrome de avestruz, que reclamam desse tipo de  reportagem, uns dizem que não assistem mais, para não ter tanto medo, outros dizem que esse "estardalhaço" é somente para espantar o turismo, visto que  ele vem crescendo bastante na Bahia.

Mas o carnaval das multidões é egoísta, os camarotes cobram um absurdo para o folião aproveitar toda a sua estrutura; nos blocos carnavalescos, os "abadás" são caríssimos,  o centímetro deles vale mais que ouro.

Em dias de distribuição dessas indumentárias é criada uma verdadeira operação de guerra, até mercado negro e escambo existe.

A cidade encolhe, os investimentos aparecem, os bandidos se animam, os malhados também, a paquera reina, os "cordeiros" puxam a corda, empurram o folião "pipoca" que por sua  vez  procura um espaçozinho entre os ambulantes e "cordeiros" para ver os artistas famosos desfilarem encima das carretas de som, mesmo se for por um breve momento.

Os turistas glorificam a alegria da festa, assim como os que têm dinheiro para derramar nos camarotes ou blocos; os que não conseguem um lugar privilegiado,   fazem de tudo para ter um lugar ao sol, ou melhor,  para  a festa mais popular do planeta,  cuja  desigualdade faz surgir a explosão de violência, que hoje em dia televisão nenhuma quer mostrar festa de momo temperada com cacetadas murros e empurrões, quando o clima começa ficar pesado é muito mais lucrativo desviar calmamente a câmera para as "patricinhas" nos   blocos de trio,   para os camarotes ou até  mesmo para as lindas pernas das cantoras, enquanto isso o pau come firme na festa mais bonita do Brasil.

 

Marcelo de Oliveira Souza

 Salvador Bahia



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