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sexta-feira, 5 de abril de 2019

O Segredo do Parque dos IpÊs




O Segredo do Parque dos Ipês

Tem viagens que são  inesquecíveis, seja por um motivo ou por outo, na diversidade de passeios, sempre acontece algo que chame a nossa atenção, dando inspiração ao escritor, tornando pública essa grande emoção.

Mas quando a viagem é dentro da viagem, é verdadeiramente insuperável, como o fato que narraremos a seguir, onde  estivemos numa dessas lindas capitais do nordeste, com uma grande amiga, que dentro da sua ansiedade de chegar ao local, ao Parque dos Ipês, deu muita história para contar.

Saímos cedo para não pegar o engarrafamento tradicional dos dias de feriado, principalmente  quando vamos a parques temáticos; a nossa amiga Creusa, estava sentada no lado do carona, para levar-nos até esse clube temático.

Só que o local  é extremamente mau sinalizado, um verdadeiro horror!

As paradas tinham que acontecer, pois apesar dela morar na cidade vizinha, sabia menos do que a gente.

Cada parada era uma frustração, pois mesmo as pessoas não sabiam dar a informação correta, parecendo que aquele parque nunca tinha existido.

Quando a gente encostava, nossa amiga já estava desesperada, chamava todos que estavam no caminho gritando:

- Moço! Pelo amor de Deus sabe onde fica esse bendito parque?

- Eu sou daqui, mas não sei de nada, meu marido, não me deixa sair de casa e esse pessoal que está aqui é de Salvador!

- Não tem ninguém nessa cidade que saiba desse maldito parque!

O homem a olhava espantado e tentava explicar, mas quanto mais explicava mais se atrapalhava...

Ela retrucava:

- Vamos embora que esse não sabe de nada, deixando o senhor falando sozinho.

Não aguentando mais, fomos ao posto de gasolina, onde a história foi novamente repetida:

- Moço! Pelo amor de Deus sabe onde fica esse bendito parque?

- Eu sou daqui, mas não sei de nada, meu marido, não me deixa sair de casa e esse pessoal que está aqui é de Salvador!

- Não tem ninguém nessa cidade que saiba desse maldito parque!

O frentista olhou assustado, deu a informação e eu arrastei antes que ela começasse a contar mais história ainda...

Rodamos, rodamos, não conseguimos achar nada!

Vimos um pessoal fazendo uma construção e paramos novamente!

Nossa amiga:

- Moço! Pelo amor de Deus sabe onde fica esse bendito parque?

- Eu sou daqui, mas não sei de nada, meu marido, não me deixa sair de casa e esse pessoal que está aqui é de Salvador!

- Não tem ninguém nessa cidade que saiba desse maldito parque!

- Mas o povo dessa cidade é burro, Deusssss me livre!

- Não sabe informar nada!

 Uma mulher tentou informar, junto com os outros dois homens, com o carro com o fundo todo na pista!

A conversa não fluía, onde resolvi puxar o carro e seguir adiante!

Na próxima parada, entramos uma jovem e resolvemos parar para Creusa  perguntar novamente:

- ô Moça!? Moçaaa!?

-  Pelo amor de Deus sabe onde fica esse bendito parque?

- Eu sou daqui, mas não sei de nada, meu marido, não me deixa sair de casa e esse pessoal que está aqui é de Salvador!

- Não tem ninguém nessa cidade que saiba desse maldito parque!

Quando a mulher começou a gaguejar...

- A nossa co-polito falou:

- Ó praí ?

- Bora que essa não vai saber de nada!

Saímos novamente, eu já estava cansado com duas horas parando e seguindo, mas ninguém sabia daquele lugar!

- A nossa companheira já estava se voltando contra mim, porque eu não sabia o local.

E proferiu:

- Também...

- Um motorista que é um  banana!

- Não sabe de nada!

- Foi aí que a discussão começou e disse que se tem um   banana, que coloque uma melancia no lugar para dirigir...

- O clima esquentou entre idas e vindas, chegamos ao mesmo posto de gasolina do início da viagem!

Paramos e nossa impaciente acompanhante gritou:

- Ô moço!

- O senhor ensinou tudo errado, até agora não chegamos a lugar algum!

Eu tentava compreender o que a pessoa falava, mas a comunicação não fluía.

Até que trocamos de acompanhante, uma amiga que veio conosco sentou na frente, ela foi para trás, porque o clima estava quente, com ar condicionado e tudo...

Outro frentista explicou para nosso grupo e  saímos desanimados com tanta procura, mas já no retorno para a  nossa cidade, de repente, aparece  o Ipê bem enorme,  dando as boas vindas, podendo assim, descansar um pouco o juízo, no meio das águas do Parque dos Ipês.





Marcelo de Oliveira Souza,IWA -  Salvador - BA - Brasil
Escritor e  Organizador do Conc Lit Poesias sem
Fronteiras.
* 2 x Dr. Honoris Causa em Literatura- FEBACLA e VaeBrasil
membro:
* Da Academia de Letras do Brasil : seccionais  Mato Grosso do Sul / Sul e Baixo Sul da BA;
* Da International Writers and Artists Association -EUA
* Da Academia de Letras de Teófilo Otoni  ;


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