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sexta-feira, 23 de julho de 2021

Mendigos



Mendigos

 

 

 

Costumamos  fazer caminhadas pela cidade, sempre tiramos fotos e sabemos muito sobre a realidade das pessoas, sobretudo nas cercanias do nosso bairro, que é centralizado, ficando, pois, relativamente  perto de  tudo, tanto da praia quanto do centro da cidade, onde  fica o pelourinho, conhecido dentro e fora do país pelas suas maravilhas históricas e arquitetônicas.

Entretanto a gente esquece de que nesses lugares existem cidadãos que não têm os seus direitos constitucionais atendidos, ficam abaixo da linha da pobreza.

Têm alguns que não estão abaixo dessa linha, contudo alguns problemas psicológicos fazem com que eles diariamente se projetem às ruas para pedir dinheiro ou alimentos.

Como existem  uns que não residem nas calçadas, mas estão ali durante o dia, para pedir  e voltam para onde saíram.

Aparece  pessoa, que é bem cuidada pela família, sai de casa arrumado,  mas vai passar o dia inteiro deixando os mendigos tirarem o seu vestuário, ficando entre eles...

A gente vê alguns conversando... Um dia desses um deles falou para o outro que não toma banho, porque é perda de tempo, pois não tem como trocar de roupa, não vê sentido em banhar-se, ainda perguntou ao outro:

-Eu estou certo?

Alguns possuem  a pobreza material, contudo não existe  a pobreza de alma, são até educados e procuram contribuir e trabalhar de alguma forma, mas acontece com  outros que são extremamente violentos.

Certa vez eu estava comendo uma barra de cereal e de repente apareceu um que puxou o que eu estava na mão e saiu, eu fique penalizado, mas ele não tinha um comportamento normal, como muitos que estão com  problemas mentais e  perambulam na rua sem destino e não tem ninguém que possa ajudar.

A gente pratica a política de não dar dinheiro para mendigos, pois é muito perigoso e não sabemos  o que ele irá fazer, costumamos dar alimentos, mas  alguns  rejeitam como aquele senhor da padaria, que  dávamos  sempre pão para ele,  onde  chegou um dia que ele disse não querer  pão, dinheiro sim!

Esse precedente é muito perigoso, até nas caminhadas, vimos pessoas cobrando dinheiro dos mendigos, até na semana passada vimos um cara fazendo isso, parecia ser filho adulto  dela, que entregou de mão fechada para ninguém ver, saiu correndo a mão na bolsa e entregou o vil metal duas vezes.

Nesse mesmo lugar, ficamos chocados com uma situação muito triste, estarrecedora...

A  pouco tempo, um rapaz estava sem perna, prostrado no chão,  agarrado a uma garrafa de cachaça, onde todos passavam sem dar importância, quando nos aproximamos, perguntamos se precisava de ajuda, ele pediu dinheiro, só queria isso, chegando  até a colocar uma nota de dois reais na boca,  foi quando uma senhora se aproximou e a gente conversou sobre essa triste questão, para ver o que podíamos fazer...

 Chamamos a SAMU que disse não resolver essa questão, algumas pessoas se aproximaram, dizendo que ele está acostumado a fazer isso, em vários lugares, os parentes o jogam na rua para ficar pedindo, uma situação que não foi resolvida...

Esse drama social está cada vez maior onde apesar da crise, o governo está arrecadando muito, mas nenhum tem a sensibilidade de ver essa situação com “bons olhos”, se eles estão na rua por um motivo ou por outro, se eles não querem ficar num abrigo, alguma coisa deverá ser feita, cujas pessoas sensibilizadas são  que  estão se juntando para tentar dirimir essa celeuma, enquanto isso a gente fica brigando entre cobras e lagartos para saber quem vai gerir o país ou Estado,  mas trabalho deles que é bom, não existe.

 

 

 

Marcelo de Oliveira Souza,IwA

2x Dr. Honoris Causa em Literatura

Instagram: marceleoscritor

Do blog: http://marceloescritor2.blogspot.com


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