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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Oração de sexta-feira!







Oração de sexta-feira!


Hoje é sexta-feira
Da mesma maneira
Que lembramos da súplica
Lembremos de agradecer.

Na convulsão social
Passamos por intempéries
Que não é normal.
No mundo de expiações
No obscuro de situações,
Não nos abandonastes
Na agonia, na alegria,
Tem sempre nos dado a mão.

Auxilia-nos a aconselhar
Flores no caminho a derramar...
Ao levantarmos, ao nos deitar...

As tribulações do passarinheiro,
No auxílio do dinheiro,
A vitória vem certamente,
Tu estás em nossa mente,
E a sexta-feira vem contente,
Para outra vez descansar,
Seguindo a nossa vida,
Pagando a nossa dívida,
Para um dia nosso mundo  conquistar...




🤔Marcelo de Oliveira Souza IwA
🤔 Do blog http://marceloescritor2.blogspot.com
Bom dia🌤

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Saci


Saci 





Todo dia quando estava dormindo, lá pelas tantas da noite, percebo uma grande confusão, uns meninos gritando, conversando, mas quando a gente está naquela de “levanta-não levanta”, fica parecendo que tem uma tonelada encima da gente e termina passando a noite. 
A gente ouve risadas, gritaria, parecendo um monte de crianças jogando bola. 
- Mas como é que as crianças jogam bola, lá pelas tantas da madrugada e ninguém reclama aqui no fundo do condomínio? 
Essa questão eu teria que resolver sozinho, até que em mais uma madrugada eu vi novamente o tormento das gritarias, mas só enxergava vultos, não conseguia ver nada naquela escuridão em meio às árvores. 
Fiz de tudo para pegar aqueles meninos de surpresa, será que estou ficando doido? Só eu ouço essas vozes de meninos fazendo balbúrdia no quintal. 
Eu falava com a vizinhança e nada de ninguém se pronunciar, decidi colocar até câmera no quintal, mas só pegavam esses vultos, às vezes dava para colocar na câmera lenta e a gente via um capuz vermelho, uma coisa intrigante. 
Eu não sou de deixar nada pela metade, isso já consumia a minha curiosidade por demais e o pior que ninguém acreditava nessa “risadaria” no quintal, contudo eu não desisto, comecei a pesquisar aqui mesmo na web, onde de primeira veio falando sobre Saci-pererê! 
Como eu poderia acreditar nessa crendice de criança, eu assistia na Tv sobre esse personagem da fábula que Monteiro Lobato tanto escrevia em suas obras, mas como sabemos esse tipo de coisa não existe... 
Devia ser algum menino aprontando com aquelas gargalhadas estranhas, mas como não perdemos nada ao tentar, resolvi ir a fundo na “brincadeira” de Saci... 
Dona Web mandou comprar uma peneira de cruzeta, uma rolha de cortiça e uma gaiola, que prontamente fui lá no mercado das Sete Portas, providenciar os materiais para a minha “brincadeira” ou o que quer que possa chamar isso. 
Essa “risadaria” tinha que passar, meu sono é de passarinho e acordo cedo, e ninguém toma providências... 
Fiquei por vários dias tentando encontrar o motivo daquela loucura, percebi que sempre vinha uma ventania muito forte em forma de redemoinho, antes daquela gritaria, fui aprendendo com o tempo sobre esse molequinho, mesmo na desconfiança, ou ele ia preso na minha garrafa, ou eu entrava pelo cano, seria dado como doido ou coisa pior, o pessoal do condomínio já estava desconfiado comigo, sempre de madrugada com aquele material estanho, de peneira e gaiola, eu dizia tanta besteira até que estava caçando mariposa ou procurando ninho de formigas, que horror... 
Mas numa noite bem quente e calma, saiu um redemoinho bem estranho, eu estava no meu posto de plantão, atrás da árvore, não sei o que era, só que pulei no ar e de repente apareceu um capuz, que rapidamente o arranquei. 
- Definitivamente era um Saci!?! 
Foi a maior gritaria, tinha gente na janela gritando e dizendo que eu tinha agarrado um menino da comunidade vizinha, eu até fiquei desconcertado, mas quando as luzes acenderam eu estava lá com um molequinho de uma perna só, todo suado, eu estava ainda com o seu capuz, mas em fração de segundo, veio-me à cabeça, não sei por qual motivo, que seria muito triste esse final para um personagem do nosso folclore. 
As pessoas começaram a descer para ver o que estava acontecendo, de lá de cima me viram todo sujo de terra com um menino, mas quando chegaram, só me viram com um pedaço de manequim marrom, que as crianças brincam de bater aqui no fundo, chamado Astolfo. 
Todo ficaram indignados com a minha “brincadeira” fiquei sendo hostilizado por muito tempo, até minha filha estava recebendo a rebarba, mas eu preferi ser tratado dessa forma do que prejudicar uma lenda e encarcerá-la numa garrafa somente para me exibir. 




Marcelo de Oliveira Souza,IwA 
Dr. Honoris Causa em Literatura 





sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Quem vê Cara não Vê AIDS!





QUEM VÊ CARA NÃO VÊ AIDS



Maurílio era um garoto típico de classe média, filho de um casal zeloso pelo seu filho e atento a todas as suas dificuldades, justamente pelo motivo dele ser o único filho.
Morava em uma casa bastante grande onde tinha até uma pequena piscina e um quarto só seu, com tudo que um garoto podia querer.
Logo quando chegou, fez amizade com uma garota sardenta e de cabelos ruivos, chamada Priscila, que era sua vizinha, filha de pais separados, sentia a mesma solidão do nosso amigo, por isso ambos sempre se entendiam bem.
O tempo foi passando e Priscila foi crescendo e as brincadeiras não tinham mais sentido, principalmente por parte da garota, pois como todos sabem a garota sempre amadurece mais cedo, mesmo ela senso um ano mais nova que ele.
Priscila já se arrumava como uma mocinha, aos quatorze anos, já conversava com outras garotas senão da mesma idade, mais velha que ela.
Enquanto isso nosso rejeitado amigo, já aos quinze anos, tornou-se um rapaz muito solitário e triste, sempre acompanhando sua grande amiga, que futuramente ele descobriu-se apaixonado por ela, mas como o vinculo era quase familiar, a barreira era impossível de ser ultrapassada, até confidências sobre namoradinho Priscila resolveu dizer, como estivesse querendo castiga-lo pelo interesse por ela.
Durante as festas da padroeira da cidade, Priscila aflorou para o amor definitivamente, era a garota mais paquerada da rua, sempre um carro aparecendo para traze-la de volta, ainda ficava lá dentro fazendo tudo que a imaginação permitia conceber dentro daquele veículo.
Era só um ruído de carro aparecer perante a casa dela que Maurílio ficava na vigília, numa tortura atroz, aquilo o matava, não adiantava nem ele tentar disfarçar aquele explosivo amor que batia em seu peito juvenil, pois as garotas apareciam na vida dele de vez em quando mas a sua tristeza d’alma contagiava e transpirava pelos seus poros.
O que fazer quando nós nos apaixonamos por uma pessoa loucamente e essa garota não nos nota, e além de tudo ela é sua vizinha, que foi criada praticamente junto a você?
Nesse dilema, o tempo foi passando e Priscila foi fazendo um grande rodízio, à frente de sua casa só faltava ter parquímetro, pois assim ajudava o “Fome Zero” com o lucro.
Sua mãe não agüentava mais aquela vida, porque sua filha não a respeitava de forma nenhuma, já tinha transformado o quarto dela em um pequeno Motelzinho, onde recebia os seus amantes. O interessante era o quanto mais ela amadurecia ficava mais linda e desejada, o que dava entender que sua beleza ia se eternizar pelo tempo.
Um dia desses quando ela chegara da festa com um dos paqueras, houve um desentendimento não sei o porquê, mas pareceu que era algo sério que até palavrões saíram daquela boquinha linda, proferindo ofensas ao parceiro.
Só que esse homem era policial e não estava para brincadeira, pois ele percebeu que todos os homens que passavam por ela eram mera marionetes, e ele não estava a fim disso, ameaçando-a de morte se resolvesse descarta-lo.
O medo foi tão grande que ela resolveu mudar de casa morando logo na casa de Maurílio, como era de um tamanho razoável, dava para esconde-la um certo tempo se ela não pusesse mais o rosto para fora da residência.
Durante um certo tempo foi assim, o que serviu para Maurílio tentar aborda-la e conseguir a sua tão sonhada noite de amor.
Um dia, em que seus pais estavam na casa de praia, Maurílio se declarou falando tudo o que passara longe dos braços dela, que sempre a amara, o que surpreendeu Priscila totalmente, pois ela nunca imaginara esta situação insólita.
Não demorou muito, eles já estavam na cama onde Maurílio provara de todas as delícias que ela proporcionara aos seus inúmeros namorados.
No outro dia foi a coisa mais romântica do mundo, ele aparecera com um grande cardápio de café da manhã, inclusive todas as cartas de amor que escrevera para ela sem ter coragem de entregar.
Quando ele voltou da faculdade pela noite não encontrou ninguém em casa ela tinha deixado um recado dizendo que tinha que procurar a polícia e não podia continuar mais se escondendo, para assim poder desfilar com o verdadeiro amor da sua vida. Foi aí que ela nunca mais voltou, somente aparecendo na coluna do obituário do jornal, onde tinha sido atropelada por um carro desconhecido.
Depois de muito tempo nosso amigo resolveu se isolar do mundo, indo morar na casa de praia dos pais.
Mas não demorou muito, começou aparecer um monte de doenças, mal curava uma já aparecia outra, as manchas na pele eram uma freqüência. Houve um dia que teve que se internar, pois o seu caso era periclitante, sendo diagnosticado AIDS, o que não demorou muito e faleceu...
Seus pais estavam inconsoláveis, mas tinham que se conformar pois a vida tem que ser bem cuidada e às vezes um simples escorregão nos deixa beirando o caixão.
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Uma campanha em prol da SAÚDE!
Do Livro de versos e textos: Romaria p.54/55 2007
Fundação Luiz Ademir


Marcelo de Oliveira Souza,IwA
Dr. Honoris Causa em Literatura

sábado, 11 de agosto de 2018

Feliz Dia dos Pais!




Premiação!


Amanhece o dia
Hora da separação,
Meu pai inicia
A sua programação.
Não tem chuva
Que se cria,
Tempestade é alegria
O mar se agita,
Nessa confusão.
O chefe grita:
- Vai adernar
Aquela embarcação!

Na persistência dos fortes
Ele insiste na salvação
Não tem chuva, ou tempestade
Para cumprir a missão.

Na dificuldade de todos
Da  força,  fez-se união,
Com toda vicissitude
A luz de Deus é proteção.

Da dificuldade
Vem a vitória de verdade.
Quando nosso pai volta de sua ocupação,
A gente comemora com emoção.

Regressando  para a  família
Depois de tanta tribulação,
Ele vem firme e forte
Com amor no coração.

Sua aventura   contada, recontada...
Onde nosso pai é nossa premiação,
Numa lembrança forte e ativa
Nos tornou fortes,
Diante de qualquer situação.




🤔Marcelo de Oliveira Souza IwA
🤔Dr. Honoris Causa em Literatura

FELIZ DIA DOS PAIS!

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Basta ou não Basta?





Basta ou não Basta?


A nossa sociedade vem se  modificando a cada dia, principalmente com o advento das tecnologias, proporcionando a globalização, onde a web alimenta  as redes sociais de diversas formas, fazendo com que tudo de bom ou ruim exploda na “viralização” social.
Mesmo com toda essa tecnologia, com todo essa aparato,  nosso pais ainda se arrasta no que tange aos direitos do cidadão, pois nós continuamos sem direitos a  saúde, educação, moradia e outros tantos itens importantes que todo cidadão está cansado de saber.
Ainda que saibamos de tudo isso, para que possamos pôr em pauta todos nossos anseios, a distância é muito grande, cujo país que vivemos não dá a real importância para esses anseios, onde ciclicamente aparecem candidatos a cargos elegíveis protendo solucionar tudo, ou quando nada minimizar o sofrimento da cada cidadão.
O tempo passa e a situação piora “ciberneticamente” porque os nossos direitos continuam sendo vilipendiados, nós continuamos sonhando, que esse sistema político, penal, judiciário, caduca ainda pode dar algum retorno para o cidadão que cumpre seus deveres, pagando altíssimos impostos e não tendo a mínima qualidade de vida, onde não temos o direito sequer de sair de nossa residência sem medo de ser assaltado por alguém com uma arma na mão.
Quantos e quantos casos de homicídio e latrocínio são   registrados por dia? Onde o cidadão é vítima diária de incautos, à sua espreita rotineiramente.
Marcaram para hoje o dia do “Basta” mas como sempre em época de eleição “não Basta” sonhar, temos que modificar todo esse sistema corrupto que alimenta bandidos em todas as esperas e impinge  a  “punição”  a todos nós cidadãos,  de  sofremos diariamente por falta de assistência em  todas as esferas, onde somos assaltados de todas as formas possíveis e não é nesse dia de “Basta” que isso vai se resolver, não é saindo de vez em quando às ruas que isso irá bastar, a gente tem muito a aprender, também muito a sofrer, até que um dia  o verdadeiro “Basta” realmente possa acontecer.


Marcelo de Oliveira Souza,IwA
Dr. Honoris Causa em Literatura

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

O Verdadeiro Amor!



O Verdadeiro Amor!


De repente desapareceram
Foram dormir
Então morreram...
Num sonho
Pereceram,
Tiveram a vida
Que escolheram,
O desencarne que preferiram...
Boas almas
Daqui partiram.

Seus filhos cresceram
Com eles,
Muito aprenderam
Uns erraram,
Outros acertaram...
Encima  dos  próprios  erros
Amadureceram...

Dias de solidão,
Sentiram...
Noites de reflexão
Tiveram.
Doenças superaram,
Aos seus pais vibraram.

Na hora mais difícil
Da lição lembraram,
E também desapareceram
Desse mundo terrestre.

Seus ensinamentos repassaram
Seus filhos, também amaram,
E  repentinamente
Vem tudo na mente.
Os desafetos voltaram
Como desafio da gente...

Nossos mestres regressaram
Agora nós o   ensinamos,
E os que desapareceram,
Não desapareceram,
Todos eles   nos acompanharam...

A escola da vida,
É cíclica e querida,
Pagamos a nossa dívida
E quando retornarmos
Ao braços do Senhor
Ensinaremos a outros
O que é o verdadeiro Amor!



Marcelo de Oliveira Souza,IwA