Ajuda na manutenção do blog: PIX: marceloescritor2@outlook.com: Para Marcelo de Oliveira Souza

Mural de Atividades do Zumbi






Ano Letivo!





Mais um ano letivo vem chegando, os alunos e alunas vão se empolgando, cada um com o seu motivo, contudo é muito importante começarmos o ano com toda aquela energia positiva, perceber que estamos iniciando mais uma jornada e quem se esforça Deus ajuda. 
Logo ao iniciar a jornada, muitos  se preocupam com o material escolar, o mais bonito, a mochila mais impressionante, o celular da moda e tudo que possa impressionar o colega, mas temos que perceber que o colégio pode ser um meio de conhecer novas pessoas, até de se divertir. 
Imaginemos o aluno que em seu primeiro dia de aula, aparece sem material escolar, com o celular na mão e até com aparelho de som; cheios de brincadeirinhas, conversinhas, será que encontramos uma pessoa interessada? 
Quando o professor chega à sala de aula, ele observa isso tudo, percebe facilmente  quem está  comprometido e quem  não está se importando muito com o próprio futuro, pois quem pula etapas ou quem vai para escola somente para passear fingindo estudar, não está prejudicando ninguém, somente a si mesmo; o pior é que tem uns que admitem que não querem  nada, mas ficam dois turnos no colégio somente abusando colegas e professores, chegam ao ponto de ficar na porta ou até entrar numa sala de aula, mesmo que não seja a dele somente para provocar e agredir a todos que estudam e ensinam, é um grande problema a ser resolvido. 
Durante o decorrer do ano constatamos vários desvios de comportamento, “estudantes” que não respeitam os colegas, professores, funcionários e ainda tem incentivo de outros, que o acham engraçado, isso prejudica a todos. 
O importante na hora do estudo é o compromisso, as pessoas têm que perceber que aprender é bom, ajuda a crescer, mas requer compromisso com a escola, com professores e o mais importante, consigo próprio. 
Chega mais um ano com força, vamos aproveitar para crescer e traçar o nosso belo futuro, pensar bem alto, não importa que seja de escola pública ou particular, porque para o bom aluno, aquele realmente interessado e com metas, procura as oportunidades e encontra o tempo livre para se desenvolver,  toda escola é um lugar de excelso aprendizado, inclusive na morada de cada um, o importante é ter força de vontade para seguir o glorioso caminho do aprendizado, porque isso servirá para a vida inteira, muito mais do que imaginamos.


Marcelo de Oliveira Souza,iwa

2x Dr. Honoris Causa em Literatura

Do blog http://marceloescritor2.blogspot.com

 

                                                             

 Atividade de Projeto de Vida



Copiar e responder as questões, não é para fazer vídeo.


 








Atividade I Cidadania


Ano Letivo 2022 


Mais um ano letivo vem chegando, os alunos e alunas vão se empolgando, cada um com o seu motivo, contudo é muito importante começarmos o ano com toda aquela energia positiva, perceber que estamos iniciando mais uma jornada e quem se esforça Deus ajuda. 
Logo ao iniciar a jornada, muitos  se preocupam com o material escolar, o mais bonito, a mochila mais impressionante, o celular da moda e tudo que possa impressionar o colega, mas temos que perceber que o colégio pode ser um meio de conhecer novas pessoas, até de se divertir. 
Imaginemos o aluno que em seu primeiro dia de aula, aparece sem material escolar, com o celular na mão e até com aparelho de som; cheios de brincadeirinhas, conversinhas, será que encontramos uma pessoa interessada? 
Quando o professor chega à sala de aula, ele observa isso tudo, percebe facilmente  quem está  comprometido e quem  não está se importando muito com o próprio futuro, pois quem pula etapas ou quem vai para escola somente para passear fingindo estudar, não está prejudicando ninguém, somente a si mesmo; o pior é que tem uns que admitem que não querem  nada, mas ficam dois turnos no colégio somente abusando colegas e professores, chegam ao ponto de ficar na porta ou até entrar numa sala de aula, mesmo que não seja a dele somente para provocar e agredir a todos que estudam e ensinam, é um grande problema a ser resolvido. 
Durante o decorrer do ano constatamos vários desvios de comportamento, “estudantes” que não respeitam os colegas, professores, funcionários e ainda tem incentivo de outros, que o acham engraçado, isso prejudica a todos. 
O importante na hora do estudo é o compromisso, as pessoas têm que perceber que aprender é bom, ajuda a crescer, mas requer compromisso com a escola, com professores e o mais importante, consigo próprio. 
Chega mais um ano com força, vamos aproveitar para crescer e traçar o nosso belo futuro, pensar bem alto, não importa que seja de escola pública ou particular, porque para o bom aluno, aquele realmente interessado e com metas, procura as oportunidades e encontra o tempo livre para se desenvolver,  toda escola é um lugar de excelso aprendizado, inclusive na morada de cada um, o importante é ter força de vontade para seguir o glorioso caminho do aprendizado, porque isso servirá para a vida inteira, muito mais do que imaginamos.


Marcelo de Oliveira Souza,iwa

2x Dr. Honoris Causa em Literatura

Do blog http://marceloescritor2.blogspot.com

 

 Atividade II


A partir do Texto, criar 20 perguntas e respostas.









Atividade III Cidadania



A empatia é um objetivo da educação. Ela pode ser definida como a capacidade de entrar em sintonia com os sentimentos de outras pessoas. A empatia tem base neurológica e pode ser desenvolvida ao longo da vida através da educação e da autoeducação – infelizmente também pode ser bloqueada por experiências traumatizantes. Desenvolver a competência empática é o coração do programa Turma Legal, que inclui também outras habilidades cruciais, como autoconhecimento, cooperação, resiliência, comunicação, autogestão-autocuidado, dentre outras.

A importância de a escola assumir o desenvolvimento da empatia de alunos/as e professores/as pode ser avaliada a partir de quatro perspectivas que se complementam:

MISSÃO DA EDUCAÇÃO

A empatia é a base das relações interpessoais enriquecedoras e produtivas, pois só compreendendo o outro podemos estabelecer um diálogo acolhedor. Ela também é o alicerce dos comportamentos pró-sociais, que são as atitudes voluntárias de ajuda ao outro e de participação positiva na comunidade. A empatia é necessária, ainda, para a formação de personalidades transformadoras, com desejo de melhorar o mundo. O fato de a empatia ter essa influência faz do seu desenvolvimento uma questão social estratégica que a educação deve atender.

VIVER EM SOCIEDADE

Famílias, comunidades e sociedades onde as pessoas cuidam umas das outras e cooperam entre si têm melhores condições de desenvolvimento e qualidade de vida. O raciocínio vale também para qualquer tipo de instituição, inclusive a escola. A empatia torna as pessoas tolerantes e respeitosas das diferenças, promovendo a harmonia. Por isso, ela é o alicerce da cultura da paz, que hoje mais do que nunca precisamos defender. Na escola, a empatia cria o contexto preventivo do bullying.

MAIS APRENDIZAGEM

Turmas empáticas têm mais coesão e apresentam menos problemas de disciplina, facilitando, portanto, o trabalho do professor/a. Por outro lado, a constituição de ambientes mais seguros e cooperativos faz com que a aprendizagem melhore. O raciocínio pode ser extrapolado para toda a escola.  Escolas da Paz são escolas produtivas.

SER PROFESSOR/A

O afeto e a empatia são a base da competência docente. A capacidade de identificar individualmente cada aluno e suas necessidades, de entender suas circunstâncias de vida, suas potencialidades e suas dores, dá ao professor as pistas para a melho






"365 igrejas a Bahia tem. Numa eu me batizei, na segunda eu me crismei, na terceira eu vou casar com a mulher que eu quero bem". A composição de Dorival Caymmi, inspirada na tradição religiosa da Bahia, sugere que o estado possui uma igreja para cada dia do ano. O número trazido pelo cantor, embora não seja literal, mostra a dimensão histórica da presença das igrejas no dia a dia dos baianos.

Padre Manoel Filho, da Arquidiocese de Salvador, afirma que não existe um levantamento oficial que dê conta de todo o estado, mas ressalta que só a capital baiana conta com 372 templos de religião católica.

A história das igrejas de Salvador e dos locais de adoração das demais religiões, informa a Secretaria de Turismo da Bahia, atrai mais de 100 mil turistas todo o ano para o estado.

De acordo com o professor e historiador Ricardo Carvalho, o número de igrejas presentes na capital está intimamente relacionado à história do município. Construída para ser uma extensão de Portugal, Salvador é uma evidência da "extrapolação da igreja católica na Penísula Ibérica", explica Carvalho.

O historiador ainda conta que as construções da maioria das igrejas da capital foram viabilizadas por uma elite colonial. "Cada família financiava essas construções. Era uma forma de expressão de poder", sintetiza Carvalho.  

1. Igreja da Ordem Terceira de São Francisco:

É uma das igrejas mais belas de Salvador. A fachada é de estilo barroco, construída sob técnicas que transmitem sensações visuais de profundidade e sombra. A estrutura interna conta com 400 quilos de ouro. Fundação: 1703


2. Igreja Basílica de Nosso Senhor do Bonfim:

É a igreja mais popular da Bahia. A tradicional lavagem das escadarias atrai milhares de peregrinos, fiéis e turistas na segunda quinta-feira do mês de janeiro, após o Dia de Reis. A fachada é parcialmente coberta por azulejos. O interior do templo foi construído em estilo neoclássico. Os portões que circundam o espaço são revestidos por milhares de fitinhas do Senhor do Bonfim, símbolos da fé baiana. Fundação: 1772


3. Catedral Basílica Primacial de Salvador:

Considerada a “igreja mãe” de Salvador, a Catedral Basílica abriga os principais atos litúrgicos do estado. Construída sob um estilo genuinamente barroco, a igreja possui um grandioso acervo de arte sacra. É o maior templo construído pelos jesuítas no Brasil. Fundação: 1672

4. Igreja Nossa Senhora do Pilar e Santa Luzia:

Construída em estilo rococó, com decorações rochosas e pinturas suaves, a igreja tem como maior atrativo a fonte de Santa Luzia. Milhares de fiéis visitam o templo na esperança de resolverem seus os problemas visuais na fonte dedicada à santa protetora dos olhos. Fundação: 1710


5. Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos:

Tem como diferencial a sua identidade religiosa. Foi construída por negros escravizados de fé cristã, que não tinham um espaço para a celebração das suas crenças. Durante as missas, os fiéis cantam e dançam ao som de atabaques, agogôs e pandeiros, instrumentos relacionados à cultura africana. A igreja apresenta estilo rococó e altares neoclássicos.

Fundação: 1685 Além dessas, ainda existem muitas outras para serem visitadas na capital soteropolitana.


6. Paróquia Nossa Senhora dos Alagados


Fundação: 7 de julho de 1980, durante a primeira visita do Papa João Paulo II ao Brasil.

Atrativos: Diferentemente das igrejas seculares, a igreja foi construída sob um estilo arquitetônico contemporâneo, revestida por tijolos aparentes que desenham formas retangulares e circulares. A igreja está situada em um bairro periférico da capital baiana.

Tombamento: Não é tombada.

Localização: Rua Luiz Régis Pacheco, na regiãos dos Alagados, no bairro do Uruguai.

Horário de Visitação: A igreja pode ser vistada nas quintas-feiras entre 7h e 17h. Nos demais dias, o visitante interessado deve ligar para o local para agendar visitação. O número do telefone é (71) 3314-5087. A depender do tamanho do grupo, a igreja costuma solicitar auxílio policial, já que o templo está localizado em uma área pouco segura.

7.  Paróquia nossa Senhora dos Mares


Igreja dos Mares (Foto: Henrique Mendes/G1)Igreja dos Mares (Foto: Henrique Mendes/G1)

Fundação: A atual igreja matriz foi construída entre 1930 e 1956.

Entretanto, o primeiro templo dedicado à santa foi fundado na mesma região quase 200 anos antes, em 1749. O espaço foi demolido para a construção do novo templo.

Atrativos: É a única igreja da Bahia construída sob o estilo neogótico, caracterizado pelo verticalismo, telhado em forma de pirâmide, torres pontiagudas e predominância de janelas e rosáceas.

Tombamento: Não é tombada

Localização: Praça Padre Manoel da Natividade, no Largo dos Mares.

Horário de Visitação: A igreja pode ser visitada todos os dias entre 9h às 17h. A


8. Nossa Senhora do Pilar e Santa Luzia


Atrativos: Construída em etilo rococó, com decorações rochosas e pinturas suaves, o maior atrativo da igreja é a fonte de Santa Luzia, conhecida como a santa protetora dos olhos. Milhares de fiéis visitam o templo e banham os olhos em uma fonte localizada na igreja, sob a fé de que terão os problemas visuais resolvidos.

Tombamento: 17/06/1938

Localização: Praça do Pilar, 55, no bairro do Comércio.

Horário de Visitação: A igreja pode ser visitada de segunda a domingo, das 9h às 15h. A entrada é gratuita.


9. Igreja da Ordem Terceira de São Francisco

Igreja São Francisco - Salvador (Foto: Henrique Mendes/G1)Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, no
Pelourinho(Foto: Henrique Mendes/G1)

Fundação: 1703

Atrativos: É uma das igrejas mais belas de Salvador. A fachada é de estilo barroco, construída sob técnicas que transmitem sensações visuais de profundidade e sombra. A estrutura interna conta com 400 quilos de ouro.

O local também abriga o único conjunto de azulejaria portuguesa que representa a cidade de Lisboa, em Portugal, antes do terremoto de 1755.  Baianos e turistas ainda podem encontrar na igreja a "Casa dos Santos", espaço que guarda imagens em tamanho natural.

Tombamento: 31/03/1938

Localização: Rua da Ordem Terceira, Pelourinho, Centro Histórico.

Horário de Visitação: A igreja pode ser visitada todos os dias das 9h às 17h. O custo da



Identidade Cultural


Fortes de Salvador





 

Até o início do século 19, Salvador era uma das cidades mais bem fortificadas do mundo. Atualmente, esses equipamentos carregam parte da história da capital e servem como pontos turísticos cheios de curiosidades e atrações. Conheça os 5 principais Fortes de Salvador e visite-os quando estiver por lá.

Salvador tem o privilégio de ter a segunda maior Baía do mundo e uma extensão de Orla de aproximadamente 50 km. Além de uma riqueza cultural enorme entorno das histórias desses fortes. Não à toa, o reconhecimento do Iphan em selecionar cinco equipamentos da cidade para compor o Conjunto de Fortificações do Brasil”, frisa Tinoco.

No ano passado, a Prefeitura de Salvador investiu cerca de R$ 5,3 milhões para reformar os Fortes Santa Maria e São Diogo. Junto com a revitalização, o Executivo implantou os espaços culturais Pierre Verger da Fotografia Baiana e Carybé de Artes para movimentar ainda mais a capital baiana.

A propriedade dos equipamentos é da União, mas a administração está sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), que promoveu, por meio de exposições e eventos culturais, a visitação de 17.554 pessoas aos fortes, entre maio de 2016 a fevereiro deste ano – 10.893 no Forte Santa Maria e 6.661 no Forte São Diogo.

É possível visitar os Fortes de Salvador todos os dias da semana – exceto as terças-feiras -, das 11h às 19h. A entrada custa R$ 20,00 inteira e R$ 10,00 meia (idosos e estudantes) – crianças de até 6 anos estão isentas de taxa. O ingresso dá direito a visitação de ambos os Fortes. Nas quartas-feiras, o acesso é gratuito. Escolas públicas têm gratuidade em qualquer dia da semana, com agendamento prévio.

Conheça os Fortes de Salvador

Forte Santa Maria: Localizado no Porto da Barra, a construção foi erguida em 1614 e reconstruída, em alvenaria de pedra e cal, em 1696. Junto com os Fortes São Diogo e Farol da Barra, constituiu um comando unificado e cruzava fogo em defesa do porto Vila Velha – a tríade defensiva rechaçou em 1638, o assalto das forças neerlandesas, sob o comando do Conde Maurício de Nassau. De propriedade da União, o equipamento abriga o espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana e é administrado pela Prefeitura de Salvador.

Forte São Diogo: O equipamento, que está localizado ao lado direito da Praia do Porto da Barra, impedia o desembarque de inimigos no acesso ao sul de Salvador, Cidade Baixa. A construção foi erguida entre 1609 e 1613, mas só em setembro de 1722 foi inaugurada, quando passou a contar com sete peças de artilharia. Atualmente, o Forte abriga o espaço Carybé de Artes e é administrado pela Prefeitura de Salvador.

Forte Santo Antônio da Barra (Farol da Barra): Um dos principais cartões postais da Bahia, o Farol da Barra foi erguido em 1534, sendo considerado a mais antiga edificação militar do Brasil. Este é o primeiro farol do país e o mais antigo da América do Sul – foi construído após o naufrágio de várias embarcações na região. O equipamento, tombado pelo Iphan em 1938, foi peça importante na luta contra os holandeses e na guerra da Independência. Atualmente, é propriedade da União e administrado pela Marinha do Brasil.

Forte São Marcelo: Localizado na Baía de Todos-os-Santos, o Forte São Marcelo era popularmente conhecido como Forte do Mar, devido à sua localização. O equipamento foi um dos mais importantes pontos de proteção do porto. Erguido a 600 metros da encosta, a construção já foi alvo de ocupações, enfrentou batalhas decisivas contra os corsários e serviu como prisão para estudantes indisciplinados e importantes personagens históricos, como o líder da Revolta dos Alfaiates, Cipriano Barata e o general farroupilha Bento Gonçalves. Hoje, a Prefeitura de Salvador estuda, junto ao Iphan, a destinação do equipamento.

Forte Nossa Senhora de Monte Serrat: Localizado da Rua da Boa Viagem, na Ponta de Monte Serrat, o forte oportuniza uma das mais belas vistas do pô do sol na cidade. Este é considerado uma das melhores obras militares do Brasil Colônia, em Salvador. Isso porque tinha um grande poder ofensivo entre 1591 e 1602, além de impedir o desembarque dos holandeses em 1624. Já em 1837 foi tomado pelos combatentes da Sabinada, mas foi recuperado pelas tropas imperiais no ano seguinte. O equipamento foi reformado em 1926, conservando todas as características originais.

Fonte: Assessoria.

 


Sustentabilidade!









Fonte: Bernouloli: Coleção Movimento








Conteúdo de Identidade Cultural


II  Unidade



Atividade 01: Fortes de Salvador: 15 linhas para 24/05/2021

Atividade 02: Personalidades Femininas: Margarete Menezes: 20 linhas para 31/05/2021

Atividade 03: Dia do Meio Ambiente e O Parque Met. de Pituaçu: 20 linhas para: 07/06/2021

Atividade 04. Museu de Arte Moderna: 20 linhas : para 14/06/2021



III Unidade









Atividade 01: Criar um  Conto de São João: 20 linhas para 21/06/2021

Atividade 02: Centro Histórico de Salvador: 20 linhas para 28/06/2021

Atividade 03: Dicionário de Baianês: 20 linhas para 05/07/2021

Atividade 04: Zambiapunga: Fazer uma resenha de 20 linhas a partir do vídeo para 12/07/2021

Atividade 05: Oleiros de Maragogipinho: Fazer uma resenha a partir do vídeo: para 19/07/2021

Atividade 06: Origem dos nomes dos Bairros de Salvador: Para 09/08/2021

Atividade 07: Criar um texto de sua escolha :  20 linhas em homenagem ao Dia dos Pais 02/08/2021



Atividade de ACC: Em equipe Procurar o líder da turma.



IV Unidade



Atividade 01: Criar vinte perguntas e respostas sobre a atividade 05 da unidade passada: Oleiros de Maragogipinho.

Atividade 02: Assistir ao Vídeo https://youtu.be/KagvawTQdxQ: Os Mistérios da Lagoa do Abaeté, depois fazer uma resenha de vinte linhas sobre o assunto.

Atividade 03: Escrever em vinte linhas sobre os costumes mais intrigantes da Bahia.

Atividade 04: Entrar nesse link e ver a matéria, também assistir ao vídeo: https://gshow.globo.com/Rede-Bahia/conexao-bahia/noticia/projeto-leva-democratizacao-do-ensino-de-linguas-estrangeiras-para-criancas-carentes.ghtml  . Fazer uma resenha sobre ele com 25 linhas. Para 23/08/2021

Atividade 05: Assistir ao vídeo sobre Correntina:  https://youtu.be/PSTxNkoyZ_k : Para fazermos a atividade em sala de aula.

Atividade 06: Assistir Mosaico Baiano de sábado 28/08/2021 Para fazer uma resenha de 20 linhas.

Atividade 07, 08,09: Atividade de sábado: Batalha dos Fortes: Pesquisar sobre o Forte São Marcelo em Salvador e O Forte São Lourenço em Itaparica.

Uma folha para cada.

Na terceira folha, vocês vão fazer um texto, dizendo qual forte prefere e por quê?



Obs: Sobre as  atividades de quem não mostrou "on line" vai poder enviar no final da unidade, no dia marcado.

Não esqueça de colocar o cabeçalho e o número da atividade.

          Todos os vídeos se encontram no final da página.





V Unidade



01. Fazer uma redação de vinte linhas sobre a importância da natureza na sua vida. Para 21/09/2021

02. Assistir ao vídeo: https://youtu.be/J3GkTOwgtl4 para  30/09/2021 : Para 30/09/2021. Fazer uma resenha de 25 linhas.

03. A partir da resenha da atividade 02, fazer uma questionário de 20 perguntas e respostas.

04. Assistira a um vídeo sobre o Outubro Rosa: Escrever sobre ele em 25 linhas. Para 05/10/2021

05. Assistir ao vídeo :https://youtu.be/KagvawTQdxQ para 07/10/2021: fazer uma resenha sobre o vídeo de 25 linhas

06. Assistir ao vídeo: sobre Dias D'ávila: https://youtu.be/DpncWlHB5Kc para 14/10/2021

07. Assistir um vídeo sobre A Lagoa do Abaete, fazer uma resenha de 20 linhas para 19/10/21

08. A Partir da resenha anterior fazer um questionário com 15 Perguntas e respostas. PARA 19/10/21

09. Assistir ao vídeo: Sobre A Primeira Capital do Brasil : https://youtu.be/WSbmXfugSww :Fazer uma resenha  de vinte e cinco linhas:  para Terça feira.26/10/21

10. Fazer uma redação de 20 linhas  sobre a importância do Professor para a formação do cidadão para 14/10/2021





Sexta unidade





01. A partir da Resenha sobre a Primeira Capital do Brasil, criar um questionário com vinte perguntas e respostas para 04/11/2021

02. Assistir ao Programa Mosaico Baiano: Rede Globo: para 16/11/2021,Porto Seguro e restaurantes, Fazer uma resenha de 20 linhas

03. Assistir ao Vídeo sobre Consciência Negra: https://youtu.be/wbNv--cnkAA , para 11/11/2021 Fazer uma resenha de 20 linhas.

04. Resenha de 25 linhas sobre a Semana da Consciência Negra para 23/11/21

05. Resenha de 20 linhas sobre Mosaico Baiano, Porto Seguro. 30/11/21

06. Resenha 25 linhas sobre palestra da Consciência Negra 25/11/21

07. Reflexão de Final de Ano 02/12/21





Marcelo de Oliveira Souza,IwA




 




  1. A Vida e Obra de Castro Alves

  2. A vida de Zumbi dos Palmares

  3. A vida e Obra de Gregório de Matos

  4. A História do Seu bairro

  5. A História de Salvador

  6. Dicionário Baianês






Conteúdo de Identidade Cultural



 



 



II  Unidade



Atividade 01: Fortes de Salvador: 15 linhas para 24/05/2021

Atividade 02: Personalidades Femininas: Margarete Menezes: 20 linhas para 31/05/2021

Atividade 03: Dia do Meio Ambiente e O Parque Met. de Pituaçu: 20 linhas para: 07/06/2021

Atividade 04. Museu de Arte Moderna: 20 linhas : para 14/06/2021

Atividade 05: Nomes peculiares das ruas de Salvador e Suas Histórias



III Unidade









Atividade 01: Criar um  Conto de São João: 20 linhas para 21/06/2021

Atividade 02: Centro Histórico de Salvador: 20 linhas para 28/06/2021

Atividade 03: Dicionário de Baianês: 20 linhas para 05/07/2021

Atividade 04: Zambiapunga: Fazer uma resenha de 20 linhas a partir do vídeo para 12/07/2021

Atividade 05: Oleiros de Maragogipinho: Fazer uma resenha a partir do vídeo: para 19/07/2021

Atividade 06: Origem dos nomes dos Bairros de Salvador: Para 09/08/2021

Atividade 07: Criar um texto de sua escolha :  20 linhas em homenagem ao Dia dos Pais 02/08/2021



Atividade de ACC: Em equipe Procurar o líder da turma.



IV Unidade



Atividade 01: Criar vinte perguntas e respostas sobre a atividade 05 da unidade passada: Oleiros de Maragogipinho.

Atividade 02: Assistir ao Vídeo https://youtu.be/KagvawTQdxQ: Os Mistérios da Lagoa do Abaeté, depois fazer uma resenha de vinte linhas sobre o assunto.

Atividade 03: Escrever em vinte linhas sobre os costumes mais intrigantes da Bahia.

Atividade 04: Entrar nesse link e ver a matéria, também assistir ao vídeo: https://gshow.globo.com/Rede-Bahia/conexao-bahia/noticia/projeto-leva-democratizacao-do-ensino-de-linguas-estrangeiras-para-criancas-carentes.ghtml  . Fazer uma resenha sobre ele com 25 linhas. Para 23/08/2021

Atividade 05: Assistir ao vídeo sobre Correntina:  https://youtu.be/PSTxNkoyZ_k : Para fazermos a atividade em sala de aula.

Atividade 06: Assistir Mosaico Baiano de sábado 28/08/2021 Para fazer uma resenha de 20 linhas.

Atividade 07, 08,09: Atividade de sábado: Batalha dos Fortes: Pesquisar sobre o Forte São Marcelo em Salvador e O Forte São Lourenço em Itaparica.

Uma folha para cada.

Na terceira folha, vocês vão fazer um texto, dizendo qual forte prefere e por quê?



Obs: Sobre as  atividades de quem não mostrou "on line" vai poder enviar no final da unidade, no dia marcado.

Não esqueça de colocar o cabeçalho e o número da atividade.

          Todos os vídeos se encontram no final da página.





V Unidade



01. Fazer uma redação de vinte linhas sobre a importância da natureza na sua vida. Para 21/09/2021

02. Assistir ao vídeo: https://youtu.be/J3GkTOwgtl4 para  30/09/2021 : Para 30/09/2021. Fazer uma resenha de 25 linhas.

03. A partir da resenha da atividade 02, fazer uma questionário de 20 perguntas e respostas.

04. Assistira a um vídeo sobre o Outubro Rosa: Escrever sobre ele em 25 linhas. Para 05/10/2021

05. Assistir ao vídeo :https://youtu.be/KagvawTQdxQ para 07/10/2021: fazer uma resenha sobre o vídeo de 25 linhas

06. Assistir ao vídeo: sobre Dias D'ávila: https://youtu.be/DpncWlHB5Kc para 14/10/2021

07. Assistir um vídeo sobre A Lagoa do Abaete, fazer uma resenha de 20 linhas para 19/10/21

08. A Partir da resenha anterior fazer um questionário com 15 Perguntas e respostas. PARA 19/10/21

09. Assistir ao vídeo: Sobre A Primeira Capital do Brasil : https://youtu.be/WSbmXfugSww :Fazer uma resenha  de vinte e cinco linhas:  para Terça feira.26/10/21

10. Fazer uma redação de 20 linhas  sobre a importância do Professor para a formação do cidadão para 14/10/2021





Sexta unidade





01. A partir da Resenha sobre a Primeira Capital do Brasil, criar um questionário com vinte perguntas e respostas para 04/11/2021

02. Assistir ao Programa Mosaico Baiano: Rede Globo: para 16/11/2021,Porto Seguro e restaurantes, Fazer uma resenha de 20 linhas

03. Assistir ao Vídeo sobre Consciência Negra: https://youtu.be/wbNv--cnkAA , para 11/11/2021 Fazer uma resenha de 20 linhas.

04. Resenha de 25 linhas sobre a Semana da Consciência Negra para 23/11/21

05. Resenha de 20 linhas sobre Mosaico Baiano, Porto Seguro. 30/11/21

06. Resenha 25 linhas sobre palestra da Consciência Negra 25/11/21

07. Reflexão de Final de Ano 02/12/21





Marcelo de Oliveira Souza



 




  1. A Vida e Obra de Castro Alves

  2. A vida de Zumbi dos Palmares

  3. A vida e Obra de Gregório de Matos

  4. A História do Seu bairro

  5. A História de Salvador

  6. Dicionário Baianês


Conheça o programa Turma Legal




                                             Iniciação Científica



 


Aula I     Iniciação Científica

 

 

Como fazer uma resenha crítica? Passo a passo simples

Written by André Gazola  in Universitários



A cada 10 alunos, 9 já receberam como tarefa fazer uma resenha — o que caracteriza esse tipo de texto como um dos mais solicitados entre os professores. Mas como fazer uma?

A maioria dos professores não explica direito e poucas pessoas fazem a coisa certa, como um curso barato de escrita e redação com foco em trabalhos acadêmicos.

Então, nesse artigo, é isso que você vai aprender (além de poder baixar alguns modelos prontos).

Como um gênero textual, uma resenha é um texto em forma de síntese que expressa a opinião do autor sobre um determinado fato cultural, que pode ser um livro, um filme, peças teatrais, exposições, shows etc.

O fato é que 90% das pessoas chegam à faculdade sem saber como elaborar uma resenha com a mínima qualidade — aliás, a maioria nem sabe como usar o português corretamente.

Resposta rápida

Fazer uma resenha envolve escrever um texto que misture resumo com opinião. Ela costuma ter de 3 a 4 páginas digitadas — 130 a 160 linhas — e pode ser estruturada em 2 partes (resumo e depois opinião), ou então ser escrita de maneira a combinar esses dois elementos.

Outro ponto importante é que a resenha não é um texto acadêmico tão formal a ponto de precisar de citações ou referências. É um gênero mais livre em que o mais importante é o seu ponto de vista a partir do material que foi estudado.

O objetivo da resenha é guiar o leitor pelo emaranhado da produção cultural que cresce a cada dia e que tende a confundir até os mais familiarizados com todo esse conteúdo.

Como uma síntese, a resenha deve ir direto ao ponto, mesclando momentos de pura descrição com momentos de crítica direta. Portanto, o resenhista que conseguir equilibrar perfeitamente esses dois pontos terá escrito a resenha ideal.

O primeiro passo, claro, é não cometer erros de gramática. Você pode começar fazendo um bom curso de Língua Portuguesa.

No entanto, sendo um gênero necessariamente breve, é perigoso recorrermos ao erro de sermos superficiais demais.

Nosso texto precisa mostrar ao leitor as principais características do fato cultural, sejam elas boas ou ruins. Porém, não esqueça de argumentar em determinados pontos e nunca usar expressões como “Eu gostei” ou “Eu não gostei”, pois essa é uma característica o texto científico, aquele usado em TCC e artigos científicos.

As 3 qualidades de uma boa resenha

A resenha deve possuir as mesmas qualidades de estilo imprescindíveis a todo texto escrito, como: simplicidade, clareza, concisão, propriedade vocabular, precisão vocabular, objetividade e impessoalidade.

Além disso, a resenha deve apresentar imparcialidade, atitude científica e privilegiar o essencial. Veja seguir.

Imparcialidade

Seja na defesa ou no ataque, o resenhista deve julgar as ideias da obra sem paixão. Ele deve posicionar-se criticamente como um juiz e apresentar tanto os aspectos positivos quanto os negativos da obra.

Isso significa não defender ou lado ou outro devido a motivos externos à obra (amizade com o autor, imposição de editoras, professores, colegas, etc.)

Cientificidade

A resenha, assim como todo trabalho acadêmico, deve ter cunho científico — veja mais sobre TCC, por exemplo. Ou seja, estar em conformidade com as exigências de objetividade e impessoalidade.

Privilegiar o essencial

Você deve falar apenas do que é mais importante na obra, pois seu leitor raramente estará interessado em muitos detalhes ou em partes menos importantes. Devido a isso, é necessário respeitar o tempo que ele está reservando para ler seu texto.

 

 


                                                             Aula II


 

Saiba diferenciar os 3 tipos de Resenhas

Até agora eu falei sobre as resenhas de uma forma geral e livre e esses dados são suficientes para você já esboçar alguns parágrafos.

Contudo, as resenhas apresentam algumas divisões que vale destacar.

A mais conhecida delas é a resenha acadêmica ou universitária, que apresenta moldes bastante rígidos, responsáveis pela padronização dos textos científicos. Ela, por sua vez, também se subdivide em resenha críticaresenha descritiva e resenha temática.

A Resenha Crítica

Na resenha acadêmica crítica, os 8 elementos a seguir formam uma estrutura ideal para uma produção completa:

1.    Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais do livro ou artigo que você vai resenhar;

2.    Apresente a obra: situe o leitor descrevendo em poucas linhas todo o conteúdo do texto a ser resenhado;

3.    Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre o foco narrativo ou até, de forma sutil, o número de páginas do texto completo;

4.    Descreva o conteúdo: Aqui sim, utilize de 3 a 5 parágrafos para resumir claramente o texto resenhado;

5.    Analise de forma crítica: Nessa parte, e apenas nessa parte, você vai dar sua opinião. Argumente baseando-se em teorias de outros autores, fazendo comparações ou até mesmo utilizando-se de explicações que foram dadas em aula. É difícil encontrarmos resenhas que utilizam mais de 3 parágrafos para isso, porém não há um limite estabelecido. Dê asas ao seu senso crítico.

6.    Recomende a obra: Você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora é hora de analisar para quem o texto realmente é útil (se for útil para alguém). Utilize elementos sociais ou pedagógicos, baseie-se na idade, na escolaridade, na renda etc.

7.    Identifique o autor: Cuidado! Aqui você fala quem é o autor da obra que foi resenhada e não do autor da resenha (no caso, você). Fale brevemente da vida e de algumas outras obras do escritor ou pesquisador.

8.    Assine e identifique-se: Agora sim. No último parágrafo você escreve seu nome e fala algo como “Acadêmico do Curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul (UCS)”

A Resenha Descritiva

Na resenha acadêmica descritiva, os passos são exatamente os mesmos, excluindo-se o passo de número 5. Como o próprio nome já diz, a resenha descritiva apenas descreve, não expõe a opinião o resenhista.

A Resenha Temática

Finalmente, na resenha temática, você fala de vários textos que tenham um assunto (tema) em comum. Os passos são um pouco mais simples:

1.    Apresente o tema: Diga ao leitor qual é o assunto principal dos textos que serão tratados e o motivo por você ter escolhido esse assunto;

2.    Resuma os textos: Utilize um parágrafo para cada texto, diga logo no início quem é o autor e explique o que ele diz sobre aquele assunto;

3.    Conclua: Você acabou de explicar cada um dos textos, agora é sua vez de opinar e tentar chegar a uma conclusão sobre o tema tratado;

4.    Mostre as fontes: Coloque as referências Bibliográficas de cada um dos textos que você usou;

5.    Assine e identifique-se: Coloque seu nome e uma breve descrição do tipo “Acadêmico do Curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul (UCS)”.

O outro tipo de resenha é aquele que serve para divulgar uma obra, simplesmente. Ele permite ao leitor tomar conhecimento do livro, filme ou artigo de que trata a resenha e, consequentemente, decidir se deseja lê-lo ou assisti-lo.

Esse tipo é muito comum quando referida a uma obra da literatura, o que constituirá uma resenha literária

 

 



 Os Fortes de Salvador

Até o início do século 19, Salvador era uma das cidades mais bem fortificadas do mundo. Atualmente, esses equipamentos carregam parte da história da capital e servem como pontos turísticos cheios de curiosidades e atrações. Conheça os 5 principais Fortes de Salvador e visite-os quando estiver por lá.

Salvador tem o privilégio de ter a segunda maior Baía do mundo e uma extensão de Orla de aproximadamente 50 km. Além de uma riqueza cultural enorme entorno das histórias desses fortes. Não à toa, o reconhecimento do Iphan em selecionar cinco equipamentos da cidade para compor o Conjunto de Fortificações do Brasil”, frisa Tinoco.

No ano passado, a Prefeitura de Salvador investiu cerca de R$ 5,3 milhões para reformar os Fortes Santa Maria e São Diogo. Junto com a revitalização, o Executivo implantou os espaços culturais Pierre Verger da Fotografia Baiana e Carybé de Artes para movimentar ainda mais a capital baiana.

A propriedade dos equipamentos é da União, mas a administração está sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), que promoveu, por meio de exposições e eventos culturais, a visitação de 17.554 pessoas aos fortes, entre maio de 2016 a fevereiro deste ano – 10.893 no Forte Santa Maria e 6.661 no Forte São Diogo.

É possível visitar os Fortes de Salvador todos os dias da semana – exceto as terças-feiras -, das 11h às 19h. A entrada custa R$ 20,00 inteira e R$ 10,00 meia (idosos e estudantes) – crianças de até 6 anos estão isentas de taxa. O ingresso dá direito a visitação de ambos os Fortes. Nas quartas-feiras, o acesso é gratuito. Escolas públicas têm gratuidade em qualquer dia da semana, com agendamento prévio.

Conheça os Fortes de Salvador

Forte Santa Maria: Localizado no Porto da Barra, a construção foi erguida em 1614 e reconstruída, em alvenaria de pedra e cal, em 1696. Junto com os Fortes São Diogo e Farol da Barra, constituiu um comando unificado e cruzava fogo em defesa do porto Vila Velha – a tríade defensiva rechaçou em 1638, o assalto das forças neerlandesas, sob o comando do Conde Maurício de Nassau. De propriedade da União, o equipamento abriga o espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana e é administrado pela Prefeitura de Salvador.

Forte São Diogo: O equipamento, que está localizado ao lado direito da Praia do Porto da Barra, impedia o desembarque de inimigos no acesso ao sul de Salvador, Cidade Baixa. A construção foi erguida entre 1609 e 1613, mas só em setembro de 1722 foi inaugurada, quando passou a contar com sete peças de artilharia. Atualmente, o Forte abriga o espaço Carybé de Artes e é administrado pela Prefeitura de Salvador.

Forte Santo Antônio da Barra (Farol da Barra): Um dos principais cartões postais da Bahia, o Farol da Barra foi erguido em 1534, sendo considerado a mais antiga edificação militar do Brasil. Este é o primeiro farol do país e o mais antigo da América do Sul – foi construído após o naufrágio de várias embarcações na região. O equipamento, tombado pelo Iphan em 1938, foi peça importante na luta contra os holandeses e na guerra da Independência. Atualmente, é propriedade da União e administrado pela Marinha do Brasil.

Forte São Marcelo: Localizado na Baía de Todos-os-Santos, o Forte São Marcelo era popularmente conhecido como Forte do Mar, devido à sua localização. O equipamento foi um dos mais importantes pontos de proteção do porto. Erguido a 600 metros da encosta, a construção já foi alvo de ocupações, enfrentou batalhas decisivas contra os corsários e serviu como prisão para estudantes indisciplinados e importantes personagens históricos, como o líder da Revolta dos Alfaiates, Cipriano Barata e o general farroupilha Bento Gonçalves. Hoje, a Prefeitura de Salvador estuda, junto ao Iphan, a destinação do equipamento.

Forte Nossa Senhora de Monte Serrat: Localizado da Rua da Boa Viagem, na Ponta de Monte Serrat, o forte oportuniza uma das mais belas vistas do pô do sol na cidade. Este é considerado uma das melhores obras militares do Brasil Colônia, em Salvador. Isso porque tinha um grande poder ofensivo entre 1591 e 1602, além de impedir o desembarque dos holandeses em 1624. Já em 1837 foi tomado pelos combatentes da Sabinada, mas foi recuperado pelas tropas imperiais no ano seguinte. O equipamento foi reformado em 1926, conservando todas as características originais.

Fonte: Assessoria.









Sustentabilidade!





Aula I



Aliar o desenvolvimento social ao econômico e preservar o meio ambiente — principal patrimônio do Brasil em um mundo cada vez mais ameaçado pela emergência climática —, para garantir que o desenvolvimento seja sustentável e inclusivo. 

Para alcançar esse objetivo, precisamos de políticas sociais e econômicas consistentes. O foco deve ser erradicar a pobreza, reduzir a desigualdade social e criar oportunidades para todos e todas, gerando mais renda e riqueza e as distribuindo melhor. Precisamos aproveitar as oportunidades que as novas tecnologias, ancoradas na digitalização, e a indispensável descarbonização do planeta oferecem ao Brasil. A destruição da Amazônia nos condenaria ao isolamento e ao retrocesso. O seu desenvolvimento sustentável é o bilhete de entrada (ou saída) num mundo ameaçado pela emergência climática. 

Com o objetivo de dar sua contribuição para a construção de um Brasil mais justo, inclusivo, inovador e dinâmico — e que ocupe um lugar de destaque no mundo no século 21 —, a Fundação FHC tem realizado webinars e debates presenciais, produzido vídeos, linhas do tempo e publicações. Reunimos nesta página alguns destes conteúdos. Aproveitem o material!


Aula II


O Brasil dispõe de oportunidades para reverter um processo de desindustrialização que já dura mais de três décadas, mas para isso precisa enfrentar algumas agendas inconclusas, priorizar a qualidade regulatória, sobretudo em áreas cruciais no século 21 como digitalização e descarbonização, e se inserir melhor no comércio mundial, tornando-se mais produtivo, competitivo e integrado às cadeias globais de produção.

“São desafios grandes e complexos, mas que não devem ser magnificados. O importante é que existem janelas de oportunidades que o Brasil tem todas as condições de aproveitar, entre elas a crescente demanda por fontes renováveis de energia em várias partes do mundo”, disse o economista José Augusto Coelho Fernandes, autor do artigo “Indústria: Transformação Digital, Descarbonização e Integração Econômica”, que serviu de ponto de partida para este webinar, uma iniciativa da Fundação FHC e do Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento (CINDES). Veja sua apresentação em PowerPoint na seção Conteúdos Relacionados (à direita desta página).

“A sustentabilidade é uma oportunidade única para o Brasil: se a nossa indústria contribuir efetivamente para a criação de uma economia de baixo carbono tanto internamente como globalmente, teremos um lugar muito melhor no mundo”, afirmou o engenheiro químico e empresário Pedro Wongtschowski, presidente do Conselho de Administração da Ultrapar.

“Lá fora, toda a discussão gira em torno dos três grandes desafios que a humanidade enfrentará nesta e nas próximas décadas: Inteligência Artificial, Mudança Climática e Saúde. A visão externa é a de que o Brasil pode fazer muita coisa nessas três áreas, mas precisa decidir para onde vamos”, disse André Clark, vice-presidente sênior da Siemens Energy para a América Latina e presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB).


Aula III


O Mundo de Olho na Amazônia


O Brasil precisa pactuar com urgência um projeto nacional para a proteção e o desenvolvimento da Amazônia, que deve aliar  a preservação da floresta em pé com seus rios e sua biodiversidade às necessidades de desenvolvimento humano das populações locais, tendo como base a ciência, a tecnologia, o conhecimento e as tradições dos povos indígenas. O apoio e engajamento das comunidades há muito tempo estabelecidas na região são cruciais.

“Como já temos uma matriz energética hiper limpa, devemos fazer algo distinto, buscando não a semelhança, mas a complementaridade com o que está sendo feito na Europa e em outras partes do mundo. Devemos olhar a transição energética como uma oportunidade de atingirmos o que é mais relevante para o país hoje: o combate à pobreza, a criação de empregos e a melhoria do desenvolvimento econômico e social”, disse o engenheiro civil Jerson Kelman, ex-dirigente da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico), da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), da Light e da Sabesp.

“O Brasil tem um sistema energético bem estruturado e é o país com maior potencial de expansão de sua matriz energética de maneira diversificada do planeta. Temos, no entanto, um problema sério de governança e institucional, causado, em parte, por retrocessos na autonomia das agências reguladoras e no planejamento energético. Soma-se a isso a falta de compromisso político do atual governo com a agenda ambiental”, afirmou o engenheiro David Zylbersztajn, que foi diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Kelman e Zylbersztajn, ambos com larga experiência tanto no governo como na iniciativa privada, abriram este webinar realizado pela Fundação FHC, cujo primeiro painel teve como foco os desafios de policy e regulação.

 Foco deve ser proteção da Amazônia e reflorestamento

Diferentemente da maior parte dos países desenvolvidos ou com nível de desenvolvimento similar ao nosso — onde o maior desafio é substituir o uso de hidrocarbonetos na produção de energia elétrica, principalmente petróleo e carvão mineral, por fontes renováveis —, aqui o foco deve ser a redução das emissões de CO2 resultantes do uso do solo: agricultura, pecuária e mudança do uso do solo, ou seja, desflorestamento.

Segundo Kelman, apenas 18% das emissões de gases do efeito estufa no Brasil, calculadas em 2 bilhões de toneladas de CO2 equivalentes por ano (4% do total mundial), têm relação com o setor energético. “Enquanto no resto do mundo três quartos das emissões estão associados à energia, no Brasil três quartos de nossas emissões estão associados à agricultura, à pecuária e ao desmatamento, principalmente da Amazônia”, disse. 

“Como não vamos reduzir nossa produção agrícola e pecuária, pois são setores essenciais para a nossa economia e que, de maneira geral, já utilizam técnicas adequadas, temos de focar na preservação de nossas florestas e no reflorestamento de áreas degradadas”, continuou o professor da COPPE-UFRJ.


Aula IV

A Transição Energética do Brasil


A transição energética do Brasil rumo a uma economia de baixo carbono deve buscar maximizar as vantagens comparativas que o país já tem na área energética e buscar uma complementaridade com o que está sendo feito na Europa, nos Estados Unidos e em outras partes do mundo, em vez de copiá-los. 

O objetivo maior – além de contribuir para a redução do aquecimento global, de acordo com as metas acordadas nas Conferências do Clima da ONU – deve ser aproveitar esse processo como uma oportunidade para impulsionar o desenvolvimento econômico, a criação de empregos e a redução da pobreza no país.


“Como já temos uma matriz energética hiper limpa, devemos fazer algo distinto, buscando não a semelhança, mas a complementaridade com o que está sendo feito na Europa e em outras partes do mundo. Devemos olhar a transição energética como uma oportunidade de atingirmos o que é mais relevante para o país hoje: o combate à pobreza, a criação de empregos e a melhoria do desenvolvimento econômico e social”, disse o engenheiro civil Jerson Kelman, ex-dirigente da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico), da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), da Light e da Sabesp.

“O Brasil tem um sistema energético bem estruturado e é o país com maior potencial de expansão de sua matriz energética de maneira diversificada do planeta. Temos, no entanto, um problema sério de governança e institucional, causado, em parte, por retrocessos na autonomia das agências reguladoras e no planejamento energético. Soma-se a isso a falta de compromisso político do atual governo com a agenda ambiental”, afirmou o engenheiro David Zylbersztajn, que foi diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Kelman e Zylbersztajn, ambos com larga experiência tanto no governo como na iniciativa privada, abriram este webinar realizado pela Fundação FHC, cujo primeiro painel teve como foco os desafios de policy e regulação.

O segundo painel, sobre os desafios das empresas, teve como debatedores Wilson Ferreira Jr., presidente da Vibra Energia, Clarissa Sadock, presidente da AES Brasil, e Solange Ribeiro, presidente adjunta da Neoenergia. 

       Foco deve ser proteção da Amazônia e reflorestamento

Diferentemente da maior parte dos países desenvolvidos ou com nível de desenvolvimento similar ao nosso — onde o maior desafio é substituir o uso de hidrocarbonetos na produção de energia elétrica, principalmente petróleo e carvão mineral, por fontes renováveis —, aqui o foco deve ser a redução das emissões de CO2 resultantes do uso do solo: agricultura, pecuária e mudança do uso do solo, ou seja, desflorestamento.

Segundo Kelman, apenas 18% das emissões de gases do efeito estufa no Brasil, calculadas em 2 bilhões de toneladas de CO2 equivalentes por ano (4% do total mundial), têm relação com o setor energético. “Enquanto no resto do mundo três quartos das emissões estão associados à energia, no Brasil três quartos de nossas emissões estão associados à agricultura, à pecuária e ao desmatamento, principalmente da Amazônia”, disse. 

“Como não vamos reduzir nossa produção agrícola e pecuária, pois são setores essenciais para a nossa economia e que, de maneira geral, já utilizam técnicas adequadas, temos de focar na preservação de nossas florestas e no reflorestamento de áreas degradadas”, continuou o professor da COPPE-UFRJ.

Segundo ele, o desmatamento sozinho, incluindo as queimadas e a derrubada de árvores de maneira ilegal e sem reposição, responde por quase 50% das emissões de CO2 do país. “Temos uma matriz super limpa. Damos banho em qualquer outro país do mundo. Deveríamos ser os mocinhos, mas, no momento, somos os vilões internacionais pela maneira como estamos tratando a Amazônia. Isso não pode continuar”, afirmou.


Aula V


     Planejar a transição e integrar as diversas fontes disponíveis

Segundo David Zylbersztajn, 48% da produção energética brasileira vem de fontes renováveis, contra 14% em média no mundo e apenas 11% nos países da OCDE. “Isso acontece porque, entre os anos 1960 e 1970, o Brasil decidiu, não por uma razão ambiental, mas por economicidade, tecnologia e disponibilidade, aproveitar seu potencial hídrico para a produção de energia”, lembra.

Além disso, após o choque do petróleo nos anos 1970, o Brasil, que produzia muita cana de açúcar, apostou no etanol como um combustível alternativo à gasolina. “Apesar de todos os problemas, ainda temos o principal programa de biocombustíveis do mundo”, disse o professor da PUC-Rio.

Mais recentemente, o país tem avançado na produção de energia eólica e solar e também é um importante produtor de gás natural, que, apesar de ser um combustível fóssil, é menos poluente que o carvão e o petróleo e tem um papel a desempenhar na garantia da segurança energética nacional. O Brasil também não deixará de explorar suas reservas de petróleo do pré-sal, mas deve substituir seu uso por fontes renováveis sempre que possível.

“Nosso maior desafio é planejar bem essa transição, integrando as diversas fontes de energias disponíveis em nosso planejamento energético nacional. Para atingirmos esse objetivo, penso em um triângulo em que um dos vértices é a segurança energética, o outro vértice é a questão climática e o terceiro vértice é o desenvolvimento econômico. O tamanho de cada lado desse triângulo é o que vai determinar a velocidade com que vamos caminhar no sentido de reduzir nossas emissões e cumprir as metas que assumimos nas conferências do clima da ONU (sobretudo na COP 21 e na COP 26)”, afirmou.

“Tem muito dinheiro disponível no mundo para investimento na área energética e o Brasil pode se beneficiar desse esforço mundial rumo a uma economia de baixo carbono. Tudo vai depender, no entanto, do compromisso efetivo do país com a redução de suas emissões de CO2 e de quem estiver no comando do sistema energético brasileiro. Vivemos uma fase de incertezas, mas sou otimista quanto ao papel que o Brasil tem a desempenhar na transição energética mundial”, concluiu Zylbersztajn.

       Diplomacia deve atuar na defesa dos interesses do Brasil durante transição

Segundo Jerson Kelman, o Brasil precisa fazer a sua parte no combate ao desmatamento da Amazônia, principal fonte das emissões de gases do efeito estufa do país, mas, em contrapartida, deve ser muito firme na defesa de seus interesses nas negociações internacionais em curso, seja na área ambiental ou energética. “Não devemos aceitar nenhuma política que resulte em aumento de custo dos nossos produtos se não estiver associada a uma real oportunidade de atingirmos o que é fundamental hoje no Brasil, que é o combate à pobreza e a aceleração do desenvolvimento econômico”, disse.

Como exemplo, cita as novas regras que regularão o mercado de hidrogênio verde, produzido a partir da eletrólise da água, utilizando fontes renováveis. “Podemos ser grandes exportadores de hidrogênio líquido ou de amônia para a Europa, mas, para que isso aconteça, é preciso que as regras de produção do hidrogênio verde sejam adequadas à nossa realidade energética. O Itamaraty tem um papel fundamental a desempenhar nesse sentido”, disse Kelman.

Como exemplo, ele defendeu que a produção desse novo combustível “admita diferentes tons de verde, de forma que as plantas de produção de hidrogênio verde no país possam ser ligadas diretamente ao nosso grid elétrico, que é majoritariamente renovável, em vez de exigir uma fonte de energia 100% renovável”.

       Dirigentes de empresas demonstram otimismo, apesar das sucessivas crises

“Se o Brasil conseguir enfrentar os desafios da preservação da Amazônia e do reflorestamento de áreas degradadas, seremos sem dúvida uma potência ambiental, com uma contribuição em sua matriz energética como nenhum outro país tem. Para atingirmos esse objetivo, é fundamental uma política pública que integre governos, empresas e academia”, disse o engenheiro Wilson Ferreira Jr., que foi presidente da Eletrobrás e atualmente dirige a Vibra Energia (anteriormente BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras até 2019, cuja privatização foi concluída em 2021).

Tradicionalmente uma empresa que distribui e comercializa combustíveis derivados do petróleo, a Vibra está buscando diversificar suas atividades para se tornar também uma empresa que comercializa biocombustíveis como diesel verde, biometano e combustível verde para aviões. Firmou, por exemplo, uma parceria para abrir a primeira refinaria verde no Estado de Roraima, com o plantio de palmas em 120 mil hectares de áreas degradadas.

“Criamos uma plataforma multienergia para viabilizar que os consumidores, ao comprar energia, escolham as alternativas que façam mais sentido para eles, possibilitando a descarbonização de suas próprias emissões”, disse Ferreira Jr..

“Nossa grande missão é auxiliar nossos clientes, que são grandes indústrias e comércios, a também fazer sua transição energética. Eles estão cada vez mais exigentes em relação à nossa governança ambiental, social e corporativa (ESG) e querem saber todos os detalhes de nossa operação”, disse Sadock.

Segundo a presidente da AES Brasil, empresa que atua no setor hidrelétrico nos Estados de São Paulo, Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará, é urgente que o mercado de crédito de carbono saia do papel e amadureça no mundo e no Brasil. “Este será o pulo do gato para a preservação da Amazônia, pois poderá trazer muitos recursos para a região em troca da preservação da floresta”, disse.

“As múltiplas crises pelas quais temos passado, incluindo a pandemia de Covid-19 e agora a guerra na Ucrânia, têm testado as empresas ao máximo, mas estamos conseguindo superar as dificuldades e avançar”, disse Solange Ribeiro, da Neoenergia, empresa presente em 18 estados e no Distrito Federal, com atuação nos ramos de geração​, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica.

Ribeiro destacou a necessidade de o país criar bons marcos regulatórios para estimular a inovação, criar as condições para os investimentos em infraestrutura e transformar o Brasil em um país exportador de energia renovável. “O país precisa aproveitar o timing e regular o mercado de energias renováveis como outros países já fizeram, como os Estados Unidos, a Austrália e a China”, disse.

Segundo a presidente adjunta da Neoenergia, o caminho a ser seguido é o dos 3Ds: descentralização, digitalização e descarbonização. “Em breve, a energia será entregue ao consumidor de maneira cada vez mais customizada, de acordo com as necessidades dele, utilizando melhor as redes”, explicou.  


Aula VI


 / Transmissão online - via Zoom


Uma jovem empresa imaginada para fabricar pás eólicas com tecnologia de ponta no ventoso Ceará e que, em pouco mais de dez anos, ganhou o mundo e conquistou parceiros comerciais do porte das multinacionais GE e Siemens. Uma companhia centenária que foi líder no mercado brasileiro de torradores de café durante suas primeiras cinco décadas de vida, depois enfrentou duas grandes crises, mas conseguiu se reinventar investindo em inovação e se internacionalizando.

Os casos da Aeris Energy e da Cia. Lilla de Máquinas foram apresentados durante o webinar “Empresas industriais de sucesso: o que elas ensinam sobre o futuro da indústria brasileira”. O evento surgiu de uma conversa de Sergio Fausto, diretor da Fundação FHC, com o economista José Roberto Mendonça de Barros e o engenheiro João Fernando Gomes de Oliveira, parceiros em um estudo intitulado “Existe futuro para a Indústria?”, apresentado em um seminário no Insper, com apoio da Fapesp, em abril de 2021. Naquela ocasião, os estudos de caso apresentados disseram respeito a empresas de grande porte, como a Weg e a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração. 

Neste segundo webinar sobre o tema, realizado pela Fundação FHC, a ideia foi convidar duas empresas bem diferentes, uma de grande porte, com capital aberto, como a Aeris, e outra de tamanho médio, com capital fechado, como a Lilla. Em comum, a decisão de andar com as próprias pernas, sem depender de  subsídios ou protecionismos estatais. Ambas estão conseguindo driblar o chamado Custo Brasil e se tornar players globais em suas áreas de atuação. Isso mostra que o caminho é viável não só para grandes, mas também para médias empresas. Para saber mais sobre as histórias da Aeris e da Lilla, veja as apresentações na seção Conteúdos Relacionados, à direita desta página.



Aula VII

O desafio do SUS



O êxito do Sistema Único de Saúde (SUS) no enfrentamento da pandemia de Covid-19, apesar dos obstáculos impostos pelo governo Bolsonaro, fez com que ele se tornasse praticamente uma unanimidade nacional. Porém,  o envelhecimento rápido da população e o aumento dos custos dos tratamentos de doenças crônicas, com remédios e equipamentos mais modernos e caros,  exigirão um aumento significativo do financiamento tripartite da saúde, com mais recursos, principalmente da União, que tem reduzido sua participação, sobrecarregando os estados e os municípios.

Para fazer frente à necessidade de destinar mais recursos para o SUS, será necessário repensar as prioridades do gasto público e rever a regra do teto de gastos, mas isso não basta. A economia brasileira precisará voltar a crescer com mais vigor e de maneira sustentável nos próximos anos – condição necessária para que a arrecadação de impostos também se expanda e possa custear o sistema. 

Também será fundamental aumentar a eficiência dos gastos com saúde, fechando ralos por onde recursos são perdidos, e melhorar a articulação entre o SUS, a saúde suplementar (planos de saúde) e os prestadores privados, incluindo as entidades filantrópicas. Estas foram as principais conclusões deste debate híbrido (presencial e online) realizado pela Fundação FHC, que teve dois painéis e durou uma manhã inteira.

SUS é a melhor política social brasileira

“Antes da Constituição de 1988, que lançou as bases para sua construção, mais de 60% da população brasileira vivia num vazio assistencial. O SUS trouxe um forte crescimento do acesso à saúde básica, à atenção primária e à saúde da família, o que se refletiu em indicadores como a taxa de mortalidade infantil, que, desde o final dos anos 1980, reduziu quatro vezes no país. O SUS é a melhor política social brasileira dos últimos 30 anos”, disse o economista André Cezar Medici, funcionário aposentado do Banco Mundial, com mais de 30 anos de experiência em planejamento estratégico na área da saúde.

“Estamos em uma encruzilhada porque a população brasileira está envelhecendo e as necessidades de financiamento da saúde vão aumentar muito. Diante das restrições fiscais existentes, vamos tomar a decisão de priorizar a saúde? Se o investimento federal continuar travado, vai sobrar cada vez mais para os estados e municípios, e esta tensão vai explodir mais adiante. Para fazer frente ao componente demográfico, o país precisa voltar a crescer e será necessário destinar um percentual bem maior do PIB, por meio da coleta de impostos, para financiar o SUS”, disse o professor associado da FGV EAESP Rudi Rocha, chefe de pesquisas do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS).

“Discordo da visão catastrofista do crescimento exponencial dos gastos frente ao envelhecimento da população e às doenças crônicas, pois creio que o avanço científico e tecnológico pode nos ajudar a diminuir custos e aumentar a eficiência do sistema. Um exemplo disso é a telemedicina, que permite realizar consultas e mesmo exames físicos à distância. Tenho uma visão mais otimista em relação à capacidade de resolver problemas por meio da inovação”, disse o médico Erno Harzheim, que foi secretário Nacional de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (2019-2020) e secretário de Saúde de Porto Alegre.

“Para garantir os recursos de que o SUS necessita, será fundamental rever o teto de gastos, que tem um papel regressivo e foi desmoralizado pelo atual governo. Nosso compromisso é o de abrir espaço para ampliar recursos destinados às políticas sociais, como saúde, educação, ciência & tecnologia e transferências de renda, assim como os investimentos em infraestrutura que geram empregos e contribuem para o crescimento econômico”, disse o senador Humberto Costa, que foi ministro da Saúde (2003-2005) e atualmente coordena o programa de governo de Lula na área da saúde.

“Em parte devido à pandemia, existe hoje uma unanimidade quanto à importância do SUS, que vai da esquerda à direita, passando pelo centro. Este alto grau de consenso sobre a necessidade de termos um sistema de saúde forte, capaz de atender a toda a população com qualidade, representa uma oportunidade de colocarmos os grandes temas estruturantes sobre a mesa e, juntos, garantirmos que virem políticas concretas”, disse Nésio Fernandes, secretário de Saúde do Espírito Santo e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS).

“Diante do tamanho e da complexidade do Brasil, precisamos da complementaridade dos dois sistemas, o público e o privado. Isto ficou muito claro durante a pandemia do novo coronavírus, quando a saúde suplementar tratou de 25% da população, desonerando o SUS de atender 50 milhões de brasileiros que adoeceram, a um custo superior a R$ 30 bilhões”, disse Vera Valente, diretora executiva da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que anteriormente trabalhou no Ministério da Saúde e na Anvisa, onde foi responsável implantação da política de medicamentos genéricos no Brasil.


Aula VIII


Gastos públicos com saúde devem chegar a 6% do PIB

André Medici comparou o percentual dos gastos públicos em relação aos gastos totais em saúde de quatro países: o Brasil ficou em último lugar, atrás de Canadá (onde 70% dos gastos em saúde são de responsabilidade do Estado), Peru (63%) e Estados Unidos (51%), sendo que no Brasil este percentual é de 41%. Quase 60% dos gastos em saúde no país vêm dos planos de saúde, despesas assumidas pelas famílias e outras fontes. Entretanto, 75% da população brasileira é atendida pelo SUS, enquanto 25% é atendida pela saúde suplementar.

Segundo o IBGE, as despesas de consumo final com saúde no Brasil somaram R$ 711,4 bilhões em 2019, equivalente a 9,6% do PIB do país naquele ano. As despesas de consumo do governo (incluindo União, estados e municípios) com saúde totalizaram R$ 283,6 bilhões, o que representa 3,8% do PIB. Os planos de saúde, as famílias e as instituições sem fins lucrativos responderam pela maior parte dos gastos: R$ 427,8 bilhões do total, correspondente a 5,8% do PIB.

Segundo texto publicado pela Agência de Notícias do IBGE em 2022 (consolidando as informações acima), a participação dos planos de saúde, das famílias e dessas instituições nos gastos com a saúde vem crescendo desde 2011, enquanto a do governo, que havia crescido entre 2013 e 2016, permaneceu estável após uma queda em 2017.

André Medici, Rudi Rocha, Humberto Costa e Nésio Fernandes propuseram que o Estado brasileiro elevasse sua participação no financiamento do SUS para ao menos 6% do PIB, de forma paulatina, no decorrer dos próximos anos. “Para fazer frente ao envelhecimento demográfico, precisamos aumentar os gastos totais com saúde para o patamar de R$ 1 trilhão anualmente. Cabe ao Estado aumentar sua participação, empatando o jogo em relação ao gasto privado”, alertou o professor da FGV EAESP. 

De acordo com Medici, o governo federal destina atualmente cerca de R$ 160 bilhões ao SUS, mas deveria elevar esse gasto para ao menos R$ 260 bilhões anualmente.

Para os palestrantes, esses recursos adicionais devem ser garantidos com uma priorização mais adequada do orçamento público, sobretudo o federal, por meio de reformas, eliminação de subsídios e também pelo fim do chamado orçamento secreto, que bloqueou mais de R$ 10 bilhões de recursos da saúde para atender a emendas parlamentares. 

Vários dos convidados afirmaram, no entanto, que será necessário rever a regra dos tetos de gastos, que estipula que os gastos totais do governo federal não podem ser superiores aos do ano anterior acrescidos da inflação. “No caso da saúde, se apenas aplicarmos a inflação do ano anterior, em uma geração chegaremos a um gasto público de apenas 20% dos gastos totais com saúde, equivalente ao dos países mais pobres da África”, disse Rocha.

Ainda que o próximo governo mude a regra do teto de gastos, substituindo-o por outro mecanismo de controle dos gastos públicos, a conta da saúde não vai fechar se a economia brasileira não voltar a crescer nos próximos anos, resultando em um PIB mais robusto e em mais impostos recolhidos.



Aula IX



Tornar o Sistema Único de Saúde mais eficiente

“O aumento do financiamento público é desejável, mas não adianta aumentar recursos sem fechar os ralos”, disse Erno Harzheim, que defendeu a criação de um sistema unificado para o agendamento de consultas, exames e internações. “Se não tiver uma fila única, não tem como gerir o sistema. Fizemos isso em Porto Alegre e zeramos a espera”, disse o ex-secretário de saúde da capital gaúcha.

Ele também criticou o reembolso de planos de saúde no Imposto de Renda, o que representaria cerca de R$ 18 bilhões de renúncia fiscal anualmente. “Por que eu, que tenho o privilégio de ter um plano de saúde e recebo um serviço melhor do que o restante da população, devo ter direito a um subsídio estatal? Eu quero que a saúde suplementar contribua com o SUS, mas não quero mais que tenha subsídio estatal. É claro que isso deve ser implantado de maneira gradual, sem sustos”, disse.

Humberto Costa também se manifestou favorável à revisão do abatimento de gastos com planos de saúde no Imposto de Renda, mas disse ser necessário fazer uma compensação aos contribuintes, ampliando, por exemplo, a oferta de medicamentos gratuitos por meio de programas como o Farmácia Popular.

Rudi Rocha propôs avançar na regionalização do atendimento à saúde, de maneira a que municípios próximos trabalhem de forma articulada, somando recursos humanos, financeiros e de infraestrutura física e tecnológica. “Este é o caminho, mas o problema é que a figura da região de saúde ainda não está devidamente regulada”, disse o pesquisador da FGV.

Vera Valente defendeu a expansão da telemedicina, a interoperabilidade/prontuário eletrônico e a possibilidade das operadoras poderem comercializar planos de saúde ambulatoriais, com direito a consultas e exames, mas sem direito a internações e terapias e custo inferior a um plano completo. “A lei criou esse segmento, mas pendurou nele terapias, cujo custo não é trivial. Este custo adicional faz com que o plano ambulatorial, que poderia ser bem mais em conta, não seja comercializado, deixando muita gente de fora da saúde suplementar”, explicou. 

“É fundamental integrar os processos em rede e concentrar os investimentos em hospitais de maior porte”, disse Medici, que também sugeriu a ampliação do acesso a medicamentos associados a doenças crônicas e raras através do SUS e a priorização da entrega de serviços sobre bases epidemiológicas. “A epidemiologia tem que ser a mestre que organiza as prioridades do SUS”, disse o especialista.

“Nós não precisamos submeter o SUS a revisionismos históricos e à revisão de seu marco constitucional. O fundamental é recompor o federalismo de cooperação. Em plena pandemia, vivemos o pior conflito institucional da história no que diz respeito à execução de uma política social tão fundamental como a saúde pública. Está na hora de encerrar esse período de beligerância e voltarmos a trabalhar conjuntamente em prol da saúde dos brasileiros”, afirmou Nésio Fernandes, presidente do CONASS

Em setembro, o governo federal anunciou a Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico da Saúde. A ambição é grande e a responsabilidade pela sua execução foi dada ao Ministério da Saúde, em particular à Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos, chefiada pelo economista Carlos Gadelha, conhecido formulador de políticas para essa área. Gadelha esteve na Fundação FHC para apresentar e discutir as grandes linhas da estratégia, que envolve vários ministérios e agências do governo federal, além de apostar na parceria com fundações e empresas privadas.



Aula X



Os Desafios da Política para o complexo Mundia de Saúde





Em setembro, o governo federal anunciou a Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico da Saúde. A ambição é grande e a responsabilidade pela sua execução foi dada ao Ministério da Saúde, em particular à Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos, chefiada pelo economista Carlos Gadelha, conhecido formulador de políticas para essa área. Gadelha esteve na Fundação FHC para apresentar e discutir as grandes linhas da estratégia, que envolve vários ministérios e agências do governo federal, além de apostar na parceria com fundações e empresas privadas.


“Para acelerar esse processo, é fundamental que o governo utilize adequadamente as ferramentas que têm à disposição, como o poder de compra do Estado e as encomendas tecnológicas, e atue para fortalecer a institucionalidade, estabelecendo, em diálogo com os diversos atores envolvidos, normas perenes que sejam bem entendidas e implementadas com segurança e previsibilidade”, disse Mendonça, doutor em economia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com passagens pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (1999-2002) e o Ipea (2003-2004).

Fernanda de Negri, diretora e pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), trouxe dados que mostram que o Brasil já tem algumas vantagens comparativas na produção científica na área da saúde. Enquanto a participação total da produção científica brasileira no mundo é de 1,8%, na medicina ela chega a 2,6% e em imunologia e microbiologia atinge 3,9%. Em outras áreas da saúde, ela é ainda maior.

“Como criar as condições para mobilizar esse conhecimento, essa experiência e essas vantagens comparativas que nós já temos?”, perguntou Negri. “Inovação não se faz sem pessoas. Se queremos desenvolver a inovação para melhorar o acesso da população à saúde, temos que levar em conta como criar as condições para isso”, disse.

Negri, que foi chefe da Assessoria de Acompanhamento e Avaliação do Ministério da Ciência e Tecnologia (2010-2012), destacou a importância do Estado fomentar boa parte dos investimentos em P&D, mas lembrou que este é um objetivo de médio e longo prazo, que exige tempo e recursos vultosos: “O Estado tem papel fundamental nos investimentos em pesquisa e desenvolvimento de insumos e medicamentos em qualquer país que pretenda ser relevante nessa área, portanto o compromisso do atual governo vai na direção correta, mas é preciso ter clareza de que a inovação em saúde é cara e leva tempo”, ponderou.

“Tenho algumas ressalvas ao conceito de missão porque quando a gente fala de objetivos muito amplos, sem dizer exatamente onde se quer chegar, corremos o risco de perder o rumo no meio do caminho”, alertou Fernanda de Negri. 

SUS está no centro da política industrial para o setor de saúde

Carlos Gadelha listou seis prioridades anunciadas pelo governo que serão desenvolvidas por outros ministérios e órgãos federais, mas envolvem e impactam a área da saúde. 

1. Apoio ao agronegócio sustentável e à agricultura familiar e de pequeno porte;

2. Investimentos em saneamento básico;

3. Apoio à transição digital e à inovação; 

4. Defesa do meio ambiente e plano de transição ecológica;

5. Inclusão da saúde no novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento);

6. Soberania e segurança nacional.

“Estas seis missões dialogam diretamente com o projeto de desenvolver um complexo econômico industrial da saúde resiliente e forte, capaz de reduzir a vulnerabilidade do SUS (Sistema Unificado de Saúde) e viabilizar o acesso de toda a  população brasileira a uma saúde de qualidade”, disse o palestrante.

“Tenho algumas ressalvas ao conceito de missão porque quando a gente fala de objetivos muito amplos, sem dizer exatamente onde se quer chegar, corremos o risco de perder o rumo no meio do caminho”, alertou Fernanda de Negri (Ipea).




Fonte: https://fundacaofhc.org.br/blog/politicas-para-desenvolvimento




Sala de Filmes:









Filme: Além da Sala de Aula







Filme : O Substituto



                                                           Filme: Lição de Vida





Atividade de Pesquisa





O ensino de Ciências e a Educação Inclusiva: desafios e potencialidades segundo o projeto político-pedagógico e a visão docente

 Imprimir ou salvar este artigo como PDF

Luana Rafaela de Oliveira Barbosa

Graduada em Ciências Biológicas (UERJ)

Liliani Aparecida Sereno Fontes de Medeiros

Mestre em Ciências Biológicas (Instituto de Bioquímica Médica - Universidade Federal do Rio de Janeiro)

O atual contexto social da Educação Especial é produto do processo histórico-social que remete à Idade Antiga. Em sociedades como Esparta e Atenas, por exemplo, pessoas que não se adequavam aos critérios estabelecidos como ideais atléticos e de beleza eram submetidas ao abandono ou morte por serem consideradas subumanas. Essa teoria contava com o apoio de filósofos como Aristóteles e Platão, que atribuíam o uso de tais práticas à promoção de um equilíbrio demográfico quando na condição de abandono, por permitir o desenvolvimento da independência social e econômica das pessoas com necessidades especiais (Barbosa, 2013).

No ano 300 d.C. essa situação se remeteu a um novo final, tendo em vista que, com a propagação do cristianismo, as pessoas com deficiência “ganharam alma” e passaram, então, a ser acolhidas por membros da Igreja, como o bispo Nicolau, de Myra. Logo, o abandono de pessoas com deficiência passou a ser compreendido como um atentado aos planos divinos (Rodrigues, 2008).

A partir do século XIX, avanços mais significativos começaram a ocorrer no campo da inclusão e da Educação Especial, em trabalhos como os do médico francês Jean Jacques Gaspard Itard, que, por intermédio de seu trabalho O Selvagem de Aveyron, estabeleceu a primeira metodologia cujo foco era a Educação Especial.

De acordo com Domingues e Domingues (2009), até meados do século XX a deficiência era compreendida como um problema de fundamentos genéticos; logo, não seria possível curá-la ou amenizá-la ao longo da vida do paciente. As deficiências eram, então, consideradas mais uma patologia e, como tal, catalogadas e tratadas por profissionais da saúde.

Educação Especial na escola regular: conceitos e regulamentações

No Brasil, as primeiras ações de políticas públicas de inclusão social da pessoa com deficiência tiveram origem na cidade de São Paulo em 1600; entretanto, foi por influência do liberalismo, que pregou ideias republicanas e abolicionistas, que foi atribuída importância à educação especial. A propósito, é possível observar a maturação do conceito de Educação Especial no Brasil em dois períodos distintos: o período vai de 1854 até 1956, com a criação do Instituto Benjamin Constant e do Imperial Instituto dos Surdos-Mudos, atualmente Instituto Nacional de Educação de Surdos. O segundo é de 1957 até 1993, com iniciativas oficiais em nível de tramitação nacional (Capellini, 2017).

As Leis nº 7.853/89 e nº 9.394/96 regulamentaram a Educação Especial no país. A primeira, especificamente, “dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiências e sua integração social”. De acordo com a lei, às pessoas com necessidades especiais é oferecida a Educação Especial em qualquer nível do ensino regular. Essa lei também dá uma definição de para quem se aplicam tais condições, ressaltando que é direcionada para pessoas “portadoras de necessidades educacionais especiais (NEE)”, em função das quais apresentam um conjunto de problemas que influencia no processo de ensino-aprendizagem, necessitando, portanto, de “adaptações especiais no currículo” como forma de garantia da educação mediante a inclusão.

No âmbito legal, na Constituição Brasileira de 1988, a Lei nº 9.394/96, no seu Art. 2º, define os princípios e fins da educação nacional, que deve ser igualitária, com respeito à liberdade, garantindo um padrão de qualidade especializado e gratuito a todos, sem exceção (Domingues; Domingues, 2009, p. 7).

Com a promulgação da Lei, foi então consolidada a iniciativa do MEC que teve inicio em 1994, a Política Nacional de Educação Especial, cujo objetivo era normatizar a Educação Especial como um princípio cuja base filosófico-ideológica é representada pela integração e pelo oferecimento, aos portadores de necessidades especiais, de condições e modos de vida semelhantes aos dos demais membros da sociedade. Até aqui, muito tem se dito sobre Educação Especial; entretanto, a pratica da Educação Especial não é garantia do direito à Educação Inclusiva (Carvalho; Martins, 2015).

Educação Especial versus Educação Inclusiva: o currículo e o projeto político-pedagógico como interface

A inclusão escolar há muito tempo vem sendo pauta de reuniões e encontros entre países de todo o mundo. Como exemplo, se pode citar a Conferência Mundial de Educação para Todos, realizada em Jomtien, na Tailândia em 1990, e a Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais – Acesso e Qualidade, realizada em Salamanca, na Espanha, em 1994, com a participação da Unesco (Mazzota; Antino, 2011).

No ensino regular, a Educação Especial Inclusiva deve ser realizada por profissionais com formação específica na área; cada aluno deverá receber uma adaptação curricular voltada para a sua necessidade. Essas adaptações curriculares devem ser realizadas como um todo, considerando também adaptações no espaço físico e acrescentando materiais didáticos especiais que podem “substituir ou complementar a educação tradicional”, de forma a ajudar o aluno a alcançar o êxito no processo de aprendizagem, superando as dificuldades impostas pelas suas necessidades especiais (Mazzota; Antino, 2011).

Toda e qualquer mudança na escola não ocorre de forma aleatória; deve ser discutida, acordada e explicitada no PPP. A prática da gestão democrática na escola depende do PPP como forma de garantir a democracia das decisões que são tomadas dentro do ambiente escolar.

A organização da escola como um todo passa pelo PPP. Por exemplo, a forma como a sala de aula será organizada, de que forma essa organização influenciará no contexto social ao qual aquela escola pertence, dentre outros, cujo fim é a organização do trabalho pedagógico visando que ele consiga alcançar todos os alunos, sem exceção (Rapoli et al., 2017).

Muitos são os desafios e barreiras para que a Educação Especial Inclusiva seja realizada de forma efetiva na escola de ensino regular. Ainda que nenhum se sobressaia ao outro em importância, a adaptação curricular pode ser citada como grande barreira a ser superada a fim de que se garanta a permanência dos alunos com necessidades especiais na escola regular (Lippe; Camargo, 2009). 

A Educação Especial Inclusiva e o ensino de Ciências

As adaptações curriculares estão descritas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN); são definidas como

possibilidades educacionais de atuar frente às dificuldades de aprendizagem dos alunos. Pressupõem que se realize a adaptação do currículo regular, quando necessário, para torná-lo apropriado às peculiaridades dos alunos com necessidades especiais (Brasil, 1997, p. 33, apud Leite, 2008, p. 9).

No que diz respeito ao ensino de Ciências na perspectiva inclusiva, de acordo com Santos (2009), com o uso de recursos didáticos diferenciados, juntamente com a interação social, o professor minimiza de forma significativa as dificuldades que surgem durante o processo de ensino-aprendizagem. Para Mathias (2009), discentes, docentes, pais e a comunidade escolar como um todo estão intimamente envolvidos com a educação e devem atentar para as necessidades educacionais de cada aluno especial, oferecendo-lhes metodologias diferenciadas e estratégias didáticas condizentes com suas peculiaridades. Segundo experiência da própria autora, recursos como palavras cruzadas, atividades práticas, jogos interativos, experimentos, aulas bastante ilustrativas, trabalhos realizados em grupo e projetos que conectam a realidade dos alunos com o conteúdo trabalhado surtiram resultados positivos até mesmo para os alunos que não apresentavam nenhum tipo de necessidade educacional especial.

Muitos assuntos tratados nas aulas de Ciências requerem olhar crítico; outros necessitam ser vivenciados na prática pelos alunos; outros ainda precisam de um olhar microscópico, ou seja, bastante detalhado. Por isso o professor deve dispor de estratégias para poder incluir de modo pleno, por exemplo, um aluno cadeirante em uma aula de campo ou até mesmo um deficiente visual em um laboratório ao utilizar um microscópio (Ferreira Silva, 2013).

Justificativa

Adaptações curriculares consistem na adaptação do conteúdo como um todo envolvendo também o espaço físico, acrescido de materiais didáticos especiais que poderão “substituir ou complementar a educação tradicional” de forma a ajudar o aluno a alcançar o êxito no processo de ensino-aprendizagem, superando as dificuldades impostas pelas suas necessidades especiais (Mazzota; Antino, 2011).

Cabe aqui ressaltar a importância do projeto político-pedagógico para a garantia do direito à Educação Especial Inclusiva. Logo, o projeto político-pedagógico pode consolidar a prática da Educação Especial Inclusiva dentro do ambiente escolar (Andrade, 2011).

No que diz respeito ao ensino de Ciências, é primordial que o docente, como mediador do processo de ensino-aprendizagem, busque atualização profissional que o embase teoricamente para a prática de um “pluralismo metodológico” alicerçado na diversidade dos recursos didáticos como forma de levar seu estudante – possuidor ou não de necessidades educacionais especiais – a reconhecer o conhecimento científico como parte de seu cotidiano (Lunas; Medeiros, 2017).

Em suma, ao considerar todos os fatos apontados como empecilhos à prática da Educação Especial Inclusiva na escola regular, o presente trabalho tem por foco contribuir tanto para a pesquisa acadêmica quanto para o embasamento teórico a respeito dos desafios e potencialidades do ensino de Ciências no contexto da Educação Especial Inclusiva.

Objetivo geral

Esta pesquisa visa contribuir tanto com a pesquisa acadêmica quanto com o embasamento teórico a respeito de desafios e potencialidades do ensino de Ciências dentro do contexto da Educação Especial Inclusiva, segundo o projeto político-pedagógico e a visão docente.

Objetivos específicos

Este trabalho pretende investigar junto ao corpo docente de Ciências Biológicas se possui formação específica ou complementar na área de Educação Especial Inclusiva; analisar o espaço escolar e os alunos portadores de necessidades especiais, sob o olhar do corpo docente de Ciências Biológicas no contexto da Educação Especial Inclusiva; Identificar, junto ao corpo docente de Ciências Biológicas, as dificuldades e potencialidades do ensino de Ciências dentro do contexto da Educação Especial Inclusiva; investigar se o Projeto Político Pedagógico cumpre seu papel de explicitar a garantia da oferta de uma educação especial inclusiva.

Metodologia

Para realizar o presente estudo, foram realizadas no princípio pesquisas bibliográficas em busca de embasamento teórico a respeito do tema gerador. Após terem sido realizadas as pesquisas, partimos em busca de parcerias. Nosso campo de pesquisa compreendeu cinco escolas públicas que ofertam o ensino regular fundamental, todas municipais; quanto ao corpo docente, foram firmadas ao todo dez parcerias.

Buscamos investigar se o corpo docente de Ciências Biológicas possui formação específica para lecionar a alunos com necessidades educacionais especiais e procuramos analisar o espaço escolar e os alunos portadores de necessidades especiais, sob o olhar dos professores.

Paralelamente, investigamos se o projeto político-pedagógico cumpre seu papel de explicitar a garantia da oferta de Educação Especial Inclusiva; para tal, fizemos uma leitura minuciosa do projeto político-pedagógico.

Investigação do perfil profissional docente quanto ao magistério e sua relação com a Educação Especial Inclusiva

Buscamos compreender as potencialidades e os desafios do ensino de Ciências dentro do contexto da Educação Especial Inclusiva, segundo o projeto político-pedagógico e a visão docente. Para tal, analisamos o perfil profissional de docentes de Ciências Biológicas como um todo, a fim de verificar se o professor está contextualizado para com a Educação Especial Inclusiva.

De acordo com o levantamento do perfil, quando indagados a respeito de sua formação acadêmica, a maioria dos profissionais que lecionam nas escolas analisadas respondeu possuir apenas graduação. Foi questionado aos docentes o número de escolas em que trabalham e há quanto tempo lecionam; A maioria dos docentes (90%) respondeu que trabalha em uma e duas escolas e que leciona há mais de cinco anos.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), no inciso III do Art. 59, delibera, que o professor que atua junto a alunos com necessidades especiais deve possuir “especialização adequada, em nível médio ou superior para o atendimento individualizado” e “ser capacitado para viabilizar a integração/inclusão desses educandos em classes comuns”. Dos docentes pesquisados, 40% e 30% dos professores disseram ter formação continuada (especialização e mestrado, respectivamente); questionamos os docentes se “em sua formação fizeram alguma disciplina ou curso que lhes dessem base para trabalhar com alunos que tenham NEE”. A maioria respondeu que não. Daqueles que apontaram que já haviam feito (20%), somente um dos cursos tem total contexto com Educação Especial, sendo descrito como “Educação Especial com ênfase em deficiência auditiva”; o outro apontado é descrito como “Práticas de ensino”.

Ao serem questionados “se lecionam ou já lecionaram em classes com alunos que possuam necessidades especiais”, 70% responderam que sim, atualmente; dos outros, 30% declararam que já lecionaram. Ao serem questionados sobre quantos alunos com necessidades educacionais especiais há em sua classe, a maioria (70%) respondeu ter um (40%) ou três ou mais (30%). Apenas 10% do total de entrevistados não possuem alunos inclusos em sua sala de aula.

Questionamos aos docentes: “quando em sua classe há matriculado um aluno incluso, você tem interesse em se informar a respeito do tipo de necessidade especial que ele possui?” e “você possui alguma dificuldade para dar aula quando em sua classe há aluno incluso?”. Todos os docentes apontaram que possuem interesse em se informar mais a respeito das necessidades especiais dos estudantes para os quais lecionam; justificam que é necessário saber mais a respeito das necessidades do estudante, com o objetivo de “adequar”, “adaptar”, “desenvolver”, “saber”, “construir” os conteúdos programáticos para a necessidade específica do estudante. Ainda dentro do grupo que se manifestou interessado, encontramos também respostas como “para me relacionar melhor com ele”, “por não ter curso ou formação extra” e “por nem sempre termos o retorno de um parecer conclusivo sobre o quadro clínico”. Mas, mesmo com o interesse do docente em buscar conhecimento a respeito das dificuldades de seus estudantes com NEE, 80% dos docentes apontam que sentem extrema dificuldade em lecionar para uma classe em que haja um aluno incluso e apontam que tal dificuldade é consequência da falta de “recurso pedagógico e quantidade excessiva de alunos em sala”, “pouco tempo para maior atenção ao estudante com NEE”, “indisciplina de turmas lotadas”, “os outros alunos”, “a turma compreender a importância para o aluno”, “quando me deparo com barreiras epistemológicas”. Aos que disseram não ter dificuldade (20%), as justificativas são as seguintes “Não encontro dificuldade, pela presença do mediador em sala de aula” e “procuro adaptar a aula para o aluno”.

Depois questionamos os docentes se “a sua metodologia de ensino alcança os objetivos curriculares propostos para seu aluno que possui necessidades especiais”.A maioria acredita que a metodologia adotada por eles é capaz de alcançar esses discentes, ainda que uma minoria dos docentes (20%) tenha respondido que não conseguem alcançar os objetivos justificando que é como consequência da falta de um currículo que “dialogue com os alunos portadores de necessidades especiais”.

A adaptação curricular é uma ferramenta de extrema importância para conferir acessibilidade do conteúdo aos alunos especiais (Leite, 2008); portanto, foi questionado aos docentes se realizam adaptações curriculares para seu aluno que possui necessidades especiais e “se sua avaliação da aprendizagem é adaptada para as necessidades especiais de seu aluno incluso”; a maioria expressiva respondeu que realiza adaptações tanto curriculares quanto das avaliações.

A adaptação curricular, por si só, não é garantia de que os objetivos serão alcançados (Mantoan, 2003); entretanto, esse pode ser o motivo pelo qual a maioria dos professores acredita que sua metodologia é capaz de alcançar os objetivos curriculares propostos para seus alunos com NEE, como citado. Em justificativa, uma minoria que respondeu que não realiza adaptação na avaliação da aprendizagem (20%) declarou que “faz esse trabalho junto à mediadora” e que “também falta no corpo pedagógico e docente uma proposta concluída para tal”.

Quando questionados se são capazes de reconhecer dificuldades de aprendizagem em seu aluno, todos os professores responderam que sabem. Entretanto, reconhecer dificuldades não significa saber diferenciá-las. Logo, ao serem questionados se são capazes de diferenciar as dificuldades de aprendizagem para com seus alunos, não houve unanimidade nas respostas. Ainda que a maioria tenha respondido que sabe diferenciar as dificuldades (90%), o rendimento (80%) é apontado como um dos principais responsáveis pela causa das dificuldades, seguido pelo comportamento (60%) e pela dificuldade de interpretação detexto (60%).

Nessa pergunta, o professor tinha a possibilidade de marcar mais de uma opção; logo, esse resultado identifica que para ele ainda é confuso distinguir os indícios de “dificuldade” com os de “distúrbios de aprendizagem”.

Ainda que o rendimento possa ser um indício tanto de dificuldade quanto de distúrbio de aprendizagem, a dificuldade de interpretação de texto, segundo fator mais apontado como causa de dificuldade de aprendizagem (60%), pode ser considerada um sinal de distúrbio de aprendizagem, que, assim como os demais, possui origem neurológica, devendo ser então tratada (Carvalho, 2007).

Em seguida, os docentes foram questionados se acreditam que a integração entre as famílias dos alunos inclusos com a escola têm influência no desenvolvimento escolar delese se em sua escola os pais dos alunos inclusos são participativos na vida escolar de seus filhos. Todos os professores responderam que acreditam que a integração família/escola influencia o desenvolvimento escolar dos alunos inclusos. Entretanto, a maioria dos docentes declarou que os pais dos seus alunos inclusos não são participativos na vida escolar de seus filhos (60%).

Ao serem questionados se “esta unidade de ensino possui adequações estruturais que sirvam aos alunos com necessidades especiais nela matriculados?” e se “você acredita que a escola em que leciona seja democrática, integradora e equitativa”, 30% dos docentes responderam que a unidade em que trabalham não possui adequações. Esse dado é interessante, tendo em vista que, em teoria, todas as escolas deveriam estar preparadas para receber os alunos com NEE, de acordo com as Recomendações para a construção de escolas inclusivas, documento expedido pela Secretaria de Educação Especial do MEC em 2006.

Em referência ao mesmo dado, os 70% dos professores que declararam que as escolas em que trabalham possuem adequações estruturais justificaram citando que a escola possui “sala de recursos e mediadores”. Apenas um docente desse grupo citou especificamente as adequações estruturais que a escola possui: “rampa de acesso, dependências e vias adequadas aos alunos”.

Ao questionamento sobre a democratização da escola, a maioria dos docentes respondeu que a escola é democrática, integradora e equitativa (80%); para tal, justifica que a escola adéqua o currículo para os alunos, tenta acompanhar o processo de desenvolvimento deles, adapta recursos para melhorar a aprendizagem, possui metodologias lúdicas e integradoras. Em justificativa, os docentes que acreditam no contrário, na não democratização da escola em que trabalham (20%), declararam que “falta na escola uma política de inclusão indicada no PPP e mais adaptação estrutural” e mencionaram a “falta de recursos e de profissionais habilitados”.

Análise do projeto político-pedagógico quanto às garantias da prática de Educação Especial Inclusiva

Primeiramente, buscamos saber se “a escola possui alunos com necessidades especiais” e se “a estrutura da escola possui adaptações para os alunos com necessidades especiais”. Essas duas primeiras perguntas do questionário referente à análise do PPP foram preenchidas pela equipe gestora da escola; as demais foram preenchidas pela própria autora, com base na análise documental do PPP. De acordo com os dados levantados, em todas as escolas há alunos com NEE matriculados e adaptações para eles. As adequações estruturais que a escola possuía são “rampa de acesso à escola, presença de mediadores, de banheiro adaptado e de sala de recursos”.

Começamos por analisar se “existe no PPP alguma atividade ou projeto educativo que seja voltado para alunos com NEE” e se “o PPP apresenta projetos de aprendizagem de cunho esportivo para os estudantes com NEE”. Em apenas 10% das escolas existe alguma atividade ou projeto educativo descrito no PPP que seja voltado para os alunos com NEE; é descrito como “avaliação diferenciada”, sem mais especificações. Também observamos que em todas as escolas não há atividade descrita no PPP que seja voltada ao incentivo ao esporte – por exemplo, aos estudantes com NEE.

Analisamos se “é possível identificar no PPP ações para atender as peculiaridades da Educação Especial, que tem como respaldo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Especial nos artigos 12, 13 e 14”. Em nenhuma escola analisada foi possível identificar uma ação descrita no PPP que tivesse foco e respaldo na LDB. Este dado é ratificado pelo dado supracitado onde diz que não há atividade ou projetos educativos voltados para estudantes com NEE descrito no PPP na maioria das escolas (80%).

Buscamos identificar se “a elaboração do PPP contempla e assegura um plano de ação e acompanhamento pedagógico por parte de um grupo de apoio ao aluno com NEE”, “se o PPP assegura apoios específicos, como terapias, acompanhamentos psicológicos, orientações e mobilidade para os alunos com NEE”, se “assegura a presença de recursos (objetos e materiais) voltados para a adaptação das necessidades educacionais específicas de cada aluno especial” e se “o PPP reforça a existência, assim como a manutenção, na unidade escolar, de recursos físico-didáticos, como uma sala de recursos multifuncionais”.

Em todas as escolas analisadas o PPP assegura a presença de recursos voltados para a adaptação das necessidades educacionais específicas de cada aluno especial; como justificativa, encontramos “presença de sala de recursos”, “mesa adaptada” e “avaliações adaptadas”. Entretanto, quando se pensa em “plano de ação pedagógico por parte de um grupo de apoio ao aluno com NEE” e “acompanhamento psicológico, orientações e mobilidade aos alunos”, somente 60% e 20% das escolas analisadas prevêem-nos em PPP, respectivamente. Preocupantemente, 80% das escolas não preveem atendimento ao aluno e não garantem o atendimento profissional com a psicopedagoga, por exemplo.

Dada a importância da adaptação curricular ao ensino dos alunos com NEE, buscamos investigar se “o PPP reforça a existência, assim como a manutenção na unidade escolar de recursos físico-didáticos, como uma sala de recursos multifuncionais” e se “o PPP prevê a recuperação contínua e paralela para alunos com dificuldades de aprendizagem”. Em 80% das escolas, o PPP não prevê a existência nem a manutenção desses recursos. Outro dado interessante para se discutir é o fato de que apenas 40% das escolas preveem a recuperação paralela e contínua aos alunos com NEE. Um questionamento que podemos levantar embasado nestes dados é: será que as escolas representadas na pesquisa são realmente inclusivas?

Na tentativa de discutir o questionamento levantado sobre o caráter inclusivo das escolas analisadas, podemos acrescentar o fato de que, ao investigarmos se “o PPP está atualizado e se mostra eficiente diante da realidade da comunidade em que a escola está inserida”, todos os PPPs analisados estavam desatualizados e se mostram ineficientes, tendo em vista os dados anteriores discutidos, relacionados à garantia de direitos dos alunos com NEE.
Diante desse cenário, acrescentam-se os fatos de que também em nenhum deles há “descrição de ação ou projeto que tenha como objetivo o investimento por parte da gestão escolar na formação de professores com enfoque na Educação Especial”, por exemplo, e nenhum dos “PPPs tem como um dos seus objetivos/metas adequar estratégias pedagógicas aos alunos com necessidades educativas de caráter permanente, a fim de promover a inclusão desses alunos em todos os aspectos” e de que apenas 40% dos PPPs analisados “apresentam ações que visam ampliar o envolvimento dos pais/responsáveis dos alunos especiais com a equipe escolar como um todo”.

Considerações finais

No decorrer do tempo, a Educação Especial foi conquistando avanços importantes, como a garantia de direitos – como de ser oferecida em qualquer nível do ensino regular objetivando o “apoio às pessoas portadoras de deficiências e sua integração social”. Entretanto, atualmente, um dos maiores desafios da Educação Especial é a garantia da prática de uma Educação Especial Inclusiva, tal como prevista e regulamentada por lei. 

A oferta de uma Educação Especial que explore as habilidades únicas de cada criança de forma contínua com o suporte de profissionais com formação na área e a adaptação curricular específica para cada necessidade são metas que se deseja alcançar para a promoção da inclusão.

O presente projeto buscou investigar o ensino de Ciências e a Educação Inclusiva no contexto de seus desafios e potencialidades segundo o projeto político-pedagógico e a visão docente.

Nossos resultados apontaram que a maioria do corpo docente leciona há mais de cinco anos e não possui formação específica na área, ainda que tenha interesse em formação continuada como forma de se capacitar para otimizar o processo de ensino-aprendizagem para seus alunos com NEE. Entretanto, os docentes recebem em suas classes alunos para os quais não estão capacitados a lecionar. O cenário encontrado foi de dificuldades por parte dos docentes para distinguir a dificuldade de aprendizagem com transtornos de aprendizagem, o que gera “rótulos” nos estudantes; ausência da família no acompanhamento dos filhos com NEE; despreparo e desatualização da escola para receber o estudante, tanto na parte estrutural quanto legal – como o PPP, por exemplo.

Os resultados trouxeram à tona uma inclusão sendo realizada de forma deturpada em significado, o que acrescenta mais carga de dificuldade àqueles que já possuem necessidades especiais para aprender.

Em suma, é extremamente necessário que o que foi promulgado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação seja realizado de forma efetiva: por exemplo, a “adaptação curricular e metodológica com técnicas e recursos específicos, assim como a oferta de uma educação em que o professor seja capacitado para atuar junto aos alunos com NEE na sala de aula regular”. Somente dessa forma a escola, como comunidade escolar – corpo docente de Ciências ou a equipe gestora – irá garantir o cumprimento dos direitos em todos os aspectos citados, sendo então considerada inclusiva. Portanto, toda e qualquer mudança na escola não deverá ocorrer de forma aleatória; deve ser discutida, acordada e explicitada no PPP pela prática de uma gestão democrática das decisões que são tomadas dentro do ambiente escolar.

Referências

BARBOSA, Monica Gomes de Sá. Os avanços da Educação Especial ao longo da história: da segregação à inclusão. 2013, 25 f. Trabalho de Conclusão de Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. Centro de Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. 2013. Disponível em: http://br.monografias.com/trabalhos-pdf/avancos-educacao-historia-segregacao-inclusao/avancos-educacao-historia-segregacao-inclusao.pdf. Acesso em: 12 dez. 2017.

BRASIL. Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989. Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - Corde institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7853.htm. Acesso em: 19 nov. 2017.

______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Dispõe sobre as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm. Acesso em: 14 dez 2017.

______. MEC. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial para a Educação Básica. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Especial, 2001. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf. Acesso em: 14 dez. 2017.

______. MEC. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: Ministério da Educação. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=16690-politica-nacional-de-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva-05122014&Itemid=30192. Acesso em: 4 jan. 2018.

CARVALHO, Fabrícia Bignotto de; CRENITTE, Patrícia Abreu Pinheiro; CIASCA, Sylvia Maria. Distúrbios de aprendizagem na visão do professor. Psicopedagogia, v. 75, nº 24, p. 229-239, 2007. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v24n75/v24n75a03.pdf. Acesso em 4 jan. 2018.

CAPELLINI, Vera Lúcia Messias Fialho; MENDES, Eunicéia Gonçalves. História da Educação Especial: em busca de um espaço na história da educação brasileira. Faculdade de Ciências, Departamento de Educação – Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Bauru, 2017. Disponível em: http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/seminario/seminario7/TRABALHOS/V/Vera%20lucia%20messias%20fialho%20capellini.pdf.Acesso em 12 dez. 2017.

DOMINGUES, Taciano Luiz Coimbra; DOMINGUES, Mariana Rosa Cavalli. Educação Especial: historicidade e legislação. II Encontro Científico e II Simpósio de Educação. Lins/SP, 2009. Disponível em: http://www.unisalesiano.edu.br/encontro2009/trabalho/aceitos/CC00614563909.pdf. Acesso em 14 dez. 2017.

ESPANHA. Ministerio de Educación y Ciencia. Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura. Conferencia Mundial sobre Necesidades Educativas Especiales: Acceso y Calidad. Salamanca, 1994.

FERREIRA SILVA, Clarice et al. Educação Inclusiva e o ensino de Ciências. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas – Licenciatura). Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. Acervo da Iniciação Científica, n. 1, 2013. Disponível em: http://www3.izabelahendrix.edu.br/ojs/index.php/aic/article/view/402. Acesso em: 3 fev. 2018.

LEITE, Lúcia Pereira. Práticas educativas: adaptações curriculares. Bauru: MEC/FC/SEE, 2008. Vol. 12. Disponível em: http://www2.fc.unesp.br/educacaoespecial/material/Livro10.pdf. Acesso em: 15 dez. 2017.

LIPPE, Eliza Márcia Oliveira; CAMARGO, Eder Pires de. O ensino de Ciências e seus desafios para a inclusão: o papel do professor especialista. São Paulo: Editora Unesp/Cultura Acadêmica, 2009. Disponível em: http://books.scielo.org/id/g5q2h/pdf/nardi-9788579830044-09.pdf. Acesso em 15 dez. 2017.

LUNAS, Rosangela Mota; MEDEIROS, Liliani Aparecida Sereno Fontes. Recursos didáticos visuais e audiovisuais: eficácia, limites e possibilidades segundo discentes e docentes no contexto da escola contemporânea. 2017. 70 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Ciências Biológicas). Centro de Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. 2017.

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é, pra que é, como fazer? São Paulo: Moderna, 2003. Disponível em: https://acessibilidade.ufg.br/up/211/o/INCLUS%C3%83O-ESCOLARMaria-Teresa-Egl%C3%A9r-Mantoan-Inclus%C3%A3o Escolar.pdf?1473202907. Acesso em: 4 jan. 2018.

MATHIAS, Daphine Ferreira. Metodologias para o ensino de ciências direcionadas a alunos com necessidades educativas especiais. Porto Alegre, 2009. Disponível em: http://www.portaldeacessibilidade.rs.gov.br/uploads/1255972672ArtigoxDaphine.doc. Acesso em: 3 fev. 2018.

MAZZOTA, Marcos José da Silveira; D’ANTINO, Maria Eloísa Famá. Inclusão social de pessoas com deficiências e necessidades especiais: cultura, educação e lazer. Saúde Social, v. 20, nº 2, p. 377-389, 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v20n2/10.pdf. Acesso em: 15 dez. 2017.

ROPOLI, Edilene Aparecida; MANTOAN, Maria Teresa Eglér; SANTOS, Maria Terezinha da Consolação Teixeira dos; MACHADO, Rosangela. A Educação Especial na perspectiva da inclusão escolar comum inclusiva. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Universidade Federal do Ceará. 2017.

RODRIGUES, Olga Maria Piazentin Rolim. Educação Especial: história, etiologia, conceitos e legislação vigente. Bauru: Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial.

Programa de Formação Continuada de Professores de Educação Especial. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – Faculdade de Ciências, Departamento de Educação. Bauru, 2008. Disponível em: http://www2.fc.unesp.br/educacaoespecial/material/Livro2.pdf. Acesso em 12 dez. 2017.

SANTOS, S. O. Educação inclusiva: representações de professores de uma escola pública do Estado de São Paulo. Universidade Cidade de São Paulo. 2009. Disponível em: http://bdtd.unicid.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=83. Acesso em 3 fev. 2018.

UNESCO. Declaração mundial sobre educação para todos: satisfação das necessidades básicas de aprendizagem. Jomtien, 1990. 8p.

Publicado em 27 de novembro de 2018

Descrição: https://i.creativecommons.org/l/by-nc/4.0/88x31.png Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0)

 Compartilhar  Compartilhar  Tweetar

 

Inscrição e Edital





Nenhum comentário:

Postar um comentário