Alunos X Professores
A relação entre alunos e
professores vem se deteriorando cada vez mais, cujos noticiários apontam para a
falta de preparo dos profissionais de educação como sendo a causa desse grande problema.
A nossa sociedade vem se
modificando, com todo esse fascínio pelo capitalismo e tecnologia, agregada à
falta de orientação de muitos pais e dissolução da família e religião, tendo
como resultado toda essa celeuma.
Muitas crianças estão criando
autonomia, como muitos já afirmam, usam celulares, internet e tudo que possa
ostentar a maravilhas do mundo moderno, de forma desregrada, crescem e não tem
orientação nenhuma sobre respeito, amor ao próximo e tampouco como se comportar
na sala de aula.
Muitos acham que os professores
por estarem dividindo o espaço, são meros coleguinhas, e o pior que são
tratados como o “coleguinha” que veio reprová-los.
Diante dessa rusga, aparece a
falta de controle de muitos pais, mentalidade essa que se estende para dentro
dos muros escolares.
Os profissionais da educação
muitas vezes não têm apoio de uma
direção competente, trabalhando em um ambiente desfavorável, tudo isso
acarreta dificuldades no trabalho; muitos adolescentes pensam que escola é
lugar de namorar, levar aparelhos de som e todo comportamento que não condiz
com o aprendizado, passando a usar esses objetos até durante a aula e não
aceitam que ninguém interfira nessa conduta.
Como os interesses são
conflitantes, surgem problemas de agressão a professores, a maioria verbal,
contudo ocorrem muitos casos que professores se omitem, mas também são
agredidos fisicamente, principalmente quando o caso é com professoras, mais
fracas, são mais expostas, mesmo diante disso, alguns adolescentes não
consideram e realmente tratam-na de formas inadequadas, apelidando, hostilizando
passando onde desejar.
Os valorosos profissionais da área quando não dão sorte de
encontrar um colégio onde a direção é atuante, ficam relegados ao descrédito,
sendo taxados como professores que levam problemas; assim, esses profissionais
muitas vezes sofrem calados todo esse assédio, quando estouram, ficam doentes
fisicamente, mentalmente ou até podem passar de vítimas a agressores.
Nessa relação difícil, o
professor tem a obrigação de ter um controle emocional, mas a linha entre a
sanidade e a loucura é tênue, na hora que um adolescente é agredido todos
apresentam-se para taxar, impingir,
apontar...
Os teóricos em educação são os
primeiros a levantar a bandeira pedagógica contra a violência na escola, mesmo
que nem frequentem o ambiente escolar e se for para jogar mais uma “pedrinha”
no professor, melhor, pois vende mais livros.
Assim é o cotidiano do professor,
muita luta e pouco reconhecimento de todos, mas tudo isso não será uma bela
orquestra feita para que os pobres continuem pobres, os ricos sempre ricos e os
políticos sempre políticos?
Marcelo de Oliveira Souza
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