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terça-feira, 31 de dezembro de 2019
Feliz Ano Novo!
sexta-feira, 27 de dezembro de 2019
Mosquitão!
Mosquitão
Num desses subúrbios de Salvador, existe uma família muito especial, lá na Rua dos Prazeres, numa casinha verde e amarela, D. Silvia vivia com duas filhas - Brenda e Carla - em plena adolescência ela precisava muito trabalhar, pois o seu esposo . Cláudio, teve um grave problema de saúde por causa do grande vilão de hoje em dia, o Aedes Aegypti, estando internado com dengue hemorrágica.
Justamente ela, que trabalha como agente de saúde, teve gente de dentro do seio da sua família infectado com essa doença.
Mas o grande malfeitor dessa história não foi nem esse inseto asqueroso, foi o seu vizinho Mário, que teima em deixar água empoçada nos vasos de planta, ele e sua família costumam dizer que isso é propaganda do governo para vender remédio, mesmo com sua irmã Dulce acamada com a tal da Zica dos infernos!
Aquela rua dos Prazeres já estava se transformando na rua do Aedes, enquanto uns tratavam o seu terreno adequadamente, tinham outros que seguiam a cartilha de Mário, inventavam um monte de desculpa para jogar lixo pela janela, a gente só via garrafinhas pet, tampinhas, copinhos de sorvete, tudo que não podia, sair pelas suas respectivas janelas, ganhando o mundo.
Maria e Chupeta eram as duas filhas de Mário, elas engrossavam a fila da falta de educação, como filho de peixe, peixinho é...
Só que na escola que eles estudavam, já estava fazendo campanha há muito tempo sobre essa problemática, a professora de ciências deles, Márcia fez um projeto muito legal e trouxe um monte de depoimento de pessoas que pegaram Zica, Chickngunya, Dengue e até trouxe uma criancinha com microcefalia, juntando a comunidade local para assistir tudo.
A nossa amiga agente de saúde deu um depoimento emocionante, falando da dificuldade de trabalhar com esses vizinhos que veem na Tv, que não pode jogar lixo pela janela, que deve-se cuidar do seu terreno, tirar água dos vasos, mas nem por isso eles fazem, disse que tem gente que pegou dengue três vezes, mas continua a deixar água empoçada, ainda por cima não deixa nenhum agente de saúde entrar em sua residência, fazendo pois, tudo errado.
Sua filha Brenda, que também estuda nessa escola, disse que seus colegas pensam da mesma forma e é muito difícil fazer a conscientização, porque no Brasil quem faz o certo é taxado como abestalhado, ou até de maluco.
A professora Márcia intercedeu e dizendo que não podemos deixar esse tipo de desânimo aplacar o desejo de reagir diante dessa epidemia.
Mário estava lá e foi logo levado à berlinda, sendo perguntado por que ele fazia tudo errado, pondo em perigo toda a saúde da comunidade, ele desconversou, dizendo que eram as meninas que faziam isso, Maria e Chupeta logo reagiram e ainda disseram que ele deveria ter vergonha que esse ato deplorável era exemplo dele e aí a confusão se instalou, precisou a diretora da escola interferir,
Diante de tantas imagens tristes: hospitais superlotados, criancinhas com microcefalia, frascos de insetos gigantes zunindo, até as pernas começaram a coçar.
As acusações mútuas se sucederam até que Carla, que não era de falar muito deu um grito:
- Cala a Boca mosquitão!
A baderna voltou, Mário saiu de mansinho, mas o apelido pegou e quando ele ia jogar algo pela janela tinha um zunindo, zunindo..
Ele já dormia pensando nesses mosquitos, era cada mosquitão maior do que o outro, chegava até sonhar que estava deitado, abraçado com um desses monstros...
Até que ele se tocou e terminou se consertando, até mesmo ajudando os vizinhos a cuidar de seus próprios terrenos, criando até um pomar num lugar onde só havia lixo e chorume, sendo um grande exemplo para todos os moradores daqui dessa cidade e de outras também, porque não basta união e esclarecimento, basta ter força de vontade e acreditar que juntos podemos melhorar.
terça-feira, 24 de dezembro de 2019
Exposição Permanente em Aracaju
sexta-feira, 20 de dezembro de 2019
A Rede Social de Natal
sexta-feira, 13 de dezembro de 2019
Oração de Sexta feira
sábado, 7 de dezembro de 2019
Escritor Carioca Radicado na BA é premiado em Concurso Literário Nacional da Academia de Letras de Teófilo Otoni MG.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019
Mais um Natal!
quarta-feira, 27 de novembro de 2019
Tormenta Surreal
Tormenta Surreal
A cidade de Salvador ontem teve um dia incomum na nossa rotina, onde a chuva torrencial, abraçou toda a metrópole, culminando em várias situações surreais, em diversos aspectos.
Mesmo a tormenta começando de madrugada, jamais imaginaríamos que fosse de tamanha magnitude, atingindo no âmago de todo povo soteropolitano, cujas encostas sofreram com a agressividade desse evento da natureza.
Todos nós sabemos que aqui no município não tem um bom preparo para enfrentar tempestades, entretanto foi descomunal, tendo até quadros tragicômicos, numa forma de protesto bem humorado, que só o brasileiro sabe fazer.
De repente a gente via um caiaque saindo em meio à enchente com o seu condutor trajado com o uniforme de seu time predileto e a sua respectiva bandeira; em outro canto da cidade, observamos uma pessoa pulando de cabeça na inundação, com salto arriscadíssimo, mais adiante entre gritos e tempestade, transformando ruas em rios, vem um homem nadando com uma prancha de peito em meio toda aquela sujeira, ainda vira, acena e dá um gole na cerveja; tudo era surreal, um verdadeiro filme de horror, em que aparece mais uma pessoa, dessa vez o homem mergulhou e volta carregando em cada mão, dois ratos pendurados pelo rabo.
Esse fatos inusitados se repetiram, fora os que as câmeras não conseguiram filmar, sem falar dos desastres no trânsito; muitos carros abandonados em vias que viraram rios; incontáveis desabamentos, afundamentos de estacionamento, onde a Tormenta foi democrática, no sofrimento, tornando esse dia de fúria uma data marcada na História, que dá um tapa na cara dos nossos gestores, tirando a sujeira literalmente debaixo do tapete, pois as obras de grande galhardia, é somente para "inglês" ver, e quando a "bomba" estoura, não tem propaganda certa, que possa reverter essa imagem.
As obras são necessárias, contudo temos que ter a sensibilidade de que a natureza cobra com juros toda a sua destruição e quando você pensar que não, vem outra Tormenta de plantão.
sexta-feira, 22 de novembro de 2019
O Abduzido!
O ABDUZIDO
Manuel era um homem simples e pacato que morava no povoado de Nazaré, a alguns quilômetros da cidade de Araci, uma cidade a quatro horas de Salvador, Bahia.
Ele era um lavrador, como todos em sua região, possuía uma esposa chamada Marina e duas filhas Maria Clara e Maria Cristina, de quatro e seis anos respectivamente.
Na época do inverno ele sempre acordava cedo para preparar a terra para o plantio de feijão e milho, que esse ano dizia prometer uma grande colheita, pelo simples motivo da barra de nuvem, estacionada à noite, antes do inverno. Quando a colheita é boa, todos lucram, pois a economia do município gira mais em torno disso, ou da aposentadoria dos idosos, que são uns verdadeiros "lordes"- como dizem - porque a pensão deles é que sustentam muitas pessoas na família. Como Manuel ainda tinha pai, com o mesmo nome que ele, conhecido como Manezinho das cabras, durante a entressafra, dava para se virar com o dinheirinho do pai.
Mas ele sempre queria muito mais que só aquela vidinha, queria conhecer o mundo lá fora, pelo menos poder conhecer uma cidade grande como Feira de Santana, Salvador, então era um sonho...
À noite, ele e seu pai sempre iam para o quintal fumar um cigarro de palha e deixar o pensamento voar, imaginando o que seriam aquelas luzes lá encima, no céu, que pareciam ter inteligência própria, uns chamavam de carneiro de outro, onde eles pousassem, as pessoas encontrariam um animal dourado, e poderia enriquecer com aquele achado, e outros falavam que era um tipo de aparelho, que ele, na sua humildade não sabia precisar, muito menos o seu velho pai.
De manhã bem cedinho, antes do dia clarear, lá ia o nosso amigo, cuidar da sua plantação, como fazia regularmente, e pontualmente, não precisava nem de relógio, dizia que aquilo era só para pendurar em braço de madame. Seguiu o seu caminho e de repente apareceu um facho de luz incandesceste, que o sugou diretamente para um aparelho de forma discoidal, deixando somente a sua bicicleta intacta, nada mais.
Lá Manuel só conseguiu observar uns homenzinhos, com cerca de 90 cm de altura, uma cabeça bastante grande para o seu tamanho, e sentiu que estava deitado dentro de uma sala oval, encima de algo parecendo com uma cama, só que era fria e metálica, onde um deles apareceu com uma agulha enorme e colocou dentro do seu nariz, e o outro ao mesmo tempo, colocou outra agulha lá dentro, no seu pênis, na sua uretra, mesmo com todo aquele aparato o homem estava bastante calmo e não sentia dor nenhuma.
Sentiu que estava fora do seu planeta, assim percebeu, porque o livro que sua filha Maria Cristina estudava mostrava aquelas imagens.
No outro dia foi aparecer completamente sem memória, perto de João Vieira, com uma dor danada, totalmente nu e sem saber o que acontecera, o seu cabelo estava branco, e tinha um monte de ponto em forma de círculo bem atrás da sua perna.
Quando chegou perto da primeira casa pegou algumas roupas, escondido, pois lá ninguém tem medo de ladrão, -onde já se viu assaltar pobre? - e se dirigiu direto para casa, algumas léguas depois.
Chegando lá, sua esposa, estava completamente inconsolável, seu pai já tinha procurado até a prefeita e o delegado, mas ninguém tinha notícia, durante uma semana. Foi quando o cara chegou todo atordoado e suado em casa e todos o abraçaram chorando.
Quando se acalmaram, fizeram uma bagatela de perguntas, que não sabia responder, só sabia dizer que foi levado por uma luz, que o paralisou e levou-o embora, e em sua mente ecoava uma mensagem que voltaria para buscá-lo quando a hora chegar.
A partir daí nosso amigo praticamente perdeu o juízo, desenhava sempre objetos voadores redondos, aparelhos estranhos, mudando completamente a rotina da família, a sua plantação foi toda comida pelo mato, pois uma semana sem limpeza, já sabe, com aquele rico inverno, não dava outra.
Até televisão de Salvador veio fazer reportagem com ele um dia, e um ufólogo famoso que acompanhava a reportagem, logo percebeu que tratava-se de uma abdução, é quando as pessoas são sequestradas por seres alienígenas, normalmente elas voltam totalmente transformadas e desnorteadas, um caso que não é comum para os estudiosos da área.
A partir daí foi feito um acompanhamento com toda a família, e até deram uma valiosa ajuda para eles, que hoje alguns anos depois conseguiram vencer o trauma e ainda progrediram, levando sua família para a Araci, assumindo uma criação de cabras, junto com seu pai, mas nunca mais quis saber de sair de manhãzinha, muito menos de plantação de Feijão.
Marcelo de Oliveira Souza,IwA
2x Dr. Honoris Causa em Literatura
instagram: marceloescritor
quarta-feira, 20 de novembro de 2019
O Dia da Consciência Humana
🤔O Dia da Consciência Humana
sábado, 16 de novembro de 2019
Sábado Abençoado
sexta-feira, 15 de novembro de 2019
Publicações na Associação Portuguesa de Poetas



Publicação na Associação Portuguesa de Poetas
O Fantasma Beberrão
Sempre quando passava na barraca da esquina tinha um homem chamado João, ele era aposentado de uma estatal na Bahia e ficava ali curtindo as suas “férias permanentes”, não tinha quem o tirasse do seu clube, assim que ele chamava o seu aprazível lugar.
Com as suas economias, nosso amigo comprou dois apartamentos num conjunto residencial no centro de Salvador, um ele alugava e o outro ele morava.
Para preencher o seu tempo intercalando com o seu “clube” ele também assumiu a frente do condomínio, sendo síndico.
Só que nosso amigo não dava muita importância ao ato de gerir a morada, ele queria tirar um proveito nas contas que administrava em nome dos moradores.
Parece que naquela cabecinha careca a esperteza fomentava, sempre tinha uma novidade.
O local é vizinho de uma favela, cujo pessoal da invasão tinha uma criação de galos de briga, só que para as aves esticarem as pernas”, eles deixavam os bichos ciscarem no nosso terreno.
Foi a oportunidade de João comer “galo ao tucupi”, ele armou-se com um anzol e espetou um milho, ficando a esperar lá de cima da janela, quando o bicho bicou ele puxou e pescou a ave.
O favelado depois de um tempo deu por falta, foi a maior confusão no conjunto, mas o homem não sabia quem tinha sido o culpado e saiu esbravejando e ameaçando todos, mesmo estando errado em criar galo no terreno do prédio.
Certa vez começou a faltar água e a gente ligou para a empresa e disseram que há anos não tinha feito o pagamento, até a conta tivera sido extinta.
A gente nunca ia saber ser não ligasse para a empresa de saneamento, pois o tal do beberrão descobriu um lençol freático no lugar e canalizava-o para o nosso tanque.
Foi um verdadeiro pandemônio quando descobrimos o ocorrido, fizemos o homem pagar na raça, mesmo assim ele nunca se emendava.
Depois de tantas aventuras e estripulias, o coração do nosso amigo não aguentou e teve uma síncope vindo a falecer, deixando dona Joana aliviada, pois ela não aguentava mais as confusões do marido, foi aí que ela veio dizer que eles moravam juntos, mas não eram casados há muito tempo.
A “marvada” da bebida era um grande empecilho para o relacionamento deles, mas mesmo assim quando passamos no bar da esquina percebemos o lugar dele vazio com um jornal esticado, da mesma forma que ele fazia e de vez em quando viúva passa por ali e nós ouvimos um fiu-fiu... , ela jura que é João o nosso Fantasma Beberrão.
Marcelo de Oliveira Souza,IWA