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segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

A sofrida visita a Morro de São Paulo


A sofrida visita em Morro de São Paulo!

Nesses últimos tempos, pós-pandêmicos, notamos que as atividades de turismo em nosso Estado da Bahia vêm aumentando consideravelmente, aqui tem várias atrações naturais que atraem, pessoas de todos os cantos, também gente da nossa cidade que , se deslocam para outros lugares a fim de desfrutar dessa oportunidades .
Contudo o que mais nos chama atenção é a falta de preparo de empresários diante desse diamante bruto a ser lapidado.
Aqui temos um desserviço dos Ferry Boats que já virou lenda, são horas e horas na fila para embarcar à ilha de Itaparica, muitos usuários já nem reclamam mais, fazem até churrascos e festas na fila, acreditem.
Para quem vai à Morro de São Paulo, município de Cayru, a partir de Salvador, tem esse obstáculo extra.
Algumas pessoas preferem ir pela estrada, sem saber que os obstáculos também são quase que insuperáveis, pois nessa época também é difícil achar hospedagem nesse local tão atrativo, preferindo, pois, ficar até em Valença para assim pegar uma embarcação, fazendo o chamado bate-volta...
Foi o que a gente resolveu fazer, pousar nessa cidade que infelizmente está totalmente despreparada para receber pessoas, onde até praça, que tem a saída das embarcações, está totalmente destruída; onde a gente via movimentação de pessoas, a gente vê muito lixo.
Existem diversos horários e tipos de embarcações, para irmos ao citado local turístico, mas quando chegamos lá, somos obrigados a pagar uma taxa de cinquenta reais por pessoa, para podermos entrar, um preço abusivo que eles dizem que é para cuidar do local, entretanto o que a gente mais vê nas praias é muito lixo, percebendo que a limpeza está indo por água abaixo, seria imperativo que limitasse o número de turistas, ou algo assim.
O bucólico lugar realmente está muito cheio, não tem espaço para mais nada, produzindo situações desagradáveis e atritos na hora de atendimento.
Aonde a gente iria para se distrair, a gente vai se aborrecer com tanta confusão, entretanto confusão mesmo é na hora da volta, que é surreal!
Como tem horários de saída, mas não tem embarcações à disposição; se elas estão cheias que providenciem outras, turismo é assim; o pior que fica um jogo de empurra de funcionário com condutores de embarcações, cujas pessoas vão de um lado para outro sem saber o que fazer, que no final, a administração “lava” as mãos e deixa tudo por conta do pobre do turista.
Foi justamente o que aconteceu conosco, que tivemos que sair perguntando a um e a outro aonde iriam, pois não tinha mais embarcação para Valença.
O que conseguimos foi ir de favor, de lancha até Gamboa, depois fretamos uma embarcação, para Atracadouro, chegando lá não tinha nenhum carro ou transporte que levasse-nos até a cidade de partida, após muito desespero um motorista aceitou levar-nos de volta a Valença.
Uma verdadeira Odisseia que não queremos repetir, chegamos estressados, resolvemos voltar para Salvador, frustrados com tanta falta de consideração às pessoas que ali vão se divertir, mas terminam sofrendo todo tipo de provações.
O nosso Estado e cidades, tem muito potencial, turístico, mas além da violência, temos que enfrentar todo tipo de situações, contudo a televisão mostra o que ela quer e a gente termina vendo o que não quer, sofrendo situações inverossímeis. 
Para um lugar que quer investir no turismo, estamos estagnados no passado e nas maravilhas da natureza, o resto é cada um que se cuide e se vire para sobreviver diante do caos turístico que se tornaram essas cidades que tanto destratam os seus visitantes, sem saber que visitante insatisfeito é propaganda negativa em todos esses aspectos e só retornarão mesmo se não tiver o mínimo de respeito próprio.

Marcelo de Oliveira Souza,IwA