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domingo, 19 de abril de 2015

Dia do Índio 2015

Dia do Índio 2015

 

Pensemos na época quando o Brasil foi descoberto, onde já existia uma cultura sedimentada em nossa terra, em que os nativos comemoraram a curiosa visita.

De lá para cá as coisas mudaram muito, o desmatamento, queimadas, grandes cidades, tecnologia, tudo em prol do desenvolvimento humano.

Hoje as   pessoas veem o nativo indígena como um ser atrasado, outras veem como pessoas que não tiveram oportunidade de se desenvolver.

Em todas as formas constatamos que a população indígena foi praticamente extinta, onde muitos conseguiram ser um dos três   da raça brasileira.

A sociedade foi "evoluindo" e exigindo mais espaços, invadindo áreas verdes, sem se preocupar com o reflorestamento, em que   poucas cidades pensam nisso...

Mesmo assim estamos prestes a perder o nosso orgulho verde, que é a floresta amazônica, a população indígena que sobrevive por lá, é a primeira a gritar por socorro, pois é a primeira a ser   perseguida  porque  são eles os principais protetores do ecossistema local, mas como o desmatamento é uma prática escusa e rotineira,  ninguém dá importância para cuidar daquele "país" chamado Amazônia, onde até  mesmo os estrangeiros sonham em internacionalizar a região,  cujo lugar é uma verdadeira "mina de ouro", contudo nós,  brasileiros,  não damos o devido valor, não sabemos se é por causa da distância dos grandes centros ou se é porque o nosso povo tem a mania de achar o que é de todos, não é de ninguém.

Os índios gritam desesperados por socorro, no mundo verde amazônico; em outros cantos da nossa terra "brasilis" não é muito diferente, pois em meio ao caos, esquecemos até que existem índios e tribos.

Nesse dia que intitularam ser do índio, pensemos na importância que esse povo teve e tem   na criação dessa imensa nação de contraste e igualdades, que possamos acordar um dia e festejar esse dia como uma data de recomeço e de preservação ambiental, onde os nossos maiores fiscais da natureza, os índios, possam seguir seu destino como todos nós.

 


 

 

 



Marcelo de Oliveira Souza, IWA

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Os Nholos

Os Nholos 

Um belo dia estava vendo um casco arriado de ponta a cabeça, com umas pernas balanço parecendo charutos, num cantinho da feira de quinta feira em Araci. 
Resolvi aproximar-me, constatando que era um cágado esperando um salvador, pois o pequeno animal estava ali à venda para virar aperitivo. 
Prontamente resolvi resgatá-lo, de quebra ainda tive que levar mais uma fêmea, foi a exigência do vendedor, prontamente aceita. 
Deixei os animaizinhos no fundo de casa onde existia um grande jardim, os bichinhos saíram desidratados, mas animados, com a sua nova morada. 
Eles eram muito espertos, apesar de não emitir praticamente nenhum som, os danados não paravam quietos, o macho foi batizado de Nholo e a fêmea por sua vez de Nhola. 
Eles insistiam sair do fundo para a frente da residência, sendo uma grande atração para aquela rua de interior. 
Na época da política recebi um montão de propaganda, aqui em Salvador de um candidato a deputado a federal, não é que o casal de animal virou meio de propaganda? 
Coloquei no casco deles um adesivo, eles saíram andando devagarzinho, foi um verdadeiro showmício, todos encostavam na garagem para fotografar os bichos. 
No tédio interiorano costumávamos apostar corrida entre eles, era uma verdadeira festa, principalmente quando eles sentiam um cheiro de um suculento pedaço de bife fresco! Eu jurava que eles eram herbívoros, mas os bichos gostavam de tudo! Não havia tempo ruim para ele. 
Tudo transcorria bem entre o casal, mas não havia reprodução, será que eles conseguiam fazer cópula? 
Procurei uma pessoa mais esclarecida no assunto e levei um belo susto: 
Nhola era de fato um macho! 
Depois dessa grande revelação parece que o andrógeno animal, passou mal pela revelação: Ele começou a ter desenteria, mas acredito que foi por causa do quiabo, será? Mas o outro não ficou doente?!... 
Não sabia mais o que fazer, até que veio-me a ideia de fazer como a gente faz com humanos, dar bastante água e empurrar comida, o mais fácil foi arroz. Então era arroz e água e assim sucessivamente... 
Os dias foram passando mas o nosso doente não saída do lugar, não abria os olhos, mas não estava morto. Insisti a semana toda, até que já percebia que ele estava de olhos abertos e segui o tratamento com persistência. 
Um tempo depois ele já se arrastava. ... - Os bichos já são lentos, imagine se arrastando! - 
Foi muito tempo para a convalescença, mas depois de muita insistência, ele estava ali robusto, foi quando a vizinhança sabendo da sua melhora e do seu drama de ser um casal de dois machos resolveu dar uma fêmea, grandona! Batizada de Nholona! 
Justamente na época que estava de mudança para Salvador e para um apartamento, como fazer para levá-los? 
Tentei simular um terreiro na área de serviço, fechando com alguns obstáculos, que eles passavam o tempo todo tentando transpassá-los. 
À noite ouvi um estalar de cascos, um verdadeiro bate-bate, quando fui ver, era o antigo casal brigando pela robusta fêmea. 
De vez em quando eu soltava-os para tomar sol na sala, eles saíam loucos, ficando ali paradinhos um ao lado do outro, como o estacionamento do nosso prédio. 
Certa vez quando cheguei, vi um caso horroroso, a cópula deles, um membro do animal abria e parecia uma cobra naja com dois grandes orifícios na parte superior e o bichinho produzia sons estranhos como se fosse uma cantoria para animar Nholona. 
Mas a formosa experiência de criar cágados já estava no fim, pois animação deles sujava a sala toda de sêmen e pensando nisso resolvi deixar na casa de praia do meu pai, para vê-los de vez em quando. 
Eles chegaram a se reproduzir, mas o meu "chefe" assustado com toda aquela população de animais, distribuiu tudo pela vizinhança e não deu nem para ver como eram os filhotinhos, deixando-me aqui na saudade. 


Marcelo de Oliveira Souza, IWA

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Jornada Inglória PLANSERV e PROCON

Jornada Inglória  PLANSERV E PROCON

 

Na nossa sociedade brasileira as pessoas já estão acostumadas a ter os seus direitos vilipendiados, muitas não correm para as entidades de proteção ao consumidor por comodismo, outras são mais persistentes, mas não é por isso que os persistentes conseguem seus direitos sempre.

É o caso do PLANSERV, a entidade melhorou muito, mas na prerrogativa da "democradura" instituiu o plano de coparticipação, onde os segurados que usam muito o plano, são obrigados a pagar mais uma vez, descontando em seu contra-cheque.

Tem pessoas que precisam muito, com doenças que exigem muito do plano, o que é normal, mas na condição dos gestores é inapropriado.

Outras usam menos, mas nem por isso estão livres de pagar esse famigerado encargo, pois a partir desse ano tem segurados que estão segurando o pepino e pagando duas vezes.

O pior é que ao acessarem os meios devidos, eles não encontram resposta adequada, pois os atendentes não explicam direito como é esse procedimento, eles pedem para confirmarem no site da empresa as suas entradas, no setor de relatórios de serviços, só que nesse lugar virtual não aceita a pesquisa do período de entradas, ficando travado o sistema de pesquisas.

Como todo mundo,   o funcionário público vai fazer uma consulta no PROCON, cumprindo todo aquele ritual de chegar de madrugada para pegar ficha.

Quem distribui malmente olha para cara da pessoa, mas faz a divisão de preferencial e "sofredor" normal.

Passando por mais essa etapa tem o primeiro atendimento, onde um funcionário da triagem   ouve    o seu caso e dá o veredito:  mais uma ficha ou o encaminha para outro lugar.

Passando por todas essas etapas vem o principal desafio, a espera pelo atendimento, depois de quatro horas  e meia de espera a funcionaria ouve o caso PLANSERV e entre telefonemas, cochichos e rios diz que aquele órgão é do governo e não representa contra outro órgão do mesmo quilate.

Enfim, por que o funcionário da triagem não disse isso quatro horas e meia  atrás?

Depois de uma manhã inteira o nosso amigo retornou duplamente frustrado, pois o cidadão não tem mais direitos se for se opor ao governo.

O PROCON é um órgão muito importante, as pessoas o veem como vitrine, mas dessa forma o modelo está ficando defasado, onde poucos e mal preparados funcionários podem colocar toda essa jornada gloriosa a perder.

 

 

 

 



Marcelo de Oliveira Souza, IWA